CAMPINENSE E BOTAFOGO EMPATAM EM JOGO TRUNCADO NO AMIGÃO: 3 X 3 - SóEsporte
Colunistas

CAMPINENSE E BOTAFOGO EMPATAM EM JOGO TRUNCADO NO AMIGÃO: 3 X 3

Campinense e Botafogo jogando no estádio Amigão, nesse domingo, 25 de março, fizeram um jogo truncado com muitas faltas de lado a lado e acabaram ficando num empate justo que deixou as duas equipes mais distante da conquista da primeira fase.

O Campinense começou vencendo com um gol logo no primeiro minuto de jogo numa penalidade cobrada pelo matador Warley, porém se complicou na partida com a expulsão do volante Charles Vagner quando eram decorridos apenas 24 minutos da primeira etapa.

Apesar da expulsão chegou a abrir dois a zero na primeira etapa. Foi um jogo atípico com momentos diferentes tanto para o Campinense quanto para o Botafogo durante os noventa minutos de bola em jogo.

As duas equipes foram escaladas por seus treinadores com muita cautela e precaução no sentido de se fechar ao máximo evitando facilidades para os sistemas ofensivos tanto de uma equipe quanto da outra equipe.

O treinador Neto Maradona escalou o Botafogo com três zagueiros (Henrique, Rogério e Wagner), quatro jogadores no meio campo (Marcelo Pinheiro, Leomir, Izaias e William), com o atacante Edgar como único jogador de referência no ataque, as alas foram compostas pelo volante Diego no lado direito e Adriano pelo lado esquerdo, atuando no gol o guarda redes Genivaldo.

Pelo lado do Campinense o técnico Freitas Nascimento escalou o time com três volantes (Luciano Totó, Charles Wagner e Rhuan), a armação ficou a cargo de Adriano Felício, o ataque com a dupla Warley e Potita, dois zagueiros compondo o miolo de zaga Breno e Ben-Hur, com as alas sendo formadas por Madson e Renatinho e no gol Pantera.

O Botafogo caracterizou um 3 X 6 X 1 que parecia mais um 5 X 4 X 1 haja vista que seus alas não chegavam até a linha de fundo para surpreender ou pressionar a defensiva do Campinense. A equipe se mostrava lenta na construção das jogadas, sendo que seu meia que procura botar velocidade no jogo era o William; um dos jogadores que procurava aparecer como elemento surpresa era o volante Izaias que é um jogador  com boa técnica, se movimenta bem  e chuta forte.

Outra arma do Botafogo eram os escanteios cobrados pelo lado direito com o meia Leomir que batia de perna esquerda forte na pequena área do Campinense sempre levando perigo, bolas venenosas que costumavam cruzar toda a extensão da pequena área numa velocidade que dificultava muito para a defensiva da raposa.

A entrada do atacante Erivelto no lugar do zagueiro Wagner aos 24’30 minutos da primeira etapa levantou o time do Botafogo que cresceu muito na partida, mudança estratégica do técnico Botafoguense Neto Maradona em função da expulsão do volante da raposa Charles Wagner aos 24 minutos de jogo após cometer uma falta infantil em cima do meia William; no lance William tenta se aproximar da grande área pelo lado direito com o Charles Wagner chegando à sua direita para dar o combate, no lance William dá um toque adiantando a bola para se livrar do Charles e é derrubado sem bola recebendo uma carga no pé direito; daí foi aplicado o cartão amarelo e como era o segundo Charles Wagner foi pra o chuveiro mais cedo; não foi uma jogada violenta mais é o tipo do lance que cabe a interpretação do árbitro e nessa situação o Charles poderia ter sido mais cauteloso na jogada haja vista que o Campinense vencia o jogo por 1 X 0, era uma partida nervosa jogada no corpo a corp o com muitas faltas de lado a lado, pressão de lado a lado por parte dos jogadores das duas equipes sobre o árbitro e aí veio a infelicidade do Charles que inclusive partiu para cima do árbitro Severino Lemos para tomar satisfação contestando veementemente sua expulsão, sendo contido pelos colegas para evitar que ele até pudesse agredir o árbitro da partida.

