Gabriela Guimarães de Paula - SóEsporte
Basquete

Gabriela Guimarães de Paula

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Camisa 13 da Seleção Brasileira na conquista da vaga na Copa América Sub-18, a pivô Gabriela Guimarães de Paula já sonha com o pódio no Campeonato Mundial Sub-19 Feminino de Chekhaov, na Rússia, entre os dias 18 e 26 de julho. Sempre focada, a jogadora de 19 anos acompanhou o sorteio dos grupos do Mundial e já procurou saber mais sobre os adversários. Gabriela que defende o time Sub-19 do Divino/COC/Jundiaí (SP), somou pelo seu clube muitos resultados positivos na última temporada. Em 2014, a equipe conquistou o título do Campeonato Paulista, dos Jogos Abertos, Jogos Regionais e dos Jogos da Juventude e o terceiro lugar no Campeonato Paulista Adulto A2. Pela Seleção Brasileira, Gabriela soma os títulos do Sul-Americano Sub-15 (Equador/2011), do Sul-Americano Sub-17 (Equador/2013), além do quarto lugar na Copa América Sub-18 (Estados Unidos/2014). Do alto de seus 1,82m, Gabriela promete que fará o máximo para subir no pódio na Rússia.

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Qual a expectativa para o Mundial Sub-19?

Todo atleta sonha com o momento de jogar um Mundial de sua modalidade. É a maior competição nessa categoria na nossa modalidade. Estou apreensiva, pois sabemos da dificuldade, mas sonho com um lugar no pódio. Acredito que nada seja impossível. Se estivermos bem preparadas e treinadas podemos chegar lá. Em 2011, o Brasil de forma brilhante conseguiu a medalha de bronze. Quem sabe não acontece o mesmo com a gente esse ano.

O Brasil está no Grupo “D” do Mundial e terá como adversários na primeira fase as seleções da Coreia do Sul, Austrália e Sérvia. Que analise você faz desse grupo?

Caímos em um bom grupo levando em conta que em um Mundial não existem adversários fáceis. Acho que para todos é bem visível que Estados Unidos e Espanha são os favoritos, mas caíram na chave “B”. Esse é o grupo mais difícil. Do nosso chaveamento, sabemos que a Coréia por serem asiáticas são de uma estatura média para baixa, mas muito velozes e ótimas no chute de fora. Já a Austrália, havíamos enfrentado em um amistoso no Torneio de Fougeres [França/2013] no início da preparação para o Mundial Sub-19. É uma equipe bastante forte e alta, mas já conhecemos o estilo de jogo. Já as sérvias não sei muita coisa ainda, mas tenho certeza que vamos ver muitos jogos delas até a estreia.

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O que esperar dessa geração que vem trabalhando junto desde o Sul-Americano Sub-15 (Equador/2011)?

Realmente já estamos jogando há bastante tempo juntas. A grande qualidade do nosso time é o jogo coletivo. Acredito que é essa evolução que nós e o técnico [Guilherme Vós] esperamos ver em quadra. Somos jogadoras com muita qualidade individual, mas que precisamos unir essas qualidades em prol de um grupo forte e bastante unido. Juntas somos uma equipe veloz e que se completa.

E da pivô Gabriela?

Eu vou tentar dar o meu máximo em quadra como sempre faço. Nunca entro em um jogo para perder e não vamos dar nada fácil para os nossos adversários.

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Como é trabalhar com o técnico Guilherme Vós?

Os treinos na seleção são bastante diferentes do que no clube por causa da intensidade. No início, confesso que tive dificuldades e que não foi fácil, mas ele é muito bom e me adaptei muito rápido. Ele exige bastante concentração e empenho, além de que estejamos inteiras em quadra. Ele nunca deixa a gente desanimar e é o tipo de técnico que joga com a gente na quadra só que do lado de fora.

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Você defende o time Sub-19 do Divino/COC/Jundiaí (SP), que em 2014 conquistou muitos títulos estaduais. Ao que se deve tantos resultados positivos?

O Luiz Cláudio Tarallo é o nosso técnico em Jundiaí e estamos juntas desde 2010. Ele possui muita experiência e procura sempre trabalhar o individual de cada jogadora. Nesta temporada realizamos ainda os jogos do Paulista A2 em que enfrentamos jogadoras bem mais velhas e mais experientes. Foram jogos de alta referência para nós em que tivemos que jogar de igual para igual. Foram confrontos muito importantes para nosso desenvolvimento e aperfeiçoamento. Foi um somatório de boas partidas e consequentemente em títulos.

Como você que descobriu o basquete?

Como eu era hiperativa minha mãe sempre me manteve praticando algum tipo de esporte e praticando exercícios, então fiz aula de balé e karatê. Minha mãe também era jogadora de basquete em Campinas (SP). Então um dia fui em um encontro de ex-jogadores do time de basquete com minha mãe e o técnico me convidou para conhecer melhor a modalidade. Joguei em Campinas por uma ano e desde então estou em Jundiaí (SP).

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E fora das quadras. Qual a programação preferida com as amigas e família?

Eu não tenho muito tempo livre, pois na parte da manhã faço faculdade de educação física e de tarde tenho academia e treino no clube. Só depois disso que me sobra um tempo, mas também tenho que estudar. Nos finais de semana normalmente viajo para Campinas, que fica a 40 minutos daqui, para ver minha mãe e meu irmão. Também gosto de sair com minhas amigas, mas o programa preferido é escutar música sertaneja.

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Como foi o processo de sair de casa tão nova?

Sai de casa com 14 anos. No início sentia muita saudades da minha família, mas com o tempo me adaptei melhor do que esperava. A equipe foi acolhedora e rapidamente fiz amizades. A minha amiga a mais tempo aqui em Jundiaí é a Carla Lucchini, armadora que também joga na seleção brasileira, começou aqui no time na mesma época que eu.

Quem é seu ídolo no basquete?

Como todo jogador de basquete não tem como não admirar o Michael Jordan, que foi o melhor jogador de todos os tempos. Ainda não vi ninguém jogar como ele. No basquete feminino, gosto de Hortência, Magic Paula e Janeth por tudo que representaram vestindo a camisa do Brasil. Mas não procuro me inspirar ou copiar o jeito de nenhum atleta, procuro manter meu estilo próprio. Chego para jogar focada, escutando a minha música e não penso mais em nada quando é a hora do jogo.

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