Carta renúncia de Lenin Correia - SóEsporte
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Carta renúncia de Lenin Correia

À Nação Raposeira,
Campina Grande, 17 de Maio de 2024.

Nos últimos dias, tenho sido questionado do porquê decidi ser presidente do
Campinense Clube.

De simples torcedor a vice-presidente, passando a colaborador decisivo nas
conquistas que tivemos em 2021 e 2022, tudo levava a crer que minha
trajetória à frente do único Hexa-campeão da Paraíba estaria cumprida.
Com uma vida tranquila, sem atropelos, e agora com o currículo recheado de
vitórias no clube que amo, nada mais me faltava na relação de amor que tinha
com o Campinense Clube.
Mas a vida nos prega surpresas.
Todos sabem o que aconteceu em Agosto/2023. E eu não poderia me acovardar.
Houve um golpe dentro do Campinense Clube, às portas de uma eleição, que
visava, sobretudo, dar as condições necessárias para que o “eterno candidato a
presidente” da oposição, aquela que está há 20, 30 anos encastelada no
Conselho Deliberativo, saísse vitorioso nas urnas.
E o cenário, lá em Setembro/2023, era exatamente esse.
Tudo estava pronto para o presidente, cujo mandato foi marcado pela Justiça
Trabalhista ter penhorado colchoes, troféus, e alimentos, voltasse ao poder.
Queriam, e estava tudo pronto, para o Presidente da Tapioca, voltar ao
comando do Campinense.
Ainda que com a repulsa da esmagadora maioria da torcida raposeira, mas as
eleições de Outubro/2023, estava com seu destino selado.
Decidi enfrentá-los.
Salvar o clube de cair nas mãos desse grupo que, ao longo de 20 anos de
Campinense Clube, nada fez pela instituição.
Enfrentei uma eleição com um Conselho Diretor e Deliberativo hostis,
claramente favoráveis ao candidato da Tapioca.
Eleição marcada por sócios adimplentes terem seu direito a voto sumariamente
cassado pelos referidos Conselhos.
Sócios que precisaram ir a justiça, na busca de seus direitos, para só então ser
consolidada a vitória de quem a torcida realmente queria no comando do Clube.
Consolidada a vitória no voto, foi necessário que a Justiça determinasse ao
então Conselho Deliberativo, a minha posse, que só veio a ocorrer 10 (dez) dias
depois, por puro capricho desses que estavam a perder a influencia politica no
clube.
Assumimos o Campinense Clube.
Trouxemos uma comissão técnica vitoriosa, e tínhamos uma agenda de atletas
e profissionais que seria competente para nos trazer o tão almejado calendário
futebolístico em 2025.
Mas, desde o primeiro dia em que estou à frente do Campinense Clube,
enfrento uma perseguição política maldosa, desonesta, destruidora de
reputações, maquinada por essa turma que está há 20 anos no Campinense
Clube, e nada fez.
E todo esse cenário teve influência negativa no trabalho.
Vários atletas e profissionais do futebol não quiseram vir ao Campinense Clube,
exatamente pela instabilidade política que criaram.
Deixamos de selar diversos patrocínios, que seriam a sustentação financeira da
Instituição, no Estadual, exatamente pela campanha midiática que esses que
dizem “sou CNPJ do Campinense” praticaram.
E isso teve consequencia no elenco montado e todo trabalho desenvolvido.
Mas, eu só consegui entender o porquê de toda essa oposição, desse trabalho
midiático destrutivo dos que se dizem “CNPJ do Campinense Clube”, quando foi
feito um minucioso trabalho de exame dos documentos que lastrearam o
Processo Eleitoral ocorrido em Outubro/2023.
Não queriam que descobríssemos o que foi descoberto.
Tinham medo de que viesse à tona os desmandos que o Conselho Diretor e
Deliberativo da época, capitaneados pelo Senhor José Trajano, praticaram
nessas eleições de 22/10/2023.
