Eugenio Pacelli
O Campinense jogando no estádio Amigão, nesta quinta-feira, 16 de fevereiro, fez uma grande partida goleando a forte equipe do CSP, por 3 X 0, com gols de Warley, Renatinho e Adriano Felício. O jogo começou equilibrado com as duas equipes buscando o primeiro gol, que acabou saindo para o Campinense com dois minutos de jogo, numa bela jogada pelo lado esquerdo do ataque raposeiro; Adriano Felício tocou para Potita que na linha de fundo, num passe rasteiro, encontrou Warley no segundo pau que de carrinho abriu o placar num bonito gol.
O Campinense desde o início do jogo se mostrou tranquilo, com um futebol envolvente, com boa articulação e mobilidade do seu meio campo, que tinha Rhuan, Luciano Totó, Claudemir e Adriano Felício; a raposa explorava bem as jogadas pelos flancos com seus alas Rafael Ferro (Rogério Rios) e Renatinho. O futebol do Campinense funcionava como uma orquestra sinfônica com toda equipe se entendendo no campo de jogo, desde seu goleiro Sérvulo (muito bem no jogo), sua eficiente dupla de zaga com Ben-Hur e Breno e seu ataque com muita movimentação com Warley e Potita, principalmente o Potita que fazia um estrago na defensiva do CSP, que se deslocava constantemente sem bola abrindo brechas para seus companheiros de equipe.
Pelo lado do CSP o que se viu foi um meio campo com pouca mobilidade, mostrando lentidão, com as melhores jogadas saindo dos pés de Tazinho que buscava constantemente o ala direito Jailson sempre levando perigo a defesa da raposa. A meu ver, o Jailson foi o melhor jogador do CSP em campo, numa partida em que o tigre da capital paraibana mostrou muito pouco no tapete verde. O CSP quase não atacou pelo lado esquerdo, deixando de explorar às investidas do ofensivo ala Esquerdinha, facilitando dessa forma o trabalho da defesa do Campinense; no ataque, Léo Lima (Júnior Coxinha) e George se movimentavam bem, só que estiveram sempre bem marcados e como o meio campo do CSP não conseguia encaixar as jogadas, o seu ataque acabou tendo uma participação apagada na disputa dos noventa minutos.
A primeira chance de gol no jogo foi do CSP, logo a trinta segundos de partida numa jogada individual do ala Jailson, que pelo lado direito do ataque, fez fila na defesa da raposa, invadiu a pequena área e mesmo pressionado conseguiu arrematar por cima do travessão levando perigo a meta de Sérvulo.
Aos dois minutos de jogo veio a ducha fria no CSP, que sofria o primeiro gol após boa jogada pelo lado esquerdo com Adriano Felício e Potita que lançou a bola no segundo pau para um golaço do Warley, fazendo 1 X O Campinense.
Aos quatro minutos e trinta segundos, o CSP chega com perigo, pelo lado esquerdo, com a bola alçada na pequena área pelo Esquerdinha tentando encontrar George que perde disputa no cabeceio para a zaga da raposa.
Aos oito minutos, próximo a linha divisória, Renatinho faz falta por traz em Tazinho e recebe o primeiro cartão amarelo do jogo.
Aos onze minutos, Tazinho faz boa jogada pelo lado esquerdo da intermediária, se livra de dois marcadores e aciona em diagonal o Jailson na ala direita que não aproveita jogada no mano a mano com defensor do Campinense próximo a grande área.
Aos dezesseis minutos, falta para o Campinense na intermediária pelo lado esquerdo, Renatinho lança a bola na área do CSP que é rebatida de cabeça pela defensiva do tigre sem nenhum perigo.
Aos dezessete minutos, o atacante Warley, vem ao campo de defesa ajudar seus companheiros próximo ao círculo central, na sequência do lance, bola com o Campinense, Warley se desloca em velocidade pelo lado direito, a raposa envolve o tigre chegando até a linha de fundo sem êxito. Até aqui apesar do Campinense está vencendo por 1 X 0, o jogo se mostrava equilibrado.
