Brasil se isola como maior medalhista olímpico no futebol masculino e agora foca no inédito ouro - SóEsporte
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Brasil se isola como maior medalhista olímpico no futebol masculino e agora foca no inédito ouro

No reencontro com o Maracanã, seleção brasileira anota goleada da história do país em Olimpíadas e faz 6 x 0 contra Honduras. Neymar e Gabriel Jesus anotaram duas vezes cada
 No esperado reencontro da seleção brasileira de futebol masculino com o Maracanã, no Rio de Janeiro, a equipe deu o penúltimo passo da caminhada rumo ao inédito ouro olímpico. Se na Copa do Mundo de 2014 ficou a frustração por não ter tido o time verde e amarelo na final e, por consequência, nenhuma vez no estádio, agora, a torcida terá a oportunidade de ver, pela primeira vez, a tentativa de uma conquista que se tornou obsessão. Nesta quarta-feira (17.08), os donos da casa não deram chances para Honduras e fizeram 6 x 0, maior goleada a favor do país em Olimpíadas, com dois de Gabriel Jesus, dois de Neymar, um de Luan e outro de Marquinhos, em confronto válido pela semifinal.O resultado garante a prata para o país, que se isola como maior medalhista da modalidade entre os homens, com seis pódios, deixando a Hungria para trás. No entanto, a medalha dourada é o objetivo do time de Rogério Micale. O Brasil é o único campeão Mundial que nunca subiu ao topo do pódio em Olimpíadas, considerando a Inglaterra como integrante da Grã-Bretanha. O país tem três pratas: Los Angeles 1984, Seul 1988 e Londres 2012, além de dois bronzes: Atlanta 1996 e Sydney 2000.

“Nós vamos tratar como estamos fazendo, Sabemos dessa pressão desde o início, pois o que nos interessa culturalmente é o ouro, por ser inédito. Vamos trabalhar como sempre fizemos. Não faltará luta e entrega e estamos tentando fazer isso jogo a jogo. Nosso futebol é de qualidade, mas de muita transpiração também. Estamos jogando juntos, como grupo. Motivo que nos leva à esperança que podemos conquistar este sonho. Vamos dar o máximo para isso”, prometeu o treinador Rogério Micale.

Na decisão marcada para sábado (20.08), às 17h30, o Brasil vai enfrentar Nigéria ou Alemanha, que decidem a vaga ainda hoje. Dois adversários que não trazem boas recordações para a seleção. Enquanto os africanos foram os responsáveis pela eliminação dos brasileiros na semifinal de Atlanta 1996, os europeus são responsáveis pelo maior vexame da história do time verde e amarelo, quando fez 7 x 1, também na semi, no Mundial de 2014.

Brasil: Weverton, Zeca, Rodrigo Caio, Marquinhos, Douglas Santos; Walace, Renato Augusto, Luan; Neymar, Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa.

Jornada olímpica

O servidor público Fernando Lamounier e seu filho Bernardo, 12 anos, enfrentaram uma verdadeira maratona para chegar ao Maracanã. Eles saíram 20h30 desta terça-feira da cidade mineira de Alfenas e, depois de 9 horas de estrada dentro de um ônibus, desembarcaram no Rio de Janeiro. E não foi a primeira jornada deles nesses Jogos Olímpicos. “Na semana passada viemos para cá e vimos basquete, handebol, vôlei de praia, natação, polo aquático, esgrima. Mas no Maracanã será a primeira vez”, explicou.

Com perucas e bandeiras do Brasil, pai e filho desfrutavam cada momento olímpico em família. “Felicidade”, resumiu Bernardo. “Ele é fã do Neymar e sempre quis vir ao Maracanã. Está realizando um sonho”, afirmou o servidor. E valeu a pena toda essa jornada para estar no Rio? “Estar na Olimpíada, numa semifinal e conhecer o Maracanã com meu filho, com certeza valeu a pena”.

Na saída da estação do metrô, cinco hondurenhos, todos uniformizados, tentavam comprar ingressos para ver a seleção do país. Vieram da cidade de La Ceiba especialmente para as Olimpíadas. “Estar perto deste estádio nos traz uma vibração incrível. É um privilégio”, disse o pintor Leonel Aguilar. Lembrando a vitória de 2001, quando a equipe centro-americana surpreendeu e ganhou de 2 x 0 na Copa América e eliminou o Brasil, Aguilar estava otimista, mesmo sendo fã do futebol brasileiro. “É o melhor do mundo em campo e tem um grande ídolo que é o Neymar. Mas, apesar disso, aposto em 1 x 0”.

Campanha

A seleção brasileira chegou para a disputa da semifinal sem ter levado nenhum gol. Após dois empates em 0 x 0, contra África do Sul e Iraque, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, que geraram muitas críticas ao desempenho do time, a equipe goleou a Dinamarca por 4 x 0 na Fonte Nova, em Salvador, pela terceira rodada do Grupo A. O resultado garantiu a classificação na liderança da chave.

Nas quartas de final, um duelo contra a Colômbia, que trouxe à tona os recentes embates entre as duas seleções principais na Copa do Mundo de 2014, com vitória brasileira por 2 x 1, e na Copa América 2015, quando os colombianos venceram por 1 x 0. Nas Olimpíadas, a rivalidade, principalmente com Neymar, ficou clara e a partida teve vários momentos tensos e de discussão. No fim, melhor para o Brasil, que venceu por 2 x 0.

A seleção hondurenha caiu em um grupo com as favoritas Argentina e Portugal. Após vencer na estreia por 3 x 2 a Argélia, a equipe foi derrotada por 2 x 1 pelos portugueses. Na última partida, Honduras jogava por um empate contra os argentinos. O placar de 1 x 1 selou a classificação. Nas quartas de final, vitória por 1 x 0 contra a Coreia do Sul.

 

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