De 24 sócios eleitos aos Conselhos Deliberativo e Fiscal, 21 estavam irregulares.
Sócio que foi candidato sem ter efetuado pedido de registro de candidatura.
Sócio eleito, cujo pedido de candidatura foi efetivado após a votação do dia
22/10.
Sócios eleitos sem que seus títulos tenham sido encontrados no Clube.
Tudo isso, levamos para o Poder Judiciário.
E lá, as irregularidades foram reconhecidas.
A prova é tanta que nenhum desses sócios eleitos assumiram os cargos.
Justiça que também reconheceu a irregularidade da movimentação política,
praticada pelo Senhor José Trajano e os antigos componentes do Conselho
Deliberativo 2022-2023, que afirmavam falsamente que estavam no exercício
de seus poderes.
Enfrentei muitos desafios. Muitas barreiras.
E mesmo diante de tudo, conseguimos terminar o campeonato paraibano sem o
destino que a turma da oposição desejava: o rebaixamento.
Confesso que, nesta caminhada de pouco mais de 08 meses tive excessos,
erros, mas sempre na busca dos acertos, de dar um futuro melhor para a
Instituição.
Mas é inegável que pago um preço, financeiro, pessoal e profissional, por toda
essa força política que enfrento no Campinense Clube, desde o dia em que
decidi ser candidato a presidente.
Força política que, repito, não tem nenhum tipo de trabalho prestado no
Campinense, que ao longo dos últimos 20 anos, se especializou em dificultar a
vida do raposeiro que decide se doar e emprestar seu trabalho em prol da
instituição. E isso cansa.
Sobretudo, há um coração que pulsa aqui no meu peito e, por mais que ame o
Campinense Clube, preciso olhar para o estrago que essa oposição destruidora
de reputações fez em minha vida.
E, neste dia de hoje, vejo que o melhor para a Instituição, é o encerramento do
trabalho que iniciei em Novembro/2023.
Trabalho este em que, não apenas coloquei meu nome à disposição, mas
disponibilizei as economias de uma vida inteira para saldar os compromissos.
E que tenho a consciência que dei o meu melhor, que respirei o Campinense
Clube durante as 24 horas de cada dia desse período.
Que serviu para mostrar à toda torcida do Campinense Clube que o verdadeiro
câncer que impede o crescimento da nossa amada Raposa tem digitais, que
estão no clube há muitos anos, exatamente para infernizar a vida de quem
deseja soerguer a Instituição.
Acho que toda torcida deveria ter conhecimento das verdades que foram ditas
no processo judicial nº 0800795-39.2024.8.15.0001.
Lá, existem muitas verdades que a turma da oposição tentou (e tenta)
esconder.
Verdades que já foram reconhecidas pelo Poder Judiciário.
E que se forem interpretadas por cada raposeiro, que ama o clube, servirão
para colocar para fora da instituição estes que só querem o mal do Campinense
Clube.
Com eles no Clube, fiquem certos, nunca cresceremos.
Neste momento, portanto, me despeço, apontando que a prestação de contas
do período foi construída e chancelada pela Diretoria atual e encontra-se em
poder da Contadoria do Clube.
Ao meu Vice-Presidente, Flávio Torreão, ao tempo em que agradeço por toda
parceria e colaboração dada nesta caminhada, lhe desejo boa sorte na
condução da missão em presidir esta Instituição tão vitoriosa, fazendo votos de
que consiga recolocar o Campinense Clube no topo do futebol da Paraíba.
A Wiliam Simões e todos que lhe apoiam politicamente, agradeço pela ajuda e
colaboração em todos os momentos, sobretudo nos mais difíceis, gestos que
foram decisivos para que o clube não amargasse um cenário futebolístico pior
em 2025.
Fico na torcida por dias melhores da gloriosa Raposa Feroz, por um melhor
futuro ao Campeão do Nordeste, Campinense Clube.
Atenciosamente,
Lenin Correia.

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