O jogo era tenso para as duas equipes que precisavam da vitória, o desequilíbrio emocional imperou do lado do Campinense com membros da comissão técnica da raposa invadindo o campo por mais de uma vez tentando agredir o árbitro sendo preciso à intervenção da polícia para garantir a integridade física do árbitro do jogo.

Como a regra é clara, o árbitro Severino Lemos deve relatar todas as ocorrências na súmula do jogo para que o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) aplique a legislação desportiva e puna os envolvidos, caso os fatos se enquadrem nas leis desportivas.

É preciso equilíbrio emocional e uma preparação psicológica prévia de atletas e dirigentes principalmente quando a competição se aproxima para o seu final. O jogo é pra ser decidido no gramado fazendo se cumprir as regras e daqui pra frente os árbitros têm que ter pulso e coragem para cumprir as dezessete regras do futebol com imparcialidade e que vença cada partida ou o Campeonato à equipe mais eficiente. O vencedor  de cada jogo será a equipe que marcar o maior número de gols em cada partida ou se marcar um gol e não sofrer nenhum e o campeão será à equipe que tiver o melhor aproveitamento de acordo com o regulamento da competição.

Acredito que os treinadores do Botafogo e do Campinense não imaginassem que a partida fosse tão atípica como foi vivendo momentos de paraíso e de inferno astral no mesmo jogo e com mudanças repentinas e com um gol no início da partida a favor do Campinense logo a um minuto de jogo após um pênalti sofrido pelo Botafogo numa bola despretensiosa que quicou na grande área e o zagueiro Henrique acabou colocando a mão na bola; a presença do Warley no lance parece que assustou o zagueiro do Botafogo. Ele mesmo, o Warley cobrou a penalidade batendo firme rasteiro, no canto direito do goleiro Genivaldo que foi certo na bola mais nada pode fazer para impedir o primeiro gol do jogo favorecendo a raposa (1 X 0).

O gol logo no início da partida tranqüilizou os comandados do técnico Freitas Nascimento e da torcida raposeira que foi em bom número apoiar seu time que precisava da vitória assim como o Botafogo também precisava, sendo que o Botafogo contou com pouquíssimos torcedores na arquibancada geral cujos gritos eram abafados pela numerosa torcida do Campinense.

Pelo desenho tático das duas equipes, o gol inicial beneficiava o Campinense que detinha o controle da partida e procurava chegar com velocidade em contra ataques com Adriano Felício, Potita e Warley.

Aos 16 minutos, o Campinense num contra ataque puxado por Adriano Felício que chega na entrada da área passa para Potita no lado direito da grande área, que recebe livre e chuta cruzado errando o chute que sai rasteiro na direção de Felício que passando da linha da bola tenta concluir de letra sem sucesso.

Aos 23 minutos o Botafogo tem a chance do empate numa cobrança de escanteio com o meia Leomir que cobra forte na pequena área encontrando o volante Marcelo Pinheiro que cabeça livre para o solo, com a bola passando muito perto do poste direito de Pantera que ficou estático acompanhando a trajetória  da bola com o golpe de vista.

Aos 24 minutos de jogo o volante Charles Wagner do Campinense é expulso mudando os rumos da partida que passa a se tornar dramática para os dois lados, principalmente para o Campinense que perdia um dos seus três volantes, que eram forte na marcação e a equipe ficou com seu meio aberto. O que caminhava para ser um jogo de xadrez, com a expulsão do Charles Wagner  passou a ser uma partida em que as equipes partiram para “o tudo ou o nada”.  O técnico Neto Maradona inteligentemente tirou um dos seus três zagueiros e colocou o atacante Erivelto aumentando o poder de fogo do Botafogo para colocar pressão total no sistema defensivo do Campinense, principalmente num momento que a equipe estava com o seu meio aberto e Freitas Nascimento teria que tomar uma atitude i mediata: recompor o seu meio campo tirando um de seus atacantes ainda no primeiro tempo ou deixar a equipe como estava já que vencia o jogo por 1 X 0 e passaria a explorar os contra ataques.

