Badminton, o segundo esporte mais jogado no mundo - SóEsporte
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Badminton, o segundo esporte mais jogado no mundo

Muito praticado em países asiáticos, a modalidade ainda carece de investimentos

Com origem na Índia, onde possuía o nome Poona, o esporte foi levado para a Europa por oficiais ingleses que estavam de serviço no país, em 1870, e a partir desta data foi praticado na casa do Duque de Beaufort, Badminton House, na Inglaterra, conquistando assim seu nome.

Semelhante ao tênis, o esporte pode ser praticado tanto individualmente quanto em dupla, mas no lugar da bola usa-se uma peteca, denominada pena ou volante, que não deve tocar o chão em momento algum. Além da pena, a raquete usada pode ser de alumínio (amador) ou de grafite (profissional), que é um material mais leve.

O objetivo do jogo é fazer o volante ultrapassar a rede, que fica a 1,55 metros do chão, e tocar a quadra adversária. Os pontos são corridos e para finalizar a partida é necessário abrir uma diferença de dois pontos do adversário. O jogo é dividido em três games, mas pela regra “melhor de três”, ganha quem alcançar dois destes games.

A modalidade é muito popular em países asiáticos, como Paquistão, Índia, China, Indonésia, Tailândia, Malásia e Japão, por isso ocupa o segundo lugar no ranking dos esportes mais praticados no mundo. Também conta com praticantes na Europa e na América, como nos Estados Unidos, no México, no Canadá, no Peru e no Brasil.

O badminton foi difundido após a criação da Federação Internacional de Badminton (IBF), em 1934, com nove membros iniciais: Canadá, Dinamarca, Escócia, França, Holanda, Nova Zelândia, País de Gales e Inglaterra, onde se encontra a sede da federação. Nos anos seguintes mais países se tornaram membros da federação, especialmente após a estreia do esporte nas olimpíadas de Barcelona, em 1992. Atualmente são 130 países membros.

Marco Vasconcelos, português, ex-atleta e treinador de badminton, conta que conheceu o esporte quando tinha sete anos de idade, em 1978, no caminho para a escola. Passei por um lugar onde estavam praticando o esporte e um professor me convidou para jogar, gostei e passei a frequentar o local 3 vezes por semana, explicou o treinador. Marco conquistou o 1 torneio nacional que disputou aos 11 anos, o que o motivou a continuar praticando o esporte.

Mais tarde, veio o sonho de participar de uma olimpíada, o que conseguiu realizar nos Jogos de Sidney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008), quando se aposentou de sua condição como jogador e se tornou treinador. Em 2009, o treinador recebeu o convite de um clube português para treinar e coordenar jovens na modalidade e, após um ano de bons resultados foi convidado pela Federação Portuguesa de badminton para treinar as seleções nacionais de base. Marco também fez parte da seleção profissional de Portugal, em 2010, como treinador adjunto.

Seleção Brasileira de Badminton (Foto: Reprodução Internet)

Para o português ser treinador é especial, e exige muito conhecimento, planejamento, estudo, dedicação e paixão. Apesar disso, o português quase desistiu da profissão “me decepcionei com a falta de incentivo e apoio ao esporte”, declarou Marco Vasconcelos.

Entre os principais torneios promovidos pela IBF estão o Campeonato Mundial, o Mundial de Juniores e o Grand Prix. No Brasil, as principais competições do esporte são as Etapas Nacionais, divididas em oito partes espalhadas pelas cidades brasileiras. Da primeira participam as três categorias (principal, jovem, parabadminton), e nas outras só uma ou duas.

Apesar de não ser um esporte muito praticado no Brasil, está em expansão, e fará parte dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Luis Felipe de França

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