Aos dezoito minutos, Tazinho sofre falta dura de Luciano Totó pelo lado esquerdo da entrada da área, com Antonio Umbelino advertindo Totó com o cartão amarelo. Na cobrança da falta Tazinho assusta o goleiro Sérvulo, ao cobrar a meia altura a sua direita que faz boa defesa.
Aos vinte e dois minutos de jogo o Campinense se sentia pressionado, com dificuldades de sair jogando e apelava para o chutão para frente, que numa dessas bolas, numa cobrança de impedimento Sérvulo arrematava a bola para o campo de defesa do CSP.
Aos vinte e três minutos, o CSP era melhor no jogo, com mais posse de bola envolvendo a defesa do Campinense, no campo de ataque.
Aos vinte e quatro minutos, o CSP desce com perigo pelo meio, lado direito da entrada da grande área, em chute forte por cima do travessão.
Aos vinte e cinco minutos, o Campinense em jogada de linha de fundo, pelo lado direito, lança a bola no segundo pau sem perigo.
Aos vinte e cinco minutos e vinte segundos, o Campinense chega com perigo através de Potita que desperdiça chance na entrada da grande área, chutando fraco no meio do gol para boa defesa do goleiro Ferreira.
Aos vinte e seis minutos, o jogador Peu do CSP faz falta intencional num atacante do Campinense parando um contra ataque, no lado direito do ataque, próximo a linha divisória, e por essa falta é advertido com o cartão amarelo.
Aos vinte e sete minutos, o CSP tem a chance de empatar numa jogada pelo lado direito do seu ataque, numa jogada de linha de fundo, eram dois contra um defensor do Campinense que estava na grande área; atacante do CSP tenta encobrir defensor com um totozinho deixaria o companheiro na cara do gol frente a frente com Sérvulo, o passe sai errado e vai nas mãos do Sérvulo. Em seguida vem o castigo e aquele velho ditado: “quem não faz leva”.
Aos vinte e oito minutos de jogo Renatinho pelo lado esquerdo da intermediária de ataque acerta um bonito e violento chute, no ângulo superior direito de Ferreira que não viu a cor da bola, decretando 2 X 0 para o Campinense.
Aos trinta e um minutos o ala Jailson invade a grande área pelo lado direito, mas faz um passe errado para trás desperdiçando o que poderia gerar uma oportunidade clara de gol para o CSP.
Aos trinta e dois minutos, numa falta para o CSP, na intermediária pelo lado esquerdo, Tazinho cobra com perigo a esquerda de Sérvulo, assustando o goleiro do Campinense.
Aos trinta e três minutos, Sérvulo dá um chutão na cobrança do tiro de meta e na sequência do lance Potita chega com perigo na entrada da área, chutando rasteiro a esquerda de Ferreira.
Aos trinta e quatro minutos, falta para o CSP pelo lado direito da intermediária, que é cobrada pelo Tazinho levando perigo ao goleiro Sérvulo; a bola sai alta encobrindo o goleiro raposeiro e se perdendo pela linha de fundo a sua direita.
Aos trinta e seis minutos, Tazinho na intermediária pelo lado esquerdo, no meio de três raposeiros, faz boa jogada e tenta passe para companheiro na meia lua da grande área, passe sai errado.
Aos trinta e oito minutos, o CSP chega pelo meio em boa jogada do ala Esquerdinha, que se aproxima da grande área e arremata forte por cima do travessão sem perigo.
Aos trinta e nove minutos, um zagueiro do Campinense faz falta dura por trás, num atleta do CSP, no círculo central e o árbitro Antonio Umbelino deixa barato ao não aplicar o cartão amarelo. O árbitro estava longe do lance, inclusive, Antônio Umbelino durante a partida mostrou lentidão, pouca mobilidade e na maior parte em que a bola saia de jogo ele se encontrava cerca de vinte a trinta metros do lance, o que não é bom para o conceito da arbitragem. A recomendação é para que o árbitro se posicione de cinco a dez metros da bola no decorrer das jogadas.
