Brasil conhece seus adversários no goalball para os Jogos Paralímpicos de Paris
Kátia, Gaby, Moniza, Dani, Jéssica, Geovanna, auxiliar Luciana Muller, fisioterapeuta Mônica Freitas e técnico Alessandro Tosim estão perfilados na quadra com suas medalhas de prata ao redor do pescoço. As atletas vestem camisas amarelas de manga curta com os números verde na frente, e comissão técnica veste camiseta verde e calça preta. Foto: Divulgação/ CBDV.
Sorteio deixa equipe masculina, atual campeã, em grupo mais ‘tranquilo’ do que o do time feminino, que terá Turquia e Israe
Salvador/BA
O Brasil conheceu nesta segunda-feira (3) seus rivais na fase de grupos do torneio de goalball dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. O sorteio realizado em Lignano Sabbiadoro, na Itália, colocou a Seleção masculina, atual campeã paralímpica, no Grupo A ao lado do Irã, campeão dos Jogos da Ásia/Pacífico, dos EUA, vice-campeão parapan-americano, e da anfitriã França. Já a Seleção feminina, que busca sua primeira medalha em Paralimpíadas, ficou no Grupo A junto de Turquia, atual bicampeã paralímpica e campeão mundial, Israel, terceira colocada no último Mundial, e China, campeã asiática. Confira as chaves:
TORNEIO MASCULINO | TORNEIO FEMININO | |||
Grupo A | Grupo B | Grupo A | Grupo B | |
BRASIL | CHINA | TURQUIA | COREIA DO SUL | |
IRÃ | UCRÂNIA | ISRAEL | CANADÁ | |
EUA | EGITO | CHINA | FRANÇA | |
FRANÇA | JAPÃO | BRASIL | JAPÃO |
O torneio de goalball em Paris será disputado de 29 de agosto até 5 de setembro. Ainda não foi divulgada a tabela com horários e ordem dos confrontos.
“No geral, eu gostei porque os grupos ficaram equilibrados, não houve nenhum ‘grupo da morte’. A tendência é que a história vá sendo construída normalmente ao longo da competição. Especificamente em relação ao nosso grupo, gostei também porque são times contra os quais estamos acostumados a jogar: o Irã, enfrentamos recentemente na Nations Cup e no último Mundial, vencendo em ambas as ocasiões. Os EUA, temos vencido os últimos confrontos. Paralimpíada, a gente sabe: tudo muda, é outra motivação para jogar, mudam as estratégias, ninguém mais faz testes. Mas não teremos dificuldades severas nesta fase. O que significa também que os melhores times vão se enfrentar nas fases finais”, avalia o técnico Jônatas Castro, da Seleção masculina.
“Achei dois grupos bem equilibrados. Agora é trabalhar mais o feeling para a competição e dar o nosso melhor não só dentro da competição mas também no dia a dia. Temos três meses até os Jogos e, a cada dia, tenho certeza de que vamos nos dedicar ao máximo para que a gente consiga se manter no topo do mundo”, diz o ala Leomon Moreno, campeão em Tóquio 2020 e medalhista de bronze na Rio 2016 e de prata em Londres 2012.
“Analisando todo o contexto da competição, você vê que o goalball feminino é muito parelho. Todas as seleções em ambos os grupos são fortes. Talvez, o nosso esteja um pouco mais forte. Mas analisando a última competição [Malmö Cup], a gente vê que um país ganhou do outro, então é tudo muito equilibrado. Turquia e China, tivemos a oportunidade de enfrentar lá na Suécia e ganhamos nas duas ocasiões. Israel é outro time bastante difícil. Então, serão jogos bastante equilibrados”, aposta o técnico Alessandro Tosim, que foi multicampeão com a Seleção masculina ao longo de 13 anos e assumiu o comando da equipe feminina do Brasil em dezembro do ano passado.
Recentemente, ele conduziu as mulheres à medalha de prata na Malmö Cup, competição na qual as brasileiras conseguiram derrotar as turcas na semifinal. “É uma chave bem equilibrada, mas Paralimpíada tem um nível muito forte. Todas as equipes ali estão um nível acima. Cada jogo vai ser um mata-mata, temos de ir com a cabeça assim. O Brasil vai em forte, tenho certeza!”, completa a ala Jéssica Vitorino.