Quem joga futsal sabe. Uma das maiores preocupações dos atletas é cair e correr o risco de lesionar alguma parte do corpo. Por conta disso, opções foram desenvolvidas para dar mais segurança na hora da queda. Uma delas é a quadra modular, produzida à base de polipropileno, que permite alto desempenho na modalidade. Os benefícios proporcionados pelo material fizeram a Liga Nacional de Futsal, hoje com os 20 clubes da elite brasileira, adotar a linha como oficial para os jogos. E desde o início deste ano, a empresa Futura Sports, de Criciúma, Santa Catarina, é a responsável por garantir a qualidade das quadras por meio do novo material.
Em uma nova fase, a Liga Nacional adotou uma identidade visual diferenciada, com um padrão de cores e de tamanhos para as quadras. Agora, elas devem ser azul royal com as bordas azul escuro e linhas brancas, sem nenhuma outra marcação que não seja do futsal. De acordo com o gestor da Liga, Guilherme José Brandão Silva, o Palhinha, isso foi feito para que os espectadores reconheçam os jogos do campeonato pelo piso onde eles ocorrem. “Além disso, fizemos pesquisas e percebemos que essas cores não cansam os olhos”, comenta.
Palhinha diz, ainda, que a mudança está tendo uma boa aceitação por parte dos 20 clubes. “A agilidade no processo de montagem e desmontagem também é fundamental. Em quatro, no máximo cinco horas, a quadra já está pronta. Para desmontar, é ainda mais rápido. A rapidez neste procedimento é essencial, já que os jogos ocorrem diversas vezes por semana, e em vários municípios do Brasil”, fala, ao explicar que, até todas as equipes não se adequarem às novas cores, uma quadra itinerante está sendo montada nos ginásios e arenas que recebem os jogos.
Conforme o proprietário da Futura Sports, Luciano Souza, a linha de pisos modulares utilizada pela Liga Nacional é versátil e permite um alto desempenho dos atletas. Na base são formados 64 pontos individuais de impacto, conferindo maior proteção ao jogador. “Este material é desenvolvido para uso em ambientes fechados e, por ser modular, torna sua instalação limpa, rápida e fácil, sem a necessidade de produtos químicos”, exalta, ao lembrar que “em virtude da tecnologia de cada módulo, o material apresenta níveis excepcionais de absorção e amortecimento de impactos, preservando a saúde dos atletas”, explana.
Mudança é sentida e bem vista pelos jogadores
O ala esquerdo Francklin Pereira Henriques, atualmente jogando no Green Team/ Asbac/Brasília, da capital Federal, conta que jogar nas quadras modulares é mais seguro quando comparadas aos pisos tradicionais. “Nós nos sentimos confiantes na hora de cair. Este material tem uma excelente aderência, é menos impacto no corpo. Dessa forma, os atletas têm mais qualidade para praticar o esporte e fazer as jogadas sem medo”, explana Henriques.
Hoje aos 31 anos, e jogando profissionalmente desde 2007, o jogador conta que a maioria das quadras espalhadas pelo país, principalmente as amadoras, ainda são de piso corrido, o que reduz a absorção de impacto a praticamente zero. “Antigamente encontrávamos com mais facilidade os pisos de madeira. Eram melhores que os de cimento, mas às vezes soltavam farpas que machucavam os jogadores”, lembra ele.
Saiba Mais
Além de reduzir o impacto em 10 vezes mais do que as superfícies comuns de cimento, as quadras oficiais da Liga previnem a formação de bactérias, matando efetivamente 99% das bactérias comuns, é antiarranhões e antiderrapante.
Por Samira Pereira
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