Os eventos de goalball começaram a esquentar e mais dois torneios estão confirmados. Os campeonatos em si são os Regionais Sul e Nordeste. O primeiro será realizado de 6 a 8 de julho, na cidade de Porto Alegre (RS), e o segundo entre os dias 13 e 15 do mesmo mês, em João Pessoa (PB).
Para o evento no sul do país as inscrições podem ser feitas até o dia 25 de maio, enquanto para o regional na cidade nordestina as entidades podem se inscrever até o dia 1º de junho.
Para se inscreverem as entidades devem enviar a ficha de inscrição preenchida para o e-mail camilaoliveira@cbdv.org.br ou por correspondência para a sede da CBDV no Rio de Janeiro. Todas elas devem ser recebidas pela CBDV até a data limite do prazo das inscrições.
O goalball foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial que ficaram cegos.
Nos Jogos de Toronto (1976) sete equipes masculinas participaram na condição de apresentação. Dois anos depois teve o primeiro Campeonato Mundial de Goalball, na Áustria. Em 1980 na Paraolimpíada de Arnhem, a modalidade iniciou como esporte paraolímpico, somente na categoria masculina. Somente em Nova York, em 1984, que a categoria feminina fez sua estréia nos jogos paraolímpicos. Em 1982, a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) começou a gerenciar a modalidade.
Em 1985, o professor Steven Dubner do CADEVI, entidade de atendimento à pessoas cegas de São Paulo, apresentou a modalidade no Brasil. Entusiasmado, o professor Mário Sérgio Fontes levou para a ADEVIPAR, do Paraná e mais tarde, realizaram o primeiro jogo entre as duas associações. Dois anos depois, em Uberlândia, MG, aconteceu o primeiro campeonato brasileiro, sob a supervisão do professor Mário Sérgio, presidente da antiga ABDC, atual CBDC.
O Brasil ainda está se desenvolvendo na modalidade. Só veio a participar de uma edição dos jogos paraolímpicos em 2004, com a seleção feminina e, somente 4 anos depois, com a masculina.
A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). De cada lado da quadra tem um gol com nove metros de largura e 1,3 de altura. As linhas de posicionamento dos jogadores, a linha do goal e algumas outras importantes para a orientação dos jogadores são marcadas por um barbante preso com fita adesiva, permitindo que os atletas possam senti-las.
Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. Posicionados no espaço de três metros a partir da linha do goal, os atletas devem defender as bolas lançadas pela equipe adversária e lançá-las em direção do goal adversário, rasteira, fazendo tocar em alguns pontos da quadra. Ganha o jogo quem fizer mais goals dentro dos 20 minutos que dura uma partida, dividido em 2 tempos de 10 minutos.
Como cada equipe fica em seu espaço delimitado, não existe contato entre elas nesta modalidade, tornando-a mais fácil e de aparente segurança para novos esportistas.
As equipes são formadas por 3 titulares e até 3 outros reservas; todos vendados ou utilizando um óculos opaco que impeça a visão de qualquer um dos jogadores. É permitida a participação de todo atleta B1, B2 ou B3, porém, ratifica-se, todos jogam vendados.
A bola possui guizos em seu interior que emite sons – existem furos que permitem a passagem do som – para que os jogadores saibam sua direção. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg e é mais ou menos do tamanho da de basquete.
O Goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo ou nos intervalos, paradas técnicas e fim do jogo.