Basquete transforma a vida de jovem na Paraíba

Nascida no bairro das Indústrias, comunidade carente afastada do centro de João Pessoa, Maryanna defende a delegação da capital paraibana na Terceira Divisão do basquete feminino nos Jogos Escolares da Juventude.

Talentosa, a atleta integra desde os 13 anos a seleção paraibana de basquete, o que lhe trouxe novas oportunidades na vida. “Nesses três anos de seleção paraibana, já viajei para dezenas de lugares por todo o Brasil. Tenho o sonho de um dia conhecer os Estados Unidos e jogar em alguma equipe da WNBA além, é claro de defender a seleção brasileira”, revela Maryanna.

No que depender das atuações de Maryanna nos Jogos Escolares da Juventude, o sonho não parece tão impossível assim de acontecer. Na estreia da competição, vitória sobre o time do Piauí, pelo impressionante placar de 79 a 5 , e com incríveis 40 pontos de Maryanna. Na segunda rodada, contra a forte equipe do Mato Grosso do Sul, derrota por 70 a 60 em uma partida equilibrada. Porém, Maryanna mais uma vez fez sua parte, anotando 45 pontos e sendo o destaque da equipe.

“Falando sobre o meu jogo, eu acho que não posso destacar apenas uma característica. Para ir longe na carreira, sei que preciso ser completa em todos os quesitos. Por isso, tenho treinado muitos arremessos, posicionamento, defesa, também a parte física e tática. Sei que preciso ser completa”, disse a ala de 1,72m, fã de Marcelinho Machado, Adrianinha, Hortência e Patrícia, sua amiga pessoal e companheira de treinos no time do Spectros.

Simpatia e garra

Após levar a prata em 2007, terminar na quarta colocação em 2009 e ser eliminada na primeira fase do torneio em 2010, a paraibana Patrycia Campos, de 21 anos  está de volta ao evento, em João Pessoa 2014, desta vez como árbitra, na disputa feminina do basquete.

Esportista nata, Patrycia sempre praticou várias modalidades, como natação, futsal e handebol. Mas, foi a partir de 2004 que resolveu optar pelo basquete. “Meu início foi aos 11 anos de idade, apenas para completar o time da escola. Gostei muito, e na primeira competição que disputei, os Jogos Escolares de 2007, em Poços de Caldas, fomos vice-campeãs. Daí para a frente, nunca mais larguei o basquete”, revelou Patrycia.

Atualmente conciliando as atividades de atleta e árbitra, a simpática paraibana revela que sua preferência, caso algum dia tenha que optar por apenas uma delas, é com o uniforme de atleta dentro das quadras. “Às vezes, quando estou apitando um jogo, acontecem aqueles lances em que eu paro e penso: ‘caramba, essa bola eu não errava de jeito nenhum!’  Mas quando estou na quadra apitando, consigo separar bem as funções e me concentrar apenas no que tenho que fazer para realizar um ótimo trabalho”, revelou Patrycia.