A velocista Ana Cláudia Lemos Silva conquistou o seu quarto título de campeã do Troféu Brasil de Atletismo nesta quinta-feira (9/10), na pista do Estádio Ícaro de Castro Melo, o Ibirapuera, em São Paulo. Ana ganhou a prova mais rápida da competição, para o Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, em 11s27 – dividiu o pódio com Evelyn dos Santos (11s61) e Vanda Ferreira Gomes (11s62). “Gostei da vitória, foi importante para o Clube, mas da marca não gostei. Eu estou preparada para fazer melhor”, disse Ana Cláudia. A velocista ressalta que sua meta, para os 100 m, ainda é correr a distância em menos de 11 segundos – é recordista sul-americana, com 11s05, e correu 11s13, no Ibero-Americano, em agosto.
O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA terminou o primeiro dia de competições do Troféu Brasil com 62 pontos, à frente do Pinheiros (46), também de São Paulo, e da Orcampi/Unimed, de Campinas (29).
“Se eu achar que 11s27 é bom eu vou para onde? Como atleta, preciso ir sempre em busca do meu melhor. Esse ano, eu tive problemas com lesões e consegui correr 11s13, o que é bem razoável. Mas na próxima temporada a meta é correr abaixo dos 11 segundos algumas vezes. Sei do meu potencial, do meu treinador (Katsuhico Nakaya) e do Clube BM&FBOVESPA. E a CBAt, que também me apoia. É por mim e essas pessoas que eu quero batalhar, pelas pessoas que estão ao meu lado e me dão todo o suporte”, acentuou a bela Ana Cláudia, musa das pistas. Garante que não se importa pelo fato de as pessoas dizerem que é bonita. “Mas eu quero é fazer o meu trabalho e aparecer por ele.”
Ainda sobre a barreira dos 11 segundos Ana Cláudia disse que tudo depende da técnica da corrida. “Eu treino bem, ainda posso fazer ajustes… Mas é no dia em que você menos espera… como quando eu corri 10s93 (com vento acima do permitido).” Ressaltou que a prova é muito rápida, sem margem para erros. “Uma passada errada que você dá, um movimento… faz muita diferença no resultado final.”
Ana observou que o fato do Troféu Brasil estar colocado no fim do ano não atrapalhou sua atuação. “Não competi no primeiro semestre por causa de lesão. Para atletas que começaram a temporada mais cedo fica puxado. O atleta quer treinar e competir, mas a cabeça já não vai, tudo tem um limite.” O revezamento 4×100 m e os 200 m ainda estão na programação de Ana Cláudia até domingo (12/10). Mas já avisou que as férias serão curtas esse ano, de duas semanas, para ir a praia, ver a família e os amigos, comer um pouquinho mais e ir ao shopping fazer compras. “Dessas coisas que mulher gosta.”
Fabiana Murer é ídolo
Questionada sobre o seu ídolo no atletismo, Ana Cláudia disse que gosta de várias pessoas, mas citou a companheira do Clube BM&FBOVESPA, Fabiana Murer, como ídolo. “A Fabiana Murer é uma grande atleta e uma grande pessoa. Super legal e super do bem, ajuda todo mundo e a gente dá muitas risadas também. E eu acho que não adianta você ser ídolo e não ser uma grande pessoa. Não é só titulos, é um conjunto”, afirmou.
Marílson, de olho em Amsterdã
O fundista Marílson Gomes dos Santos foi quarto colocado nos 10.000 m (29min17s79), em prova vencida por Giovani dos Santos (28min42s27). “Foi dentro da minha capacidade, a prova foi muito rápida”, acentuou Marílson, que está treinando com muito voluma para correr a Maratona de Amsterdã (HOL), no dia 19 de outubro, de olho num tempo bom e no índice para o Mundial de Pequim/2015. “Estou mais para maratona mesmo, meu treinamento está mais lento e os meninos forçaram bastante a prova. Eles estão chegando muito bem e isso é muito bom para o atletismo do Brasil.”