Para felicidade do técnico raposeiro, Freitas Nascimento, sua estratégia em não mexer na equipe surte efeito, lá atrás Pantera faz uma boa defesa na primeira jogada do atacante Erivelto que começou a infernizar a defesa do Campinense no seu primeiro bom lance, aos 27 minutos, numa bola pelo lado esquerdo, bico da grande área, numa chute cruzado no ângulo superior direito de Pantera que faz boa defesa espalmando para escanteio.

O Campinense responde aos 28 minutos e se sente cada vez mais no paraíso ao ampliar o marcador para 2 X 0, novamente com Warley, numa bola de lançamento vinda da linha de fundo do lado direito, próximo local da cobrança de tiro de canto, a bola viaja até a pequena área quica no solo traindo o zagueiro que falha no lance e vê a bola sobrar para Warley, que domina com categoria no peito e na saída de Genivaldo toca no seu canto esquerdo fazendo a torcida raposeira explodir de alegria no estádio amigão, em Campina Grande, ampliando a vantagem no jogo para dois gols de diferença. Muito tinha por vir ainda no jogo, pois apesar dos dois a zero o Botafogo se mostrava tranqüilo no gramado do Amigão.

O Botafogo tem a chance de diminuir o placar aos 31 minutos de jogo após um lançamento em diagonal feito por William, pelo lado esquerdo da intermediária, que vai encontrar Erivelto posicionado próximo ao bico da pequena área, no segundo pau, que cabeceia sozinho para uma defesa milagrosa de Pantera.

Aos 37 minutos o Botafogo faz seu primeiro gol numa jogada de lançamento também pelo lado esquerdo da intermediária, com o ala Adriano lançando forte no meio da risca da pequena área buscando seu companheiro Erivelto, que chegava disputando com dois zagueiros do Campinense, sendo um deles o Ben-Hur que cabeceia contra a sua meta tirando Pantera da jogada, num gol contra que tranqüilizava mais ainda o time botafoguense diminuindo o placar: 2 X 1.

Aos 40 minutos o Campinense tem a chance de ampliar após um contra que começa no campo de defesa com Warley que parte em velocidade até a entrada da grande área do Botafogo, daí faz um passe para Adriano Felício já na grande área, lado direito, que domina e chuta cruzado a esquerda de Genivaldo perdendo uma oportunidade para ampliar.

Aos 44’40 o Botafogo quase empate após um cruzamento da esquerda feito por Leomir, bola em diagonal, que chega no segundo pau encontrando Erivelto, na cara do gol, que erra a cabeçada, a bola cruza a pequena área e sobra no outro lado para Edgar que chegava livre em velocidade chutando de perna esquerda a direita de Pantera que salva milagrosamente o Campinense de sofrer o empate ainda no primeiro tempo, tirando a bola para escanteio. Esse foi o último lance de emoção do primeiro tempo, aliviando o Campinense que desce para o vestiário esperançoso de sustentar o placar que lhe era favorável: 2 X 1.

O Campinense sofre um ducha de água fria logo no início do segundo, 01’15, numa cobrança de escanteio pelo lado direito do ataque do Botafogo, Leomir uma das armas do belo cobra o escanteio de perna esquerda, bola forte na pequena área, no primeiro pau, um aglomerado de jogadores do Campinense e do Botafogo disputam a bola, que acaba passando pelo aglomerado de jogadores, passa em seguida por Edgar e toca em Luciano Totó desviando para as redes de Pantera, deixando inclusive dúvidas se o gol foi de Edgar ou Totó. Acende-se a esperança de vitória para o Botafogo e aumenta o drama do Campinense que estava com dez jogadores em campo. Estava empatada a partida: 2 X 2.

Aos 06’00 minutos o Botafogo puxa um contra com William pelo lado esquerdo, era dois contra um, Totó na marcação e Leomir passando nas suas costas, a bola chega para o Leomir que se precipita e lança errado no segundo pau tentando encontrar um atacante botafoguense que chegava pelo lado direito na grande área.

Aos 07’30 é a vez do Campinense puxar um contra ataque com Adriano Felício no meio campo, eram quatro raposeiros contra três botafoguenses, Potita recebe na esquerda faz jogada individual e lança errado no segundo pau.

