Dorival fecha 2024 em ‘montanha-russa’ com a seleção brasileira - SóEsporte
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Dorival fecha 2024 em ‘montanha-russa’ com a seleção brasileira

Dorival fecha 2024 em ‘montanha-russa’ com a seleção brasileira

A seleção brasileira fechou um turbulento 2024. Após empatar com o Uruguai por 1 a 1, na noite da última terça-feira, 19, na Arena Fonte Nova, o Brasil encerrou o ano apenas na quinta posição das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

Assim, Dorival Júnior confirmou a primeira virada de calendário no comando. Desde que assumiu, foram 14 partidas, com seis vitórias, sete empates e uma derrota, com 59,5% de aproveitamento dos pontos disputados.

Os resultados casam com o teor de “montanha-russa” do trabalho do técnico, que assumiu na sequência de três trabalhos consecutivos notáveis (Ceará, Flamengo e São Paulo). Todavia, após estrear em março vencendo a Inglaterra e empatando com uma forte Espanha, a equipe ainda não conseguiu emplacar.

Isso ficou evidente meses depois, na primeira queda expressiva de rendimento do ciclo do treinador. As contestações começaram nos amistosos antes da Copa América, quando a seleção de Dorival venceu – com pouco brilho – o México e empatou sem empolgar com os Estados Unidos.

Copa América ruim e pressão em Dorival

O pior momento do ano foi durante a competição disputada em solo estadunidense. Tudo começou justamente na primeira partida, quando mesmo com badaladas estrelas globais como Vinicius Júnior e Rodrygo, o Brasil não saiu do zero com a limitada Costa Rica.

A segunda rodada ainda deu esperanças, tendo em vista a goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai. Porém, o otimismo acabou já no jogo seguinte, quando a seleção brasileira empatou com a Colômbia em 90 minutos de domínio adversário.

Nas quartas de final, contra o Uruguai, a campanha chegou ao fim. Nada inspirada, a equipe verde e amarela chegou a ter um homem a mais por 21 minutos, mas mesmo assim não conseguiu expressar superioridade e, após o empate sem gols, o Brasil caiu nos pênaltis.

Foram dois meses da seleção longe dos gramados e a Data Fifa de setembro chegou a alimentar um novo sentimento. Contudo, a animação pelas convocações de nomes como Estêvão, Luiz Henrique e Endrick foi freada pelos poucos minutos (e rendimento abaixo) a essas peças na vitória magra sobre o Equador e na derrota para o Paraguai.

Respirou, mas não tanto

Dorival Júnior pôde respirar em outubro. No entanto, o primeiro alívio saiu de uma atuação nada encantadora, que ainda assim terminou em vitória. A seleção, jogando no Chile, venceu por 2 a 1, de virada, com gol de Luiz Henrique já no fim da partida.

Ainda assim, vencer mudou os ânimos para o confronto seguinte. Em Brasília, o time que carrega a camisa pentacampeã mundial sobrou contra o Peru e goleou por 4 a 0, em noite especial de Luiz Henrique e Raphinha.

Somar seis pontos foi essencial na corrida rumo à Copa do Mundo de 2026. Por outro lado, a Data Fifa de novembro reacendeu um alerta, pelos empates contra Venezuela e Uruguai, em atuações que lembraram o melancólico desempenho da Copa América.

Para além de não conseguir controlar os duelos, as alterações no decorrer dos 180 minutos não imprimiram melhora. Em ambos os jogos, Dorival optou por sacar o lateral-esquerdo Abner e acumular atacantes em campo.

Nesta terça-feira, 19, na Bahia, a pouca organização ficou ainda mais clara. Em uma busca afobada pela virada, Gabriