Dino Tambaú, craque paraibano brilha na Terra Santa - SóEsporte
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Dino Tambaú, craque paraibano brilha na Terra Santa

foto: divulgação

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O paraibano Dino Tambaú campeão mundial pela seleção brasileira em 2009, conversou com a reportagem do soesporte, e falou sobre sua passagem pelo futebol israelense, onde é tratado como ídolo, títulos conquistados, uma possível volta à seleção e sua mágoa com o beach soccer brasileiro.

dino tambau belo lanceDino atualmente faz sua quinta temporada pelo time da cidade de Fakar Qassem, também nome do clube. A equipe venceu os cinco jogos que disputou na temporada, e na próxima sexta(22), pelo campeonato nacional, enfrenta o Tel Aviv, time da capital do país. Valendo passagem para as semifinais. O jogador já venceu três vezes a Liga Israelense de Beach Soccer, esteve em duas edições da Champions League da modalidade, chegando as quartas de finais na última participação.

Soesporte: Dino Tambaú, com idade você está agora?

Dino Tambaú: 30 anos.

Só esporte: Você está na quinta temporada em Israel, com certeza já está habituado. No começo, assim que chegou no país, como foi desembarcar num lugar tão distante e de cultura diferente?

Dino: Hoje realmente está bem mais fácil para mim. Mas no início tive muita dificuldade de comunicação com os companheiros de time e com a comissão técnica. Era necessário recorrer a aplicativos de tradução para manter o diálogo. A cultura daqui é bem diferente da nossa, apesar de sentir o mesmo calor humano das pessoas. Nesse aspecto são bem parecidos conosco, pelo menos na cidade que resido, Fakar Qassem.

Só esporte: Sua carreira já está consolidada no beach soccer israelense, como foi sua trajetória e que títulos conquistou pelo clube?

Dino: Como já disse, estou na quinta temporada, e nesse período, desde a minha chegada, vencemos 03 campeonatos nacionais, levando o Fakar para a Champions League também 03 vezes. Participei de duas edições da Champions, e o mais longe que chegamos foi nas quartas de finais, na última temporada. Este ano estamos invictos, jogamos cinco partidas e vencemos todas, pelo nacional. A torcida aqui é muito vibrante! Todas ás partidas do clube é com casa cheia. Nas ruas sentimos o reconhecimento das pessoas, principalmente das crianças, que sempre nos param para tirar fotos e pedir autógrafos. Nos tratam como verdadeiros ídolos, algo que sinto falta no Brasil, mesmo já tendo sido campeão mundial em 2009. Também vejo como diferencial o tratamento dos times com seus atletas. Temos todas as condições de trabalho e conforto, algo que nos tranquiliza bastante, nos fazendo focar apenas na preparação e nas partidas.dino paraiba pb

Só esporte: Essa falta de reconhecimento te traz algum sentimento de mágoa pelo Brasil?

Dino: Eu fico um pouco triste de saber que sou valorizado em um país tão distante do Brasil, enquanto que na minha própria pátria não é a mesma coisa. Sinto falta desse reconhecimento sim, principalmente na minha terrinha amada, Paraíba.

Só esporte: Pegando esse gancho da Paraíba, como você vê o atual momento do beach soccer paraibano?

Dino: Eu vejo com bons olhos. Acho que o beach soccer da Paraíba vem melhorando a cada dia. Vejo um bom exemplo disso com o professor Isidro, que tem um belo trabalho com as categorias de base. Acredito que este é o caminho, investir nas novas gerações. Temos grandes talentos aqui, é preciso saber aproveitar isso.

Só esporte: O seu belo momento em Israel, faz pensar em uma volta a seleção brasileira?

Dino: Nós sempre trabalhamos pensando em chegar na seleção brasileira, ainda mais eu que já pude vestir a amarelinha e ser campeão mundial. Estou numa ótima fase, e penso sim em voltar. Sempre é bom representar seu país, aguardo nova convocação, mas isso depende do técnico do Brasil. Espero que ele acompanhe meu trabalho e que me chame novamente. Será enorme honra entrar em quadra pelo Brasil mais uma vez.

Só esporte: Com 30 anos você ainda tem muita estrada a percorrer. Quando não puder mais jogar, pretende atuar em outra função dentro do beach soccer?

Dino: Eu pretendo jogar até minha saúde deixar. Não penso em parar. Mas claro que esse dia chegará, e quando isto acontecer, quero apoiar projetos da modalidade, principalmente com crianças da nossa Paraíba. Tudo começa na base e é preciso mais atenção neste sentido.

 

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