STJD joga duro e ameaça Treze e Brasil-RS - SóEsporte
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STJD joga duro e ameaça Treze e Brasil-RS

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva depois de ter feito um acordo ‘considerado picareta’ que evolve CBF e Rio Branco-AC procura intimidar Treze e Brasil de Pelotas-RS, anunciando julgamento dos dois clubes.

O conselheiro do Treze, Petronio Gadelha, disse ao www.soesporte.com.br que o clube não teme este julgamento. “Vamos continuar buscando nosso objetivo que é entrar na Série C. Este julgamento é um caso isolado e vamos nós defender na reunião” disse.

Segundo o site Justiça Desportiva, a secretaria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para a próxima sexta-feira, dia 29 de junho, os julgamentos de Brasil de Pelotas/RS e Treze de Campina Grande, em sessão da Quarta Comissão Disciplinar, a partir das 13h30.

As ameaças do STJD são contundentes. “Os dois clubes serão levados a julgamento em função do imbróglio ocorrido na Justiça Comum e que culminou nas suspensões da Série C e D do Campeonato Brasileiro. O risco é de multa pesada para ambos, além de sanções aplicadas pela própria CBF, como suspensão das atividades”.

A matéria prossegue amedrontando os dois clubes ao afirmar que, “os presidentes dos clubes gaúcho e paraibano, Ricardo Fonseca e Fábio Azevedo, respectivamente, ainda podem ficar suspensos de suas funções enquanto durar o descumprimento do regulamento”.

Entenda o caso:

Para ficar com a vaga do Rio Branco/AC na Série C, o Treze procurou a Justiça da Paraíba pleiteando que a CBF fosse obrigada a incluir o clube na competição. A ação tinha como pólo passivo a Federação Paraibana de Futebol, mesmo sendo a CBF a organizadora da competição e com foro no Rio de Janeiro. E na Justiça estadual, o Treze conseguiu uma liminar que ainda sustenta e influencia na suspensão da competição, que ainda não viu a bola rolar, mesmo depois de quase um mês da sua data prevista para início.

Assim como o Treze, o Brasil de Pelotas também decidiu procurar a Justiça Comum, no caso, a Justiça do Rio Grande do Sul, também colocando como pólo passivo a Federação Gaúcha de Futebol. O pleito é pela vaga do Santo André, clube que, na verdade, ficou com a sua vaga depois que o Brasil/RS perdeu pontos por escalação irregular. Mas depois de conseguir uma liminar, o clube a viu ser cassada, e já avisou que disputará a Série D.

A Procuradoria do STJD denunciou ambos os clubes com base no artigo 191 III (deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento: de regulamento, geral ou especial, de competição) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), em que a pena é de multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil.

A denúncia ainda informa que, com base no parágrafo segundo do artigo 191, “se a infração for cometida por pessoa jurídica, além da pena a ser-lhe aplicada, as pessoas naturais responsáveis pela infração ficarão sujeitas a suspensão automática enquanto perdurar o descumprimento”. Nesse caso, os presidentes de Treze e Brasil de Pelotas podem ser punidos também.

Os dois clubes e seus responsáveis ainda foram enquadrados no artigo 191 II (deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento: de deliberação, resolução, determinação, exigência, requisição ou qualquer ato normativo ou administrativo do CNE ou de entidade de administração do desporto a que estiver filiado ou vinculado) do CBJD, com a mesma pena do artigo anterior, já citado.

Após o julgamento, a Procuradoria ainda pede que sejam extraídas cópias dos autos e encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça, “análise do expediente de falta de lealdade processual do denunciado, dentre outros aspectos, que culminam com decisões liminares expedidas por comarcas judiciais nos mais diversos Estados, porém contra a entidade maior do futebol, que amplamente consabido tem sede no Rio de Janeiro”.

Além de levar o caso a julgamento – ainda sem data marcada – no STJD, a Procuradoria também requer que seja expedido ofício à CBF para que adote as sanções cabíveis, inclusive sugere a suspensão de todas as atividades relacionadas a futebol em todo o território nacional por um prazo mínimo de um ano, com base em seus estatutos, normas internacionais e artigo 48 da Lei 9615/98.

O repórter José Geraldo Azevedo, autor da matéria, só deixou de explicar aos leitores que, o STJD e CBF fizeram um acordo com o Rio Branco, segundo a diretoria do Treze, no final do ano passado deixando de punir o clube do Acre que entrou na Justiça Comum, antes de esgotar todas as instancias da Justiça Desportiva, o que não é o caso do Treze que segue os tramites legais da Lei, com base na Constituição Brasileira.

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