Campeões mundiais encerram temporada com medalhas de ouro no Brasileiro de atletismo - SóEsporte
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Campeões mundiais encerram temporada com medalhas de ouro no Brasileiro de atletismo

O Campeonato Brasileiro de atletismo começou nesta segunda-feira, 1º de dezembro, com medalhas de ouro para esportistas campeões do Mundial de Nova Déli, na Índia, disputado de 27 de setembro a 5 de outubro.

A competição na capital paulista é organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e conta com mais de 800 atletas inscritos. A disputa segue até esta quarta-feira, 3, com provas de pista e de campo. As disputas realizadas durante o período da manhã terão transmissão ao vivo pelo canal do CPB no YouTube.

O Brasileiro encerra a temporada do atletismo em 2025, que teve como ponto alto o Mundial de Nova Déli, na Índia, no qual o Brasil chegou pela primeira vez ao topo do quadro de medalhas, com 15 ouros, 20 pratas e nove bronzes (44 pódios no total).

Entre os atletas que fecharam a temporada com um ouro no Brasileiro está o paraibano Petrúcio Ferreira, da classe T47 (limitações em membros superiores), pentacampeão mundial na prova dos 100m. Nesta segunda-feira, no CT, o atleta completou a prova em 10s61, ainda mais rápido do que na Índia, quando conquistou o título mundial com 10s66.

“Foi um resultado muito bom. Adiei minhas férias após o Mundial para chegar bem neste último campeonato do ano, que é muito importante para todos os atletas de nosso país. Foi um ano muito importante, em que consegui vencer meu quinto Mundial seguido, entregando meu melhor pelo nosso país e pela minha família. A partir de hoje, vou ter um descanso rápido, até o Natal”, disse Petrúcio, atleta do Esporte Clube Pinheiros.

Durante a prova de Petrúcio, havia vento de 2,2 metros por segundo a favor, pouco acima dos 2 metros permitidos para homologação de marcas para efeito de registro de novos recordes ou inclusão em rankings. O fato de o vento estar favorável não afeta o resultado do Brasileiro Loterias Caixa e, por isso, o ouro do atleta foi confirmado.

Também nesta segunda-feira, o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, da equipe ADAC, fez os 1.500m da classe T11 (cegos) em 4min19s42. Neste ano, ele se sagrou campeão mundial em Nova Déli nesta prova, com 4min02s02.

“Esta foi minha primeira prova depois do Mundial. Considero que foi meu primeiro tiro da temporada de 2026. Depois do campeonato Mundial, teve um período de soltura, ainda não estou em toda minha velocidade. Por isso, o resultado foi bacana, mais uma medalha de ouro em uma retomada tranquila com o objetivo de chegar bem a Los Angeles. Vou entrar em um treinamento de base, depois passar para os tiros e fazer um treinamento de altitude, provavelmente em fevereiro”, afirmou Yeltsin,que ainda vai disputar os 5.000m na quarta-feira, 3.

Outra campeã mundial que foi medalha de ouro neste Brasileiro Loterias Caixa foi a piauiense Antônia Keyla, da ADD/SP, que completou os 1.500m da classe T20 (deficiência intelectual) em 4min31s24. Em Nova Déli, na Índia, a atleta ganhou o ouro e se tornou recordista Mundial da disputa, ao completar a prova em 4min19s22.

“Esta foi a melhor temporada da minha carreira. Antes do Brasileiro, tive 15 dias parada e consegui um bom resultado hoje. Vou seguir fazendo competições com atletas com e sem deficiência na próxima temporada, para quebrar o recorde Mundial várias vezes e me mantendo sempre com um bom resultado para buscar uma medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028, que parecem distantes, mas não estão. Vou seguir treinando duro para chegar forte nos próximos anos”, afirmou.

O Brasileiro também ofereceu oportunidades para atletas melhorarem suas marcas.

Foi o caso do paranaense Vinicius Augusto Cabral, do clube APP-Paraná, medalhista de prata em Nova Deli. O atleta marcou 21s11 na prova dos 100 para a classe T71 (para atletas com graves comprometimentos de coordenação motora que competem na petra). O resultado é melhor do que seu recorde mundial, de 21s50 atingidos no CT Paralímpico em maio. O resultado, porém, não terá validade internacional em razão do vento de 2,6 metros por segundo a favor.

O paulista Henrique Caetano, da classe T35 (paralisia cerebral), que correu os 100m em 11s60, mais rápido do que os 11s75 que o deram o quarto lugar no Mundial.

“Esta temporada foi excelente. Muito bom terminar o tempo assim, com um bom resultado na última competição. Foi algo muito abençoado acontecer o que aconteceu. Este ano terminei o Mundial em quarto lugar. Mas vi que dá para chegar mais longe”, afirmou o atleta,atleta do Time Nauru.

Recorde

A abertura do Brasileiro ainda teve um recorde das Américas marcado por Jonathas Nascimento, representante do IPAD/PB, no lançamento de disco da classe F33 (paralisia cerebral), que registrou 19,79m em sua prova nesta segunda-feira. A marca anterior pertencia ao colombiano Jefrey Andres Oliveiros Pardos, que havia registrado 17,17m em outubro de 2017, em Medellín, na Colômbia.

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