Jorginho Rodrigues, um profissional do Brasil para o Fusca - SóEsporte
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Jorginho Rodrigues, um profissional do Brasil para o Fusca

O paraibano Jorginho Rodrigues, um profissional do Brasil para o Fusca. Está é parte da história deste moço que saiu da Paraíba no início da década passada para tentar a sorte jogando futebol na Itália. Veja uma entrevista de Jorginho a imprensa italiana e traduzida para o português.

B.T: Alô. George Celso Rodrigues Filho? Para facilitar como podemos te chamar?
R: Rodri está ótimo.
B.T: O que faz um brasileiro em Friuli?
R: Próprio por causa do futebol vim parar aqui. Joguei profissionalmente no Brasil até 2006 chegando a atuar na Terceira Divisão. Com 30 anos vim jogar aqui na Itália com Cassacco, mas sendo estrangeiro e havendo já um outro no grupo não foi possível a contratação. Então, fiz dois campeonatos com a Reanese e outros quatro anos com a Arteniese. Enfim, para que eu pudesse jogar com o Fusca foi necessário sair do campeonato invernal e nesse meio tempo joguei no Campeonato Amador: no verão com Al Quadrifoglio de Verzegnis e no inverno com o time de Montenars.
B.T: É verdade que você esteve a um passo de jogar em um clube de série A?
R: Sim. Em 1996 fiz um teste no Clube União de Leiria do campeonato português e lá fiquei treinando por mês. Mas a negociação não foi concretizada porque o meu clube Botafogo PB solicitou um valor muito alto pelo meu passe.
B.T: Qual é a tua posição ?
R: No Brasil jogava no meio-campo. Aqui na Itália, joguei quase sempre como meio-campo avançado e nos últimos anos me descobri como atacante no campeonato amador.
B.T: Aconteceu aquilo que você esperava vindo para a Itália ?
R: Absolutamente sim. Ou seja, muito melhor do previsto.
B.T: Por que escolheu o Fusca?
R: O treinador De Sandre vinha assistindo algumas partidas a Verzegnis e pouco a pouco foi me convencendo… E também o goleiro Xotto, meu colega de time desde da Arteniese, me falava a respeito. Então, os dois me deram bastante segurança garantindo a seriedade do Fusca. E eles tiveram razão.
B.T: Como você se sente no Grupo Laranja?
R: Muito bem! Me sinto a casa de verdade.
B.T: Tem algum colega que te impressionou particularmente ?
R: Digo que cada seção do Fusca oferece a sua contribuição.
B.T: Você acredita que o Fusca seja capaz de manter esse ritmo até o final do Campeonato?
R: É melhor subir degrau por degrau, mas mentirei se dissesse que não creio.
B.T: Aonde vive ?
R: Faz poucos meses que vivo a Gemona, antes residia em Artegna.
B.T: Você fala muito bem a língua italiana. Parabéns!
R: Obrigado! O mérito é dos amigos que me ajudaram muitíssimo.
B.T: Viaja freqüentemente para o Brasil?
R: Não tanto quanto gostaria. Fui três vezes desde que vivo aqui na Itália. A última foi em 2011.
B.T: Você gostaria de estar lá no Brasil assistindo a Copa do Mundo?
R: Sim, me vem subitamente uma saudade… Obviamente a resposta é de sim. Em todo o caso, eu torço para que o Brasil vença: seria importante para o meu povo nesse momento difícil.

Entrevista de Bruno Tavosanis
Jornal “Il Gazzettino”

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