Aos quarenta minutos, Leo Oliveira do CSP, no círculo central, lança Jailson em diagonal que chega a linha de fundo sem êxito.
Aos quarenta e dois minutos, o CSP faz boa jogada na intermediária, pelo lado esquerdo, com Tazinho que passa em diagonal para um companheiro que estava na risca da grande área, na meia lua, nesse lance o defensor do Campinense divide com o atacante do CSP (de costas) que fica caído no chão e o árbitro manda o jogo seguir.
Aos quarenta e quatro minutos, Tazinho na intermediária pelo lado esquerdo lança em diagonal para o lado direito de seu ataque sem êxito.
Aos quarenta e quatro minutos e trinta segundos, o CSP tem uma chance em bola parada, a oito metros da meia lua da grande área, bola boa para quem chuta forte; Tazinho cobra alto, com a bola colocada a direita do Sérvulo que faz boa defesa dando rebote.
Aos quarenta e seis minutos é encerrado o primeiro tempo, com o placar favorecendo o Campinense 2 X 0.
O segundo tempo começa com o CSP assustando o Campinense, numa bola de Da Silva na intermediária que chuta forte, a meia altura, a esquerda de Sérvulo levando susto.
Á um minuto e trinta segundos, o zagueiro Luiz Paulo do CSP, na intermediária do seu campo de defesa, lança Jailson em diagonal no lado direito do ataque próximo a linha divisória, defensor do Campinense chega abafando o lance e ganha arremesso lateral.
Aos três minutos, Tazinho, pelo CSP, domina a bola no círculo central e lança errado em diagonal para o lado direito.
Aos quatro minutos de jogo, o volante Peu faz uma falta no seu campo de defesa, para cartão amarelo, a quinze metros da meia lua da grande área, como já tinha cartão vai mais cedo para o chuveiro e com essa expulsão o CSP afunda na partida. A falta é cobrada numa jogada ensaiada, na qual Renatinho recebe um passe e chuta pressionado com a bola saindo a esquerda de Ferreira sem perigo.
Aos onze minutos e cinqüenta segundos, o Campinense quase amplia numa bola que chega da esquerda em diagonal para Potita, que dominam e chuta forte para boa defesa de Ferreira espalmando para o lado.
Aos doze minutos e vinte segundos, o Campinense faz 3 X 0, numa jogada de Adriano Felício que invade a grande área pelo meio e toca rasteiro, com categoria, a esquerda de Ferreira marcando outro golaço para a raposa.
Aos catorze minutos e vinte segundos, o CSP ataca com Tazinho pela intermediária, lado esquerdo, chutando fraco para boa defesa de Sérvulo.
Aos quinze minutos de jogo Tazinho é substituído por Nino Paraíba.
Aos dezessete minutos e trinta segundos, o Campinense puxa um contra ataque em bola roubada no meio campo pelo Potita que aciona a ala direita da raposa, daí a bola é lançada no segundo pau sem perigo para a defensiva do CSP.
Aos dezenove minutos e quarenta segundos, o CSP ataca pelo lado direito com Jailson que alça bola na área que vai morrer nos braços de Sérvulo.
Aos vinte e um minutos e vinte segundos, o Campinense tenta furar o bloqueio do CSP em bola lançada em diagonal da direita para a esquerda, porém seu atacante não consegue dominar a bola.
Aos vinte e dois minutos, o CSP numa bola de longe pelo lado esquerdo arremata por cima do gol de Sérvulo sem perigo.
Aos vinte e quatro minutos e trinta segundos, o Campinense chega com perigo, numa bola frontal, próximo a meia lua da grande área, arrematando por cima do travessão sem perigo.
