O QUE VOCÊ ACHA DE JUIZ DE FUTEBOL?
1. Esta é uma pergunta do Baralho do Futebol que os jogadores respondem de acordo com a sua experiência nos campos de futebol.
2. As respostas que muitos jogadores responderam, embora alguns nada responderam: a) ladrão; b) maluco; c) não vale nada; d) burro; e) facínora; f) o juiz estava na gaveta; g) soprador de apito; h) na dúvida sempre os pequenos são prejudicados; i) compraram o juiz.
3. O árbitro é bem preparado em média 4 anos. Seu início é com juvenis e são avaliados por delegados que dão sua avaliação.
4. Em média 50% das expulsões são por reclamações feitas com xingamentos, desrespeito e indisciplina.
5. Cronistas, dirigentes, jogadores e o público, 90% não sabem de regras de futebol. Mas querem desabafar no juiz, é o bode expiatório: a) cronistas: nem sempre estão a uma boa distância,, da jogada. Mas o juiz é para ver tudo, ele ganha para isto; b) dirigente: quer tirar de si a responsabilidade de mal administração. Não contratou bons jogadores; c) o público: acha que seu time é o melhor do campeonato. Mas o juiz marca um pênalti inexistente e ainda “invalida um gol legal”; d) o jogador: este quer limpar sua barra e garantir sua vaga no time. Mas o juiz não viu o pênalti em mim.
6. Depois que meditei a origem do que os jogadores responderam a pergunta feita: O que você acha de juiz de futebol? Procurei livros mais velhos e encontrei o que acho ser a origem das respostas.
Santos 1 x 0 Milan
7. Nicolau Moram, diretor do Santos, disse: “Almir, você pode fazer o que quiser, dentro do campo”, “Almir, você o rei dentro do campo”, “Faz o que achar melhor”. “O juiz não vai fazer nada”. Foi muita pancada, Almir chutou a cabeça de um italiano e não foi expulso. O Milan teve um jogador expulso e o juiz deu um pênalti contra o Milan, Santos 1 x 0 Milan, os italianos se queixavam do juiz argentino Juan Brazzi, achavam que ele estava vendido ao Santos e o Santos era bicampeão mundial em 16/11/1963, na presença de 120.421 torcedores (Livro: Biblioteca Esportiva Placar, p. 28-29).
INÍCIO DA HONESTIDADE
O problema do juiz não está só no Departamento de Árbitros ou na Federação. Está principalmente no campo, na hora de apitar o jogo.
José Aldo Pereira: Fui ao Recife apitar um jogo em Patos – PB, Esporte de Patos 3 x 1 Botafogo. Quando entrei em campo o chefe da PM, um Tenente parecia Jerônimo, herói do Sertão, foi me dizendo: “Olha aí seu juiz, o senhor tem toda garantia, mas vai apitar isto aqui, direito, senão não sai vivo. Era uma coação direta. A primeira coisa que fiz foi expulsá-lo de campo no grito.
O presidente do Esporte Clube de Patos era o padre Levi Rodrigues. Mandou-me fazer três Ave-Marias e dois Pai Nosso. Segui a sugestão. Os bandeirinhas, um torcedor do Esporte e outro do Botafogo – PB, cada um torcia pelo seu clube.
No primeiro gol do Esporte o padre Levi tirou a batina e jogou para o alto. O padre ficou sem batina, comemorando.
Pagaram tudo, quinhentos contos, tentaram me dá mais cem contos e eu não aceitei.
Fiquei no melhor hotel, o J.K., o melhor da cidade de patos – PB, e ainda pagaram minha condução de volta (Livro: De apito na boca, p. 86, Silvio E. Sá).
SUGESTÃO AOS CLUBES DE FUTEBOL
Coloquem no clube um árbitro idoso aposentado, experiente, para dar aulas teóricas de arbitragem e apitar os coletivos dos times juvenis e profissionais.
Tenho certeza que o clube vai ter surpresas agradáveis, no final das competições.
Eduardo Pimentel
Técnico de Futebol