Brasil x França - Tabu, algoz, pressão... Segura essa Felipão? - SóEsporte
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Brasil x França – Tabu, algoz, pressão… Segura essa Felipão?

É comum dizer no mundo do futebol que o resultado não chega a ser o mais importante em amistosos preparatórios, mas sim o comportamento e a evolução dos times. Na Seleção Brasileira, porém, esta prática não se aplica. No duelo contra a França, neste domingo, às 16 horas, o Brasil de Luiz Felipe Scolari entra em campo pressionado por uma vitória que quebraria um tabu de mais de três anos sem ganhar de uma seleção “top”. O confronto, o último antes da Copa das Confederações, acontece na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

A última vez que a Amarelinha venceu uma das principais seleções do mundo foi em novembro de 2009. Na oportunidade, o time comandado por Dunga bateu a Inglaterra, por 1 a 0, no Qatar, com um gol de Nilmar. De lá para cá, foram dez partidas, com quatro empates e seis derrotas. Sem contar jogos da Seleção Olímpica e do Superclássico das Américas contra a Argentina.

Neste ano, o retrospecto também não é nada animador. Até o momento, foram seis jogos, com apenas uma vitória, quatro empates e uma derrota. A única vitória foi sobre a fraca Bolívia, por 4 a 0. Tais números só aumentam a pressão sobre Felipão e seus comandados.

O fator favorável ao Brasil é que os franceses também não andam bem. O técnico Didier Deschamps tem o pior início de um técnico dos “Les Bleus” das últimas quatro décadas. São dez jogos, com quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas. Neste ano, são três derrotas e uma vitória. Esta última conquistada contra a fraca Geórgia.

Retrospecto
A amistoso também servirá como uma espécie de “tira-teima” no retrospecto entre as duas seleções. Até hoje, foram 14 embates entre brasileiros e franceses, com cinco vitórias para cada lado e quatro empates. O Brasil leva uma ligeira vantagem no saldo de gols, já que marcou 21 vezes e sofreu 19 gols.

No entanto, nas últimas Copas do Mundo, a Seleção tornou-se uma verdadeira freguesa dos “Les Bleus”. Nos últimos três duelos em Copas, os franceses eliminaram a Amarelinha em todas. Em 1986, no México, derrota nos pênaltis nas quartas-de-final. Em 1998, na França, o trágico 3 a 0 na decisão. E na Alemanha, em 2006, nova derrota por 1 a 0 nas quartas.

Base mantida
Desde o empate com a Inglaterra, por 2 a 2, no domingo passado, Felipão tem evitado revelar o time titular do Brasil. Nos dias que passou por Goiânia, ele até fechou os treinos. Apesar de todo o mistério, o treinador manterá a base que foi bem no primeiro tempo no Maracanã.

A única exceção será o lateral-esquerdo Felipe Luís, que não agradou. Considerado titular absoluto, Marcelo deve assumir o posto. O restante do time será o mesmo. Inclusive, com as presenças do volante Luiz Gustavo e do sempre contestado atacante Hulk.

O capitão Thiago Silva aposta alto na seleção brasileira contra a França. A apresentação do time no empate com a Inglaterra e os treinos táticos da semana em Goiânia deram ao zagueiro a certeza de que o Brasil avançou em sua condição de formar uma equipe para a Copa das Confederações, que começa dia 15.

Thiago Silva também sabe da responsabilidade desse time principalmente na Copa do Mundo. “A derrota para o Uruguai em 1950 nos dá muita responsabilidade em disputar outro Mundial em casa. Responsabilidade e orgulho. Por isso temos de evoluir nesse trabalho de formação do time e confesso que fiquei muito feliz depois do jogo contra os ingleses no Maracanã. Não tenho dúvidas de que estamos no caminho certo”, disse.

Mistério francês
Didier Deschamps também decidiu não revelar qual time mandará a campo. Após o amistoso contra o Uruguai, no qual foram derrotados, por 1 a 0, na quarta-feira, a França fez apenas treinos leves. No Estádio Olímpico, o time fez somente treinos recreativos com futevôlei e futetênis.

Apesar disso, o treinador deve evitar desgastar demais os jogadores. O zagueiro Mangala deve ser poupado por conta de uma lesão leve. No entanto, vários outros jogadores devem ficar fora. Do time titular, apenas o meio-campo deve seguir intacto com Mauitidi, Valbuena, Payet e Gourcuff.

Brasil

Julio Cesar;
Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo;
Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar, Hulk (FOTO)  e Neymar;
Fred.

Técnico: Luiz Felipe Scolari

França

Lloris;
Debuchy, Rami, Sakho e Mathieu;
Cabaye, Matuidi, Lacazette, Valbuena e Gourcuff;
Benzema.

Técnico: Didier Deschamps

AFI

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