A afirmação – treinador vive de resultado! É admitida até mesmo pelo técnico brasileiro. Muitos deles se conformam em perder o emprego logo nos primeiros fracassos. Mas, tem as exceções. Alguns perdem jogos e até campeonatos e não são demitidos, e ao longo dos anos conseguem bons frutos para seus clubes. Na Paraíba temos dois grandes exemplos: Ramiro Sousa, já bateu recorde como treinador do CSP e Marcelo Vilar que ficou cinco anos no Treze.
Marcelo Vilar ficou cinco anos no Treze e durante este período foi bicampeão paraibano, ganhou uma Copa Paraíba e deixou colocou o time no Campeonato Brasileiro da Série C. Mas não foram só flores a passagem pelo Presidente Vargas.
Vilar perdeu várias chances para colocar o Treze na Série C, jogando em Campina Grande, com o Amigão lotado. Dois deles, o torcedor alvinegro ainda fica perguntando, o motivo do Galo da Borborema não ter passado pelo Araguaina-TO, equipe sem qualquer expressão no futebol brasileiro e não ter passado pelo Santa Cruz-PE, quando no primeiro jogo o Treze ter chegado a colocado 3 a 1 no placar, sendo em seguida o empate.
O Treze, no comando de Vilar ainda perdeu dois títulos dentro do Amigão, para o Sousa. O primeiro em 2009, o Galo da Borborema precisa do empate para ser campeão. Chegou a fazer 1 a 0, no primeiro tempo, mas levou a virado sendo derrotado por 2 a 1. Em 2012, o time alvinegro montou uma equipe para ser tricampeã, só que tinha um Sousa no seu caminho e o treinador Vilar não conseguiu passar pelo Dinossauro na fase semi, tomando de 3 a 1, no Amigão, ficando em terceiro lugar. Com isso, o Treze perdeu a vaga no Campeonato do Nordeste e Copa do Brasil.
Mesmo assim, a diretoria manteve Vilar, pois ainda restava a esperança de uma reabilitação no Campeonato Brasileiro da Série C, já que, o clube tinha conquistado a vaga devido o Rio Branco-AC ter entrada na Justiça Comum, contra atos da CBF, desrespeitando a legislação esportiva.
Na competição nacional, o time perdeu as três partidas iniciais. A CBF não aceitava o Treze e procurava puni-lo de qualquer maneira. Mas, aos poucos o time de Campina Grande foi se firmando a chegou a ficar entre os quatro primeiros do Grupo A, tendo chance de se classificar para a fase seguinte.
Mas, como o grupo era bem nivelado tecnicamente, o Treze também correu o risco de ser rebaixado, aliás, o que a CBF mais queria. O time não jogava bem, principalmente, fora de Campina Grande. Como visitante era derrota na certa e muitas vezes de goleada. Quando o Treze caminhava a passos largos para o abismo, a diretoria pressionada pela torcida resolveu dispensar Vilar e contratar Sérgio Cosme. O Time voltou a ter chance de classificação e se livrou do rebaixamento.
Ramiro Sousa que já bateu recorde como treinador do CSP e na Paraíba é o treinador que mais teve ficou no mesmo clube. São Seis temporadas, sendo quatro na Segunda Divisão e duas na Primeira. Ele é um treinador que nem sequer balança. O time pode perder jogos, deixar de ganhar títulos, mas a diretoria não se preocupa com isso.
As conquistar de Ramiro Sousa vão além de taças (produtos de metal). A proposta da diretoria é descobrir valores para o futebol profissional e Ramiro tem conseguido com abundância. As conquistas com a bola são o título da Segunda Divisão e a Copa Paraíba. Aliás, de sobra o CSP ficou com a vaga da Copa do Brasil de 2013 e vai enfrentar o Coritiba-PA, na primeira fase. Ramiro já teve várias propostas para deixar o CSP, entre as quais está uma do Botafogo, na época considerada milionária, mas ele prefere continuar com o certo.
Enquanto Ramiro Sousa continua comando o time do CSP, o treinador Marcelo Vilar trocou o Treze pelo Botafogo. Agora, o time do Galo da Borborema é comando por Sérgio Cosme. Aliás, são os únicos três treinadores que continuam em seus respectivos clubes no atual Campeonato Paraibano de 2013. Cinco times já trocaram de técnicos.
O último a cair foi Betão que comandado o Cruzeiro de Itaporanga. Antes tinham ‘dançado’ Denô Araújo (Auto Esporte, que agora conta com Jairo Santos), Jorge Pinheiro (Atlético de Cajazeiras que passou a ser treinado por Adelmo Soares), Neto Maradora (Nacional de Patos que tem como treinador Hugo Sales), Edson Ferreira (Paraíba de Cajazeiras que já teve Luis Carlos e agora conta com Jorge Pinheiro).
Franco Ferreira para o www.soesporte.com.br
