André Rocha bate primeiro recorde mundial do Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo, em SP - SóEsporte
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André Rocha bate primeiro recorde mundial do Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo, em SP

 Atleta paulista do arremesso de peso quebra marca de dez anos e torna-se o único a ter recordes mundiais em duas classes diferentes; evento com 400 atletas de 13 países se estenderá até sábado, 28
André Rocha, atleta do arremesso de peso, bateu nesta sexta-feira, 27, o primeiro recorde mundial no Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo e Natação. No CT Paralímpico, em São Paulo (SP), ele alcançou a marca de 8,73m – 1 centímetro a mais do que o antigo recordista da classe F53, o mexicano Mauro Maximo de Jesus. Outros sete recordes já foram batidos no evento, sendo quatro por brasileiros e três, americanos. A competição se estenderá até sábado, 28.
Quatrocentos atletas, dos quais 226 do atletismo e 174 da natação, participam do Open Internacional Loterias Caixa. Ao todo, 13 países estão representados: África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Equador, El Salvador, Gana, Israel, México, Peru, Portugal e Turquia. As disputas da natação fazem parte da World Series, circuito organizado pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês), assim como o atletismo faz parte do Grand Prix, também do IPC.
André superou uma marca que perdurava desde os Jogos de Pequim, em 2008. Agora, torna-se o único atleta do arremesso de peso a deter dois recordes em classes diferentes, já que também é o atual dono da marca mundial da classe F52, com 11,52m. Como o Open foi a sua primeira competição internacional da temporada, André foi submetido a uma nova avaliação de classificação funcional, que o levou à F53, para atletas com menor grau de deficiência.
“Consegui esta marca logo na primeira tentativa. Eu estava me sentindo bem, mas também bastante ansioso. Parecia a primeira vez que ia competir no arremesso de peso. Ainda bem que consegui uma boa marca. A banca de avaliação interpretou que a minha deficiência e o problema que tenho nas mãos e no punho, na verdade, se enquadrariam nas duas classes, mas acabaram optando pela F53, o que foi muito bom para mim, porque essa é justamente a prova que vai ter nos Jogos Paralímpicos em Tóquio e é a prova que eu mais gosto”, disse André.
Ainda como policial militar, durante uma perseguição em 2005, o atleta de Taubaté caiu de um muro e sofreu uma lesão na coluna. Somente oito anos depois, em 2013, que conheceu o programa de esporte da prefeitura e iniciou no atletismo. Em 2015, garantiu sua primeira conquista na modalidade, a medalha de prata no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.
Por causa da lesão medular, não conseguiu disputar os Jogos Paralímpicos do Rio 2016, mas, no ano seguinte, sagrou-se campeão mundial no arremesso de peso da classe F52 em pleno Estádio Olímpico de Londres.
Na piscina do CT Paralímpico, a manhã desta sexta-feira foi repleta de provas rápidas, com os 50m livre e costas. Caíram na água nadadores consagrados, como Daniel Dias (classe S5), Phelipe Rodrigues (S10), Edênia Garcia (S4) e Susana Schnarndorf (S4), todos classificados para as finais, que acontecem a partir das 17h (de Brasília).
Daniel classificou-se com o melhor Índice Técnico Competitivo (ITC) nos 50m livre, seguido por Phelipe. Na mesma prova, no feminino, Cecília Araujo (S8) entrou para a final com o segundo melhor ITC. Na prova dos 50m costas, Edênia e Susana cravaram o terceiro e quarto índices, respectivamente.
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