Thalita Simplício é uma das atletas da Seleção Brasileira de jovens que estará entre os competidores
As Paralimpíadas Escolares costumam ser o primeiro contato de muitos atletas paralímpicos brasileiros com o esporte. A maior competição estudantil do país, no entanto, não se limita a apaixonados pela prática esportiva e que estão apenas começando. A cada edição, atletas novos, porém experientes, também ocupam as raias e quadras do evento para crescer dentro das modalidades, além de disputar medalhas por seus estados.
A edição 2014 das Paralimpíadas Escolares começa na terça-feira, 25, e se estende até o dia 27 de novembro, em São Paulo. Organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a competição vai contar com 600 estudantes, de 12 a 17 anos, de todas as regiões do Brasil e também da Grã-Bretanha, que chega ao evento pela segunda vez com um grupo de 13 atletas da natação e do atletismo. Os britânicos estrearam nas Paralimpíadas Escolares em 2013.
Entre os jovens brasileiros que enfrentarão provas em sete modalidades (atletismo, natação, goalball, judô, bocha, tênis em cadeira de rodas e tênis de mesa), estão alguns atletas que, apesar da pouca idade, já estão entre os principais nomes do país. A velocista Thalita Simplício, 17 anos, do atletismo, é uma das novas corredoras do Brasil e estará entre os inscritos na capital paulista. Cega desde os 12 anos de idade devido a um glaucoma congênito, a potiguar da classe T11 (cego total) ressalta a importância de participar da competição estudantil.
“É o local onde os mais novos têm a chance de aparecer. Comecei nas Escolares em 2012 e, no ano seguinte, já fui chamada para o Parapan de Jovens, na Argentina, onde ganhei três medalhas de ouro. Acho importante os atletas aproveitarem a competição [Paralimpíadas Escolares] porque é nacional, com regras iguais às maiores provas do país”, analisa a velocista. Thalita é Integrante da Seleção Brasileira de jovens e é apontada pela comissão técnica como uma atleta talentosa e com futuro promissor.
Outro que merece destaque e também vai disputar medalhas nas Paralimpíadas Escolares é o nadador Lucas Mozela, de 16 anos. Lucas nasceu com má formação no braço direito e desde os 13 anos disputa importantes provas nacionais e internacionais na classe S9. “Já tinha passado por um regional antes, mas foi nas Escolares que eu vi como era um campeonato nacional. Foi uma coisa diferente e que me ajudou a crescer e a chegar à Seleção”, conta o nadador. Mozela esteve no Parapan de Jovens, na Argentina, no ano passado. De Buenos Aires, o paulista trouxe cinco medalhas de ouro e uma de prata. Neste ano, no Chile, durante o Para-Sulamericano, o nadador conquistou três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.
A cerimônia de abertura da competição será no começo da noite de terça-feira, 25, e as disputas se estendem até o dia 27. Na manhã do dia 25, o CPB vai promover um encontro de dois atletas que já brilham no cenário mundial – o nadador Talisson Glock e a saltadora Lorena Spoladore – com jovens inscritos na edição deste ano. O bate-papo será no Espaço Convivência, no Anhembi, com início às 10h30 e terá a presença do presidente do CPB, Andrew Parsons, e de Flávio Camelier, vice-presidente da Coca-Cola, empresa que apoia a realização das Paralimpíadas Escolares 2014.
Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro nas Paralimpíadas Escolares
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