Torcida paraibana, estamos falando do centroavante “Zéu Palmeira”. Ele nasceu em uma família de desportistas da cidade de Patos no dia 02 de janeiro de 1931. Começou a jogar futebol e a se destacar no tradicional Colégio Diocesano. Fundou, jogou, torceu e presidiu o Esporte de Patos. Ele e seus familiares moraram uma temporada na cidade do Recife e o craque chegou a jogar no Clube Náutico Capibaribe, já o seu irmão Antônio Palmeira, foi dirigente do Sport Club do Recife.
Quando retornaram à cidade de Patos, junto com outros desportistas fundaram o Esporte Clube, o nome homenageando o Sport do Recife, já as cores alvirrubras homenageando o Clube Náutico Capibaribe, isso no dia 07 de julho de 1952, em uma reunião que ocorreu nas dependências do Tiro de Guerra local.
Ocorre que o craque conciliava as funções de centroavante do alvirrubro patoense com as obrigações comerciais da família, pois ele era sócio de uma empresa de ônibus de transporte municipal, a Impal. Os ônibus que naquela época eram da marca Mercedes e possuíam carroceria Ciferal, eram todos pintados com as cores vermelha e branca, as cores do “patinho”, como carinhosamente é conhecida aquela agremiação que tanto ajudou. Ele também foi empresário por vários anos no ramo calçadista.
Por causa de seu talento dentro do gramado, aliado ao seu tino comercial e o estilo de galã para a época, o craque “Zéu Palmeira” ficou muito conhecido e popular no sertão, o que resultou em sua eleição ao cargo de Deputado Estadual, responsabilidade outorgada pelo povo sertanejo e que foi exercida com muito zelo e dedicação.
Mas a nova missão não o afastou dos gramados nem da camisa do seu querido Esporte, pois o deputado passava os dias da semana legislando e nos finais de semana marcando os gols necessários para a sua equipe, já que nunca relaxou o seu condicionamento físico. Os saudosistas inclusive citam que “Zéu Palmeira” era exímio executor da jogada de bicicleta.
A sua carreira de atleta foi encerrada aos 35 anos de idade, com passagens nos times do Náutico do Recife, no Treze de Campina Grande e no seu querido Esporte de Patos. Hoje, ele com mais de oitenta anos de idade, junto de seus familiares e do amigo João Grilo, recorda com alegria e saudade daqueles anos de dedicação e amor em que se destacavam craques como Beca, Valdenor, Zito Queiróz, Sales, Zaqueu, Araújo, Paulino, Aderaldo e tantos outros que o tempo não consegue apagar de sua lúcida memória.
Para nós, torcedores e amantes do nosso futebol ficou a certeza que o centroavante “Zéu Palmeira” escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.