Demorou, mas, finalmente, Charles Oliveira deixou o status de ‘zebra’ para suas lutas no UFC no passado. Para a edição de número 274, que acontece neste sábado (7), no Arizona (EUA), ‘Do Bronx’ é apontado como favorito pelas casas de apostas para o embate contra Justin Gaethje. Como não poderia ser diferente, o campeão do peso-leve (70 kg) da companhia comemorou a mudança de patamar na carreira.
Em entrevista, Charles não escondeu a felicidade com sua atual posição e explicou que ela foi fruto de um árduo trabalho no esporte. Mas se engana quem pensa que o campeão do UFC vai subestimar Gaethje pelo fato de ser o favorito para o duelo. Como sofreu para chegar ao topo do peso-leve e também para mudar a opinião de parte da comunidade do MMA ao seu respeito, ‘Do Bronx’ garante que seu foco para a batalha é o mesmo de sempre e tranquiliza seus fãs ao assegurar que não vai cair na armadilha da fama, justamente agora, que possui o tão desejado cinturão.
“Feliz com isso de ser reconhecido pelas casas de apostas. Mas, para mim, não faz tanta diferença. Eu gostava quando era o azarão, porque todo mundo ganhava dinheiro com isso. Quem apostava em mim, os verdadeiros que acreditavam em mim ganhavam dinheiro. Mas feliz pelo fato de hoje ser reconhecido como favorito, fico grato com isso. Demorou, mas faz parte. Deus não agradou todo mundo, por que o Charles ia agradar? Faz parte, temos que subir um degrau de cada vez e fiz isso. Subi sem pisar em ninguém, com calma, com cautela. Perdi, reconheci meus erros e dei a volta por cima. Sou escolhido desde que nasci. Quem não acredita, não faz diferença nenhuma para mim. Deus me escolheu para fazer história”, declarou o campeão do UFC.
Charles Oliveira, de 32 anos, vive sua melhor fase no MMA. Conhecido no esporte pelo jiu-jitsu de alto nível, o brasileiro mostrou que sua trocação também representa uma ameaça aos oponentes. Atualmente, ‘Do Bronx’ é o campeão do peso-leve do UFC, é dono da quinta posição no ranking peso-por-peso da companhia e possui dez triunfos seguidos, sendo seis por finalização e três por nocaute. Além disso, o paulista é o recordista de finalizações na história da empresa (15 vezes), é o maior colecionador de bônus (18) e o lutador que mais venceu pela via rápida (18). Seu cartel profissional é composto por 32 vitórias, sendo 29 pela via rápida, oito derrotas e um ‘no contest’ (luta sem resultado).
Diego Ribas, do Arizona (Eua)