Uma matéria publicada pelo Estadão dando conta que uma professora universitária
cearense vai responder processo na Justiça por chamar
o árbitro Joanilson Scarcella de “macaco”, durante a realização
de jogo pelo Sub 15 de futebol cearense. A proposito, da reprodução
feita pelo soesporte, o esposo da professora encaminhou as explicações
e justificativa alegando que aconteceu um encano por parte do árbitro.
Veja o conteúdo da mensagem que recebemos.
Boa dia Sr. Franco Ferreira
Meu nome é Marcos Magalhães e minha esposa tem sido acusada
injustamente de racismo por vários veículos de comunicação.
Abaixo segue nota que explica a verdade e o que realmente ocorreu,
venho aqui pedir que não publiquem mais o nome do meu filho e nem
o de minha esposa, pois como pai e marido venho expor meu nome
para proteger a integridade de minha família que já vem sofrendo
muito com esta injustiça caluniosa e difamatória.
Agradeço a atenção e estou à disposição para esclarecer qualquer
dúvida segue meu telefone pessoal 999515514 e abaixo meu relato
No último sábado, dia 23, eu e minha esposafomos acompanhar
mais um jogo do nosso filho, atleta do time do Juazeiro sub-15,
que disputava uma partida com o Ceará, no CT do Ceará, em Itaitinga.
Durante a partida, eu, minha esposa e muitos outros pais estavam
torcendo pelos atletas em campo, em vários momentos ela e a torcida
gritaram "Marca Okuma" (Okuma é sobrenome da minha esposa e como meu
filho é chamado pelos colegas e pela torcida), fazendo referência ao nosso filho.
No intervalo da partida, para nossa surpresa, soubemos que o Juiz
acusou os torcedores da arquibancada e mais diretamente minha mulher
de ter o chamado de "Macaco", fato que não ocorreu.
Ainda no intervalo, representantes do Ceará mandaram minha esposa
se retirar do local ameaçando não dar continuidade a partida.
Muito constrangida pela situação criada pelo Juiz, ela não quis
se retirar afirmando que estava sendo acusada de algo que não aconteceu,
mas para não prejudicar o clube do Juazeiro, deixamos a arquibancada
e ficamos na lateral do campo, a partida não continuou
por outros motivos, segundo o Juiz.
Saímos de lá e fomos à delegacia registrar um Boletim de Ocorrência
acompanhados de várias pessoas que estavam no jogo
e viram que nada do que foi falado aconteceu.
Jamais praticamos qualquer ato parecido
e somos totalmente contra qualquer tipo de racismo.
A nossa família, inclusive, já está tomando
as providências jurídicas cabíveis.
Vários pais de jogadores estavam presentes
e torcendo na arquibancada, nenhum deles ouviu essa palavra "macaco",
eles também se disponibilizaram a prestar qualquer esclarecimento sobre o assunto,
assim como os dirigentes do time do Juazeiro que estavam no mesmo local que a gente.
Estamos tristes com toda essa situação, principalmente pela injúria
e por terem envolvido o nome do nosso filho de apenas 14 anos.
Este mal entendido, provocado pelo juiz, que em nenhum momento
chegou a conversar com a gente, apenas acusou, será esclarecido
e ele será responsabilizado por provocar esta situação.
Marcos Magalhães.
Fortaleza, 26 de julho de 2016
Marcos Magalhães Muniz