Aos 08’40 minutos o Botafogo vira o jogo num golaço após um lançamento em diagonal, vindo da direita, que vai encontrar Edgar no segundo pau que ganha a disputa com Madson e cabeceia no canto esquerdo de Pantera pegando o goleiro no contrapé fazendo a alegria dos poucos torcedores do belo que se encontravam no Amigão: 3 X 2.

Após sofrer a virada o técnico Freitas Nascimento vai para o tudo ou nada e aos 11 minutos coloca o atacante Anderson Oliveira e o volante Henrique no lugar de Potita e Rhuan, a essa altura o Campinense é todo coração, a equipe se mostra desorganizada, o Renatinho praticamente passa a jogar de volante e surgem mais espaços para o ataque botafoguense que jogava aliviado após a virada, além de ter um jogador a mais.

O grande pecado do Botafogo aconteceu aos 16 minutos de jogo no segundo tempo quando o técnico Neto Maradona tira o atacante Edgar que estava bem no jogo e coloca um jogador de meio campo, o Nino Paraíba, para fechar mais o meio; substituição a meu ver que foi péssima para o Botafogo pois a equipe mandava no jogo e o segundo tempo estava apenas no primeiro terço de jogo. No futebol os grandes campeões têm um histórico vencedor jogando no ataque, assim mostra a literatura contendo os dados das equipes com grandes conquistas.

Aos 18 minutos Freitas Nascimento usa sua última cartada colocando o atacante Índio no lugar do ala direito Madson, perdido por um perdido por mil, a derrota de nada adiantaria para o Campinense. O Freitas Nascimento foi muito corajoso e colocou sua equipe todo no ataque, pouco se preocupando com o sistema defensivo. Era o tudo ou o nada, naquela altura até o empate seria um bom resultado.

Aos 22’50 Adriano Felício faz boa jogada pelo lado direito e lança forte na grande área, na marca do pênalti, para um atacante do Campinense cabecear a direita de Genivaldo levando perigo de gol.

Aos 24 minutos, após jogada na área do Botafogo Índio cara a cara com Genivaldo arremata para o gol, porém Genivaldo salva milagrosamente com o peito aquele que seria o gol de empate do Campinense. Mesmo com um a mais o Botafogo era sufocado e escapava de sofrer o empate. A essa altura o jogo era dramático e o Botafogo se preocupava mais em tocar a bola e fazer o tempo passar, cometendo um grande pecado pois o Campinense buscava o gol a todo momento e tinha muito tempo de jogo.

Aos 33 minutos, falta para o Campinense no lado direito, linha lateral, próximo a grande área, Renatinho bate forte cruzado na pequena área, Genivaldo tira de soco.

O Botafogo mesmo com um jogador a mais não conseguia levar perigo a meta do goleiro Pantera e o Campinense gostava do jogo e não deixava de acreditar no empate que acabou acontecendo aos 38 minutos após jogada individual de Índio que driblou seu marcador pelo lado direito do ataque da raposa, entrou livre na área e passou para Warley que chutou de primeira no canto direito de Genivaldo, bola a meia altura, matando o goleiro botafoguense fazendo a galera raposeira explodir de alegria no Amigão, estava decretado o empate: 3 X 3.

Aos 41 minutos o Botafogo tem um gol anulado após a cobrança de um falta pelo lado direito, a bola é lançada na pequena área, no primeiro pau, num bolo de jogadores, o ataque do Botafogo leva vantagem, porém fica a dúvida se o árbitro deu falta de ataque ou o gol foi de mão.

Aos 49 minutos o Campinense tem falta perigosa a seu favor, frontal, próximo a meia lua da grande área, porém desperdiça a cobrança com Renatinho que bate mal chutando na barreira e não havendo mais tempo para nada.

O empate acabou sendo justo para as duas equipes, para o Campinense que jogou no sacrifício após ficar com um jogador a menos e para o Botafogo que após o terceiro gol com apenas dez minutos de jogo do segundo tempo tirou um atacante que ajudava a fazer a diferença no placar se preocupou em manter o resultado.

Portanto castigo para o Botafogo que vencia o jogo e recuou; e, prêmio para o Campinense que mesmo em inferioridade numérica não deixou de acreditar num resultado positivo.

Clique para comentar

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.