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MMA Feminino: NÃO!

O MMA Feminino ganhou a manchete dos cadernos de esportes no último fim de semana por conta de uma luta entre uma brasileira e uma americana, realizada no Rio de Janeiro. O combate reacendeu uma discussão antiga, que contesta a violência da modalidade, ainda mais quando praticada por mulheres.

Um dos maiores especialistas em medicina esportiva do Brasil, Beny Schmidt, está à disposição para conceder entrevista sobre a estrutura e a constituição física da mulher e a preparação do corpo feminino para este tipo de luta. O patologista neuromuscular pode falar também sobre problemas que a violência da modalidade pode causar para a saúde feminina.

 MMA Feminino: NÃO!

Beny Schmidt *

 Assisti à reprise do último evento feminino de MMA. Como um dos humildes protagonistas da medicina esportiva do nosso país, gostaria de declarar que, na minha opinião, é inconcebível duas mulheres participarem de tal evento.

Esta afirmação não tem qualquer ligação com o machismo ou com qualquer ideologia religiosa. É simplesmente uma constatação do ser e da alma feminina. Qualquer pessoa que tenha uma família certamente não vai gostar de ver sua irmã, sua mãe ou sua filha levando chutes ou socos no rosto, que podem cursar com desfigurações e lesões traumáticas que ferem a beleza da mulher, a beleza do feminino.

Tendo em vista a constituição genética do corpo feminino e a sua fragilidade óssea em relação ao organismo masculino, acima de qualquer problema moral, ético ou religioso, a mulher de maneira alguma é preparada para apanhar desta forma sem sequelas. Portanto, podemos categoricamente afirmar que esse, assim chamado, esporte, MMA é extremamente prejudicial à saúde feminina.

Eu já não considero o MMA um esporte. Quanto mais o MMA feminino. É uma vergonha esses promotores e agenciadores de tais torneios poderem se locupletar dessa agressão feminina.

Passaram-se quase dois mil anos que o mundo viveu a Era do Coliseu de Roma, onde espetáculos bárbaros marcaram grande parte da mediocridade humana daquela época. Será que todo o esforço dos nossos cientistas, dos nossos médicos e dos nossos educadores não serviu para nada?

Num momento em que se contesta a violência no mundo inteiro, a prática do MMA Feminino é triste e intolerável.

* Beny Schmidt é chefe e fundador do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de doze mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético – a distrofina.

Beny Schmidt possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil, atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).

Seu pai, Benjamin José Schmidt, foi o responsável por  introduzir no Brasil o teste do pezinho.

Por Carol Martins | Agora Comunicação

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