Brasil encerra jogos com 42 medalhas no Rio - SóEsporte
Atletismo

Brasil encerra jogos com 42 medalhas no Rio

Petrúcio Ferreira

petrucioO Brasil conquistou, na noite deste sábado, 17, mais três medalhas de prata no atletismo. Elas vieram com Petrucio Ferreira (400m T47), Shirlene Coelho (lançamento de disco F38) e Felipe Gomes (400m T11). Com os resultados obtidos no último dia de disputas no Estádio Olímpico, pelos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a modalidade chega a 42 pódios verde e amarelos – oito de ouro, 14 de prata e dez de bronze.

A primeira conquista brasileira veio com o jovem Petrucio Ferreira, nos 400m T47. Ele, que já havia levado o ouro e o recorde mundial nos 100m e prata no revezamento 4x100m, surpreendeu a todos quando saiu da última posição da disputa para surgir entre os primeiros, chegando na vice-liderança. Com a marca de 48s87, o paraíbano só ficou atrás de Ernesto Blanco, de Cuba, que fez 48s79. Completou o pódio o austríaco Gunther Matzinger.

Medalha de ouro no lançamento de dardo F37 no Rio 2016, Shirlene Coelho chegou à sua segunda conquista nas Paralimpíadas. Dessa vez foi no lançamento de disco F38, com a marca de 33m91, em sua última tentativa. O resultado estabelece o novo recorde das Américas na prova. A chinesa Na Mi liderou a prova com 37m60 e quebrou seu próprio recorde paralímpico e mundial na classe F37 – que era de 35m35. Outra a estabelecer a nova melhor marca paralímpica foi a irlandesa Noelle Lenihan, na F38, com 31m71. Ele levou o bronze.

Disputando os 400m T11, Felipe Gomes faturou a última prata brasileira. Correndo para 50s38, o velocista foi ultrapassado nos metros finais por Puigde Descarrega, da Espanha, que ficou com o ouro ao marcar 50s22. Ananias Shikongo, da Namíbia, ficou em terceiro (50s63), e o brasileiro e atual recordista mundial da prova, Daniel Mendes, em quarto (50s93).
Ana Claudia Silva (final dos 100m T42) e Renata Bazone (final dos 1500m T11) finalizaram suas provas na quarta posição.

Neste domingo, 18, último dia de disputas dos Jogos, o Brasil terá dois representantes nas provas de maratona do atletismo, que serão disputadas no Forte de Copacabana (RJ). Alex Pires (T46) e Edneusa Dorta (T12) competem às 9h, enquanto Maria de Fátima Chaves e Aline Rocha, ambas da classe T54, entram em ação mais tarde, às 12h30.

Confira as declarações dos medalhistas e do coordenador da Seleção Brasileira de atletismo, Ciro Winckler.

Petrucio Ferreira
“Deixei um friozinho no coração de muitos que estavam me assistindo, porque, durante a prova, eu estava em último. E na reta final, faltando 100m, eu vinha pensando: eu vou chegar, eu vou chegar neles… e a cada segundo, eu ficava mais próximo deles. Se tivesse mais dois metros ali [na chegada], eu teria beliscado a medalha de ouro, deixado ela em casa”.

Shirlene Coelho
“O resultado, a gente nunca espera. A gente corre atrás. E foi isso que eu fiz. Eu melhorei muito a minha marca. E isso foi muito especial”.

Felipe Gomes
“Hoje eles [o público brasileiro] viram os representantes deles na pista e, não faltou luta, a gente brigou até o final”.

Ciro Winckler
“O fato que mais me chamou atenção foi que, das oito medalhas de ouro, sete foram conquistadas por atletas jovens. Atletas que nunca tinham subido ao pódio em Jogos. A grande marca desse grupo foi ter sido uma equipe de transição e uma equipe jovem, as duas se combinando para atingirmos o melhor resultado da história”

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