Está matéria deveria ter sido publicada com Wilson de Araújo Pereira, em vida, mas isso não aconteceu devido uma decisão editorial, que queria a fala de Wilson. Não época, quem falou foi Ulisses, filho de Wilson, já que, o empresário já estava enfrentando problemas médicos.
Agora o WWW.soesporte.com.br publica a matéria do jornalista Franco Ferreira, após a morte do conhecido Wilson das Chuteiras, como era conhecido, o empresário que era natural de Campina Grande e foi jogador do Treze. Wilson de Araújo Pereira faleceu quinta-feira à noite, no Hospital da Unimed, em João Pessoa. Wilson moram na Capital há mais de três décadas, quando começou a fabricar chuteiras.
Veja a meteria que fala da arte de fazer chuteiras:
Domiciliada na cidade antiga, em João Pessoa, a fabrica de chuteiras Wilson atravessa três décadas superando a concorrência que cresce com as facilidades da tecnologia. Mas o criador da marca, o empresário pioneiro, Wilson Pereira, não abre mão participar da fabricação do equipamento que calça três gerações de desportistas paraibanos, da região e até de fora do Brasil.
Quando não existia a grande concorrência dos dias de hoje, as Chuteiras Wilson, criadas no início da década de 80, domina o mercado de calçados esportivos em toda Paraíba e ainda exportava para outros Estados do Nordeste e até para os Estados Unidos e Japão.
Todo começou, numa época que os materiais esportivos, especialmente chuteiras, eram fabricados artesanalmente. Hoje, o próprio Wilson conta com máquinas modernas que produz a chuteiras em grande escalar. “Mas meu pai faz questão de acompanhar os trabalhos de perto, sendo responsável pelo corte manualmente das peças que serão usadas para fabricação das chuteiras”, disse Ulisses Diniz, filho de Wilson Pereira.
Entre os grandes clubes do Nordeste que teve uma parceria com as chuteiras Wilson, de acordo com Ulisses Diniz, foi o Sport Recife. Ulisses Diniz que recebe a reportagem, devido um problema de saúde de Wilson Pereira, disse acompanhar o trabalho feito por seu pai desde garoto e hoje é o responsável pelas vendas, na loja anexo a fabrica, na Rua da Areia, no Varadouro, cidade antiga de João Pessoa.
De acordo com Ulisses Diniz, o seu pai está se preparando para se submeter a uma cirurgia nos próximos dias e, por recomendações médicas, tem se preocupado mais com a saúde. Mesmo assim comparece a fabrica, para acompanhar a produção.
“Antigamente pessoas de todo interior da Paraíba vinha comprar chuteiras aqui na fabrica. Clubes de futebol da Paraíba de todo Brasil faziam encomendas. Nosso produto chegava a ser vendido para os Estados Unidos e até Japão. Não existia tanta concorrência. Hoje, tem gente fabricando chuteiras, em Campina Grande, Guarabira, em Patos” disse Ulisses Diniz.
Além disso, destaca Ulisses Diniz, o comercio tem uma variedade de marcas nacionais e internacionais. “As lojas ainda vendem a prestação e através de cartão de credito. Nós não utilizamos estas facilidades de venda. Nossa preocupação é com a boa qualidade e preço. Desafiamos alguém ter preço igual a nosso”, disse Ulisses Diniz.
Enquanto uma chuteira de marca é vendida por R$ 500 até R$ 600, nas lojas e shopping, segundo Ulisses Diniz, a variação de preço de uma chuteira Wilson varia de R$ 35 a R$ 70. Ele garante que, as pessoas muitas vezes paga pelo luxo da loja, sem saber.
As chuteiras mais vendidas são as coloridas. Tem cor para todos os gostos. Verde, laranja, rosa, azul. Além de chuteiras pretas e brancas, tradicionais. Também chuteiras com misturais de cores. Depende do cliente. Muitos homens compram chuteiras de cor rosas.
Segundo Ulisses Diniz, os materiais utilizados para fabricação das chuteiras são os mesmos dos produtos que se encontram em todo comercio. Além do couro as chuteiras são feitas de material sintético. O solado pode ter borracha ou PVC. “Nosso produto não tem diferença dos que estão sendo vendidos nas lojas”.
Por Franco Ferreira
