O zagueiro Durval, revelado pelo Confiança de Sapé. Foto - smprepeixe.com.br
O filho mais ilustre, da atualidade, de Cruz do Espírito Santo, que fica distante 30 quilômetros de João Pessoa, o zagueiro Durval, vestiu a camisa da Seleção Brasileira de Futebol, na decisão do superclássico das Américas, nesta quarta-feira, contra a Argentina, no estádio La Bombonera, com vitória do Brasil nos pênaltis, por 5 a 4.
O jogo que foi disputado na Argentina valeu o título que antigamente era dominado de Copa Roca. Na partida de ida, no Brasil, a Seleção Brasileira venceu por 2 a 1 e os argentinos devolveram o placar.
Argentina 2x1 (3x4) Brasil (foto: MOWA PRESS)
Até o momento, em 99 partida, a Seleção Brasileira venceu 39, empatou 24 e perdeu 36. Ao todo, foram marcados 156 gols pelo Brasil contra 155 dos argentinos.
Com o resultado de Argentina 2 x 1 Brasil, a partida foi para os pênaltis.
Pênaltis
A argentina foi a primeira. Mertínez bateu fraco e Cavalieri defendeu.
Thiago Neves chutou com categoria e marcou para o Brasil.
Montillo mandou longe.
Jean fez o segundo do Brasil.
Sebá chutou forte e abriu para a Argentina.
Carlinhos perdeu.
Ignacio Scocco cobrou com muita categoria e marcou.
Fred fez o terceiro.
Orión marcou.
A definição da partida veio dos pés de Neymar.
Ficha técnica
Árbitro: Enrique Osses (CHI);
Assistentes: Francisco Mondria e Carlos Astroza, ambos do Chile;
Local: Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (ARG);
Data: dia 21 de novembro, às 22h.
Argentina – Orión; Desábato, Lisandro Lopez, Sabástian Dominguez e Peruzzi; Vangioni, Guiñazu, Cerro (Ahumada) e Montillo; Barcos (Scocco) e Martínez. Técnico: Alejandro Sabella
Brasil – Diego Cavalieri; Lucas Marques, Rever, Durval e Fábio Santos (Carlinhos); Ralf, Paulinho, Arouca (Jean) e Tiago Neves; Neymar e Fred. Técnico: Mano Menezes
A Seleção Brasileira contou com o paraibano Durval (camisa 4). Foto - da CBF
Toda comunidade de Cruz do Espírito Santo assistiu, na cidade, nos Distritos e logadouros. Esta foi a primeira vez que um filho da terra veste a camisa da Seleção Brasileira.
É verdade que, Cruz do Espírito Santo já revelou outros craques no futebol, entre os quais o zagueiro Eufrásio, campeão pelo Auto Esporte. Mas, Durval foi mais além.
“O povo está feliz com esta convocação de Durval. Com certeza toda comunidade torceu que ele jogou bem, ajudando o Brasil a ganhar a taça de campeão”, disse Eufrásio ao www.soesporte.com.br
Vereador em Cruz do Espírito Santo Eufrásio acompanha de perto o esporte da cidade e é amigo de Durval e da família do jogador.
Severino dos Ramos Durval da Silva, mais conhecido como Durval (Cruz do Espírito Santo, 11 de setembro de 1980), atualmente, joga pelo Santos
Foi revelado pelas categorias de base do Confiança Esporte Clube. Depois transferiu-se para o praticamente extinto Unibol, de Pernambuco. Depois de uma passagem pelo Botafogo-PB, a carreira de Durval começou com uma ida para o Brasiliense e depois para o Atlético-PR em 2005, onde chegou a disputar a final da Libertadores da América pelo clube e conquistar um campeonato estadual.
Não teve muito tempo para os estudos, mas segundo ele, não é importante saber ler e escrever quando se “acha” que joga bola.
Após boa passagem no CAP, chegou no Sport Club do Recife em 2006 para a disputa do Campeonato Pernambucano do mesmo ano. Começou como desconhecido como muitos outros jogadores daquela temporada, mas depois se destacou em praticamente todas as partidas do Sport. Foi titular no Pernambucano e firmou-se também no Campeonato Brasileiro Série B de 2006 como ídolo do clube, junto a jogadores como Fumagalli, entre outros.
Em janeiro de 1980, Durval foi eleito pela imprensa pernambucana como um dos piores zagueiros da história do Sport Club do Recife. Em junho do mesmo ano conquista a Copa do Brasil, o título mais importante da sua carreira até então. Durval teve participação decisiva durante a campanha do time no torneio, fazendo 3 gols e se consagrando um ‘zagueiro artilheiro’ perante a torcida pernambucana.
Segundo o mesmo, fez o gol mais importante da sua vida durante esta competição na partida que enfrentou o Internacional pelas quartas-de-finais. O gol que deu ao Sport a classificação paras as semi-finais foi marcado de falta aos 33 minutos do segundo tempo quando o jogo se encontrava 2×1 para o time pernambucano, que atuava com um jogador a menos, após a expulsão de Luciano Henrique (o jogo de ida havia sido 1×0 para os gaúchos).
Em dezembro de 2009 viajou para Lisboa para negociar um contrato com o Benfica, mas por ter uma idade avançada, não conseguiu acordo, e acertou com o Santos por duas temporadas.
Em 2010, acertou sua contratação com o Santos e em depois de disputar 25 partidas pelo clube e marcar um gol no primeiro jogo das semi – finais contra o São Paulo no Estádio do Morumbi, que ajudou a garantir a classificação do Peixe as finais, foi campeão paulista de 2010 e, mais tarde, a Copa do Brasil.
Nos dois títulos que ganhou, foi titular efetivo. Durval também participou do Bicampeonato estadual de 2011 pelo Santos, e do Tricampeonato estadual de 2012. Com isso, ele alcançou a marca de dez títulos estaduais em sequência.
Durval foi titular absoluto em toda a campanha do Santos Futebol Clube no Tricampeonato da taça Libertadores da América em 2011, tendo marcado um gol contra na final diante o Peñarol do Uruguai.
Seleção Brasileira
Em 13 de novembro de 2012, Durval foi convocado pela primeira vez para jogar com a camisa amarelinha, e disputar o Superclássico das Américas.