Aos vinte e seis minutos, escanteio para o CSP que é cobrado por Esquerdinha lançando alto na pequena área sem perigo.
Aos vinte e sete minutos, o Campinense substitui Potita, em seu lugar entra Marquinhos Marabá.
Aos vinte e oito minutos, o jogador Rhuan pelo Campinense, na intermediária pelo meio, chuta forte por cima do travessão sem perigo para Ferreira.
Aos trinta minutos, o Campinense em jogada pela ala direita lança a bola no segundo pau que é cabeçada com perigo saindo por cima da meta de Ferreira.
Aos trinta minutos e trinta segundos, o Campinense coloca Dio no jogo no lugar de Adriano Felício.
Aos trinta e dois minutos, o CSP quase marca o gol de honra num chute colocado de Da Silva, a meia altura no canto esquerdo de Sérvulo que faz boa defesa espalmando a bola.
Aos trinta e seis minutos, o Campinense chega com perigo pelo lado direito, linha de fundo, o jogador tinha espaço para invadir a grande área e tentar o gol em jogada individual, porém prefere alçar na pequena área com seu companheiro cabeceando fraco no meio do gol para boa defesa de Ferreira.
Aos trinta e nove minutos, o CSP tem um escanteio pelo lado direito que é cobrado curto para Jailson, na sequência do lance o Campinense recupera bola.
Aos quarenta minutos de jogo, lance inusitado na cobrança de um tiro de meta para o Campinense, o árbitro Antônio Umbelino aplica o cartão amarelo no zagueiro Ben-Hur ao interpretar que o defensor estava retardando o reinício do jogo; a bola é deixada para o Sérvulo que também recebe o cartão amarelo. Cartão a meu ver indevido, pois o jogo estava definido faltando poucos minutos para o seu final, com o CSP abatido e com um jogador a menos, não dava para reagir a essa altura. O Umbelino não fez uma arbitragem que mereça elogios, principalmente levando em conta que na maior parte do tempo de jogo não apitava em cima do lance.
Aos quarenta e seis minutos, o CSP tenta diminuir em chute do ala Jailson, na quina da grande área, que arremeta alto de perna esquerda com a bola saindo á direita de Sérvulo sem perigo.
O jogo é encerrado aos quarenta e oito minutos, com a vitória merecedora do Campinense por 3 X 0.
O Campinense foi um primor no aspecto tático, foi show de bola, com seu técnico Freitas Nascimento dotando a equipe de uma organização tática em que as peças da raposa se encaixaram bem e sua equipe foi premiada ao final dos 90 minutos, goleando o CSP por 3 X 0!
Nesse jogo contra o Campinense, o Ramiro Sousa não foi feliz nas suas idéias táticas; O CSP mostrou-se desorganizado, deixando brechas no seu sistema defensivo quando o Campinense contra atacava, principalmente no seu meio campo que se mostrou uma avenida. Outro ponto negativo, a meu ver, ocorreu na construção das jogadas de meio campo cuja equipe se valeu praticamente do Tazinho, não aproveitando o potencial de Da Silva Exú e do apoio dos volantes Daniel e Peu (este expulso no começo do segundo tempo); a equipe também praticamente só atacou pelo lado direito com seu ala Jailson.
No aspecto físico as duas equipes foram equivalentes; como estamos no início do campeonato pode se observar que o jogo não está sendo jogado em ritmo de decisão, ou seja, em ritmo alucinante. Porém, quem quer chegar ao G4, o começo de campeonato é uma boa pedida para se explorar a parte física e tentar levar vantagem nesse aspecto. Até o presente momento não vi nenhuma equipe levando vantagem no condicionamento físico de seus atletas! Já presenciei jogo das seguintes equipes: Campinense (3), Treze (1), CSP (1), Nacional de Patos (1), Auto Esporte (1) e Flamengo Paraibano (1).
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