Lucas Prado é bicampeão nos 200m T11 em Lyon; Odair Santos conquista ouro nos 5.000m T11 e Jonathan Santos é prata no arremesso de peso
Lucas Prado fez o hino brasileiro tocar no Stade de Rhône, ao ganhar a prova dos 200m T11 (cego total), no Mundial Paraolímpico de Atletismo em Lyon, na França.
Com o tempo de 22seg55, o atleta Superar cruzou a linha de chegada sozinho ao soltar a corda que o ligava ao guia Laércio Martins nos metros finais. Tudo parte de uma estratégia bem-sucedida, já que Laércio se recupera de uma lesão nos dois tendões Aquiles e Lucas não queria correr nenhum risco de deixar escapar o bicampeonato. Porém, a dupla não teve grandes dificuldades para vencer e liderou a disputa de ponta a ponta, ficando apenas sete centésimos acima do recorde mundial, que é do próprio Lucas.
“A gente sabia que os 20 metros finais seriam muito difíceis e optamos por soltar a corda-guia. O que vale é chegar em primeiro e isso tem funcionado desde Berlim, onde usamos a mesma estratégia. Agora é focar nos 100m, mas o Lucas voltou, vão ter que me engolir”, contou Lucas usando a célebre frase do técnico Zagallo.
Outro atleta que subiu ao topo do pódio em Lyon foi fundista Odair dos Santos. Depois de ficar com a prata nos Jogos Paraolímpicos nos 1500m, por ter se lesionado na prova e ter ficado fora dos 5000m, Odair Santos foi à forra e venceu os 5000m T11 em Lyon. O paulista de Limeira trocou de guia nos primeiros 2500 metros e garantiu o ouro com o tempo de 15min33seg37.
“Voltei a treinar forte apenas no fim de fevereiro, após uma lesão no tendão nos Jogos de Londres ano passado. Apesar do pouco tempo de preparação, o resultado foi muito bom”, disse Odair, que também foi campeão da prova no último Mundial, disputado em Christchurch, na Nova Zelândia, em 2011.
O alagoano Jonathan Santos foi outro atleta Superar a somar mais uma medalha para o Brasil neste fim de semana. Ele garantiu a prata no arremesso de peso F41, com a marca de 11.67 metros, atrás apenas do atrás do polonês Bartosz Tyszkowski, com 12,18m. Esta foi a terceira medalha prateada do atleta em mundiais de atletismo.
“Estou muito feliz com essa conquista. Dei a volta por cima pouco tempo depois de uma grave lesão para dar essa medalha ao Brasil”, disse Romarinho, como é carinhosamente chamado por uma suposta semelhança com o craque dos gramados.
Jonathan ficou dois meses parado este ano, depois de tentar levantar um peso de 150kg durante um treinamento e ter deslocado o ombro esquerdo. Recuperou-se a tempo de conseguir o índice para o Mundial.
Sobre o Grupo Superar:
O Grupo Superar foi criado no final de 2012 em uma ação pioneira. A ONG Instituto Superar, criada há cinco anos para fomentar o esporte paraolímpico, conquistou um sucesso jamais imaginado para o meio, e a fim de ampliar o seu alcance fundou a Superar Esportes S.A., empresa que chega ao mercado tratando as modalidades, os profissionais e os atletas, sejam olímpicos ou paraolímpicos, em absoluta igualdade.
A Superar Esportes S.A. tem como acionistas o próprio Instituto e investidores de setores distintos, sendo o Instituto sócio majoritário. Dessa forma, os resultados econômicos gerados pela S.A. vão reverter em favor principalmente do Instituto Superar.
O Grupo Superar chega ao mercado oferecendo sofisticação na gestão esportiva, com soluções completas e inovadoras para investimento no esporte. Atualmente são cerca de 300 atletas entre escolinhas e alto rendimento, divididos entre esportes olímpicos (hipismo e vôlei de praia) e paraolímpicos (atletismo, natação, triatlo, fut-5, canoagem, remo e tênis de mesa)