CAMPINENSE É CAMPEÃO PARAIBANO COM SHOW DE BOLA EM CIMA DO SOUSA
O Campinense não tomou conhecimento da boa equipe do Sousa nesse domingo, 13 de maio, no estádio Amigão em partida que valia o título do Campeonato Paraibano de Futebol Profissional de 2012, jogou uma grande partida e goleou o adversário por 4 X 0 sagrando-se campeão da Temporada. Quando a bola rolou o Campinense foi para cima do Sousa mostrando superioridade do começo ao fim da partida.
O técnico Suélio Lacerda jogou no 4 x 4 x 2 como de costume, colocando o Sousa para jogar de forma ofensiva, sendo que nesse jogo o time não conseguiu manter o mesmo nível técnico – tático de outras grandes jornadas e acabou sofrendo sua única goleada na competição. No intervalo de jogo o Sousa fez uma substituição estranha, tirando o volante Jefferson para a entrada do zagueiro Renan. Fica difícil entender tal substituição haja vista que a equipe voltava para o segundo tempo perdendo de 1 X 0, tendo que reverter o placar para sagrar-se campeã. A equipe com três zagueiros ajuda a fechar mais a defesa para explorar os contra ataques; aqui não seria o caso, pois o Campinense vencia o jogo e não iria se atirar ao ataque deixando sua defesa aberta.
O técnico Freitas Nascimento do Campinense jogou no sistema de jogo 3 X 5 X 2 como vinha jogando em partidas anteriores. Os pilares da vitória raposeira tiveram como destaques Pantera, Ben-Hur, Adriano Felício e Renatinho. Foram jogadores decisivos no contexto geral do jogo com grandes atuações. O técnico Freitas Nascimento também foi feliz nas substituições quando o jogo estava 1 X 0 para o Campinense; aos 21 minutos da segunda etapa colocou Sidnei no lugar de Potita, aos 23 minutos sai Adriano Felício no limite físico para entrada de Marabá e aos 28 minutos Madson sai machucado para entrada de Totonho.
O goleiro Pantera fez uma grande defesa no primeiro tempo (27’30), numa falta cobrada pelo ala Camilo na intermediária, lado direito do ataque Sousense, não muito longe do gol de Pantera. A bola foi batida forte passou pela barreira, chegando venenosa rasteira a direita de Pantera que se atirou no solo e tocou com a ponta dos dedos de sua mão direita jogando a bola para escanteio. O Campinense mandava no jogo até então e se essa bola entra poderíamos ter tido uma mudança de comportamento das equipes na partida, onde o Sousa que precisava da vitória e estava acuado daria uma guinada invertendo a situação passando de caça a caçador. O goleiro Pantera foi decisivo nesse lance fazendo uma defesa dificílima garantindo a tranqüilidade emocional dos jogadores do Campinense na partida.
O zagueiro Ben-Hur foi um marcador implacável dos atacantes Sousenses e teve uma participação destacada em termos de apoio ao ataque no primeiro tempo do jogo, pelo meio e lado esquerdo na pressão que o Campinense fazia na equipe do dinossauro.
O meio campista Adriano Felício assim que começou o jogo puxou a responsabilidade para si na armação das jogadas e deu muito trabalho a defensiva do Sousa; chegou muitas vezes pelo lado esquerdo em tabelas com Renatinho sempre levando perigo ao adversário. O gol que abriu caminho para a consagração da raposa foi do Felício após Renatinho brigar na área do Sousa e tentar marcar o gol, só que nessa disputa a bola sobrou livre para Felício próximo a pequena área que colocou a bola no canto direito do goleiro Anderson fazendo a grande torcida raposeira explodir de alegria no Amigão, motivando mais ainda o time do Campinense que era senhor das ações no gramado do estádio.
O ala Renatinho foi um gigante no jogo buscando a todo instante, desde o início da partida, ações ofensivas pelo lado esquerdo do seu ataque no sentido de furar o bloqueio defensivo da meta Sousense. O jogador Renatinho foi muito acionado no primeiro tempo, mostrou grande fôlego, trabalhou muito em jogadas com Adriano Felício, Potita e também com o zagueiro Ben-Hur. O lado esquerdo do ataque Campinense infernizava a defesa do Sousa sempre com a participação de Renatinho que chegou várias vezes a linha de fundo e também na área do Sousa em jogadas de perigo, inclusive conseguindo vários escanteios. O Renatinho merecia até ser premiado com um gol!
O Campinense mostrou um futebol solidário com a equipe atacando em bloco com velocidade, marcando forte quando não tinha a posse de bola, não dando trégua ao adversário, sendo esse o retrato do primeiro tempo.
Na segunda etapa o Campinense jogou mais fechado, já que tinha uma grande vantagem que era jogar pelo empate e tinha a vantagem no marcador 1 X 0. A goleada foi construída no terceiro quarto de jogo do segundo tempo, com gols aos 35 minutos, 40 minutos e 42 minutos.
A equipe do Sousa não conseguiu reeditar o bom futebol de outras partidas. No domingo passado na vitória por 2 X 0 sobre o mesmo Campinense parecia um super time, com superioridade na posse de bola, jogadas em velocidade e muitas conclusões ao gol da raposa. Naquele jogo, nos primeiros 12 minutos de partida o Sousa havia criado cinco oportunidades claras de gol e não dava para acreditar que o gol não tinha saído em nenhuma delas. Agora, no jogo que valia o título do Campeonato o Sousa chutou apenas duas bolas na meta do goleiro Pantera no primeiro tempo.
Os dois chutes ao gol do Campinense na primeira etapa aconteceram um com Eduardo Rato aos 17 minutos após um passe do meia William vindo da direita, na intermediária de ataque; Eduardo Rato que ficou no mano a mano com um zagueiro do Campinense, na entrada da grande área, lado esquerdo, arrematou rasteiro no canto direito de Pantera tentando surpreender o goleiro da raposa que fez uma defesa tranqüila. O outro chute foi numa cobrança de falta pelo ala Camilo aos 27’30 minutos, na intermediária, lado direito do ataque, a bola foi batida forte rasteira passou pela barreira tinha endereço certo na meta de Pantera, ia balançar as redes do seu lado direito, só que Pantera se atirou no solo e de ponta de dedos tirou a bola para escanteio.
Além dos dois chutes desferidos a meta da raposa no primeiro tempo, o Sousa teve dois bons contra ataques, um com Vitinho aos 23 minutos pelo lado esquerdo, defesa do Campinense aberta, Vitinho se aproxima da grande área e tenta um passe em diagonal para um companheiro que chegava livre na grande área pelo lado direito, a zaga do Campinense alivia o perigo tirando a bola para escanteio. O outro contra ataque aconteceu aos 26’40 minutos numa jogada pelo lado esquerdo, linha de fundo, a bola é passada na área e a zaga do Campinense alivia o perigo tirando a bola de sua área; era uma ótima oportunidade para o Sousa que chegou surpreendendo a defesa do Campinense que estava aberta.
Outra boa chance do Sousa no primeiro tempo aconteceu numa jogada de escanteio aos 28 minutos quando a bola chegou livre na pequena área para o volante do Sousa Ivson que praticamente embaixo da meta do goleiro Pantera furou a cabeçada deixando a bola passar perdendo uma grande chance de abrir o marcador no Amigão.
É bem verdade que o Sousa não foi aquela equipe que encantou a todos no desenrolar do Campeonato. As jogadas com seus alas não aconteceram, o excelente Esquerdinha esteve apagado no jogo, os contra ataques fuminantes também não apareceram e o matador Eduardo Rato não esteve numa tarde feliz desperdiçando boas oportunidades de balançar as redes do goleiro Pantera.
Ficou evidenciado que os episódios que marcaram os jogos decisivos entre Sousa e Campinense refletiram negativamente no aspecto emocional dos jogadores do Sousa nessa última partida; o time não conseguiu fluir taticamente na partida, o time praticamente ficou preso no gramado assustado com o ritmo alucinante de jogo do Campinense atacando constantemente em velocidade e fazendo uma marcação pressão em todo o campo de jogo.
Eu diria aqui que os efeitos emocionais dos episódios que culminaram com a derrocada do Treze em relação ao Brasileiro deste ano (Série D) e da Copa do Nordeste de 2013 levantaram o ego dos jogadores do Campinense e de sua comissão técnica levando a uma grande motivação nesse último jogo do Campinense na competição.
O Campinense estava com as cartas na mesa e tudo deu certo para o seu lado, com seus jogadores super motivados no jogo que lhe deu o título, jogando em casa com o apoio de um grande número de torcedores apaixonados que foram ao estádio Amigão incentivando o time antes e durante os 90 minutos de jogo. No final a festa foi consagradora comemorando a vitória de goleada sobre o dinossauro por 4 X 0.
Em comparação aos outros jogos do Campinense, que pude assistir, sou de opinião que esse foi o melhor jogo dos comandados do técnico Freitas Nascimento no Campeonato Paraibano, foi uma partida memorável.
Na primeira etapa com três minutos de jogo o Campinense era pressão total buscando balançar as redes do goleiro do Sousa e nesses minutos teve três escanteios a favor, sendo pelo menos seis nos 45 minutos iniciais de partida.
As chances reais de gol do Campinense na primeira etapa foram sete, das quais uma surgiu o gol aos 39 minutos. No lance do gol a jogada começou com Madson no lado direito que lançou no segundo pau, o goleiro tirou de soco, a bola sobrou para Renatinho que dentro da área brigou com a zaga do Sousa e a bola sobrou livre nas proximidades da risca da pequena área para Adriano Felício colocar no canto direito do goleiro Anderson fazendo 1 X 0.
Antes de abrir o marcador, apesar da pressão inicial do ataque da raposa, a primeira grande chance veio numa falta na entrada da área após uma jogada entre Potita e Warley aos 16 minutos, no lance Warley é derrubado próximo a meia lua da grande área; Renatinho vai para a cobrança e chuta de curva por cima do travessão do goleiro Anderson assustando a defensiva do dinossauro.
Aos 19’40 minutos, Anderson Paulista na grande área, próximo ao segundo pau, escora de cabeça um lançamento vindo da esquerda, a bola sai por cima do travessão levando perigo a meta do goleiro do Sousa.
Aos 26 minutos, o Campinense tem a melhor chance do jogo numa bola de linha de fundo lançada pelo Renatinho, lado esquerdo, a bola chega no segundo pau na pequena área livre para Potita e Warley que furam no momento da cabeçada e a bola sai a esquerda do poste do goleiro Anderson.
Aos 29 minutos, Renatinho pelo lado esquerdo lança na área para Potita na cara do gol, que chega de carrinho chutando em cima do goleiro Anderson que espalma para frente salvando o Sousa de tomar o primeiro gol.
Aos 31’45 minutos, Felício tabela com Renatinho pelo lado esquerdo, Renatinho faz o lançamento no segundo pau encontrando Warley na pequena área que cabeceia por cima do travessão perdendo mais uma oportunidade de gol para o Campinense.
Aos 42 minutos, Potita pelo lado esquerdo faz grande jogada individual chegando a grande área, tabela com Warley e já na área disputa o lance com a zaga do Sousa fica caído querendo a penalidade que o árbitro Antônio Carlos Rocha não assinala, em seguida Potita toca a bola com a mão e o árbitro assinala a infração contra o Campinense, tiro livre direto.
Na segunda etapa o Sousa chega cinco vezes com perigo na meta do Campinense. O jogo esfria no segundo tempo com a raposa mais fechada e poucas oportunidades de gols para os dois lados. Nessa etapa o Campinense marca mais três gols um aos 35 minutos com Marabá, outro aos 40 minutos com Sidnei e o quarto fechando a goleada aos 42 minutos dado para Warley pelo árbitro (quem tocou na bola foi o zagueiro Aderaldo).
A primeira jogada de perigo do Sousa na segunda etapa aconteceu com Eduardo Rato aos 02’50 minutos, Rato recebe na entrada da área de costas para o gol faz o giro e chuta de perna esquerda, a bola sai fraca para as mãos de Pantera que defende com firmeza.
Aos 08’40 minutos, o Sousa tem uma ótima oportunidade de empatar a partida numa jogada iniciada com William no círculo central que passa uma bola açucarada para o atacante Eduardo Rato na entrada da área, Rato recebe marcação de um zagueiro do Campinense mesmo assim chega de frente para o gol e chuta de perna esquerda para fora a direita de Pantera perdendo uma grande chance de gol.
Aos 19’50 minutos, outra boa oportunidade de gol para o Sousa, desta vez nos pés de Esquerdinha, dentro da grande área, pelo lado esquerdo, estava livre, chuta cruzado de perna esquerda em cima do goleiro Pantera que espalma para frente.
Aos 24’20 minutos, o ala Camilo avança pelo meio, mais para o lado esquerdo, chega na entrada da área e chuta forte cruzado por cima do travessão desperdiçando uma boa oportunidade.
O Sousa vai perdendo suas forças na partida e começa a ter dificuldade em chegar a meta do Campinense, sua última chance real de empatar o jogo vem nos pés de Esquerdinha (28’20), pelo lado esquerdo, que ganha da zaga, chega na grande área, a bola adianta e Pantera abafa segurando a bola antes do arremate. Depois desse lance o Sousa sumiu no jogo e aí veio a ducha de água fria com o segundo gol do Campinense marcado pelo atacante Marabá aos 35 minutos da segunda etapa; com 2 X 0 no placar a essa altura da partida não dava para acreditar num milagre! O Campinense praticamente garantia o título de campeão! Era só esperar o apito final do árbitro para comemorar! A festa aumentou com mais dois gols da raposa fechando o placar em 4 X 0.
Aos 31 minutos do segundo tempo a torcida do Campinense cantava: “O campeão voltou! O campeão voltou!”
Aos 39 minutos a torcida raposeira ecoava o canto: “Sou Campinense com muito orgulho, de coração…”
A festa foi belíssima e começou já na entrada do Campinense no gramado do estádio, com foguetório, aplausos, cantoria, papel picado, buzinas, bandeiras tremulando e as raposetes com coreografias animando os torcedores!
Merecido o título do Campinense pela eficiente campanha construída ao longo da competição!
Parabéns a todos os raposeiros! Que a equipe tenha uma grade participação no Campeonato Brasileiro da Série D e consiga ascender para a Série C em 2013!
Parabéns também ao dinossauro Sousa! Não dá para ter dois campeões!
Vejo que o Sousa montou uma grande equipe e deve dar suporte para manter seus jogadores para a Série D e para a temporada de 2013! A parte técnica, tática e física da equipe é muito boa. Acredito também que o elenco do Sousa é bem unido, pois sem união e motivação não se vai muito longe!
O Sousa foi vice-campeão com a seguinte formação: Anderson, Eduardo Recife, Alisson, Aderaldo e Camilo; Ivson, Jefferson (Renan), Esquerdinha e William (Juninho); Eduardo Rato (Josivan) e Vitinho.
O Campinense sagrou-se campeão utilizando a seguinte formação: Pantera, Madson (Totonho), Ben-Hur, Breno e Renatinho; Charles Wagner, Diego Padilha, Anderson Paulista e Adriano Felício (Marquinhos Marabá); Warley e Potita (Sidnei).
Árbitro: Antônio Carlos Rocha (FPF – Santa Rita)
Auxiliares: Broney Machado (CBF – João Pessoa) e Kylden Tadeu (CBF – Patos)
Encerrando esse comentário fica um agradecimento especial aos leitores que têm acompanhado esta coluna! Abraço a todos!
eugeniopacelli_futebolcampeonatoparaibano2012@hotmail.com