Estudantes de MG, PE e SP disputam a competição Baja SAE Maryland - SóEsporte
Automobilismo

Estudantes de MG, PE e SP disputam a competição Baja SAE Maryland

Universitários de engenharia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e da FEI (Centro Universitário da FEI) irão representar o Brasil na SAE Baja Maryland, que será realizada pela SAE INTERNATIONAL entre 7 e 10 de maio, em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos. Estão inscritos na competição 99 carros off-road da África, Américas e Ásia.

Para participar da SAE Baja Maryland, as equipes brasileiras projetaram e construíram os protótipos dentro das próprias instituições de ensino. Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo representarão o País porque conquistaram as melhores posições na 21ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, que reuniu 67 equipes em março deste ano, em Piracicaba, São Paulo.

Baja UFMG – Bicampeã da competição nacional, a equipe Baja UFMG inovou com um gerador termoelétrico, preso ao escapamento do carro. “Esse gerador transforma a energia térmica, liberada pelo escapamento, em energia elétrica para alimentar a bateria”, conta Ricardo Pereira, estudante de Engenharia Mecânica e capitão da equipe, com 18 estudantes. Ao construir o protótipo para a competição nacional, a equipe investiu na confiabilidade ao redimensionar os componentes que sofriam falhas e refazer o projeto de fixações para facilitar o acesso e agilizar a manutenção.

Mangue Baja UFPE – Segunda colocada na competição nacional, a equipe de Pernambuco aliou robustez com alto desempenho dinâmico na construção do protótipo, que se destaca na transmissão e consumo de combustível. “O carro possui uma transmissão com geometria de fácil fabricação e alto rendimento. Outro diferencial é a regulagem das válvulas do motor, que permitiu a redução de 20% do consumo de combustível, sem perder a eficiência. Dessa forma, a autonomia aumentou de 1h20 para 1h40”, afirma Júlio César Dantas, estudante de Engenharia Mecânica e integrante da equipe, que ainda destaca a suspensão, com barra anti-rolagem para dar mais estabilidade ao carro.

FEI Baja – Quarta colocada na competição nacional, a equipe FEI Baja disputará com protótipo que tem como diferencial opowertrain. “O baja pesa cerca de 140 kg e alcança a velocidade máxima de 66 km/h em 100 metros. Ele possui sistema de transmissão por CVT e motor Briggs & Stratton de 10 HP. Sempre conseguimos ótimos resultados em provas de aceleração, velocidade máxima, tração e manobrabilidade”, afirma Enzio Bianchini, estudante de Engenharia Mecânica e integrante da equipe.

Carros – Os veículos Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora de estrada, com quatro ou mais rodas e motor padrão de 10 HP, que devem ser capazes de transportar pilotos com até 1,90 m de altura, pesando até 113,4 kg. Os sistemas de suspensão, transmissão e freios, assim como o próprio chassi, são projetados e construídos pelas equipes, que têm, ainda, a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto.

História – O projeto Baja SAE foi criado na Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, sob a direção do Dr. John F. Stevens. Lá a primeira competição ocorreu em 1976. O ano de 1991 marcou o início das atividades da SAE BRASIL, que em 1994 lançava o projeto Baja SAE BRASIL. No ano seguinte, era realizada a primeira competição nacional, na pista Guido Caloi, bairro do Ibirapuera, cidade de São Paulo. Em 1996, a competição foi transferida para o Autódromo de Interlagos, onde ficaria até o ano de 2002. A partir de 2003 a competição passou a ser realizada em Piracicaba, interior de São Paulo, no ECPA – Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo. Desde 1997 a SAE BRASIL também apoia a realização de eventos regionais do Baja SAE BRASIL, por meio de suas Seções Regionais. Desde então, dezenas de eventos foram realizados em vários Estados do País como Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

“As competições estudantis da SAE BRASIL são uma ferramenta fundamental para o fomento da engenharia e porta de entrada para o mercado de trabalho, pois despertam o interesse de empresas do setor e também dos jovens, que não raro saem das provas com estágio garantido”, aponta Frank Sowade, presidente da SAE BRASIL.

Clique para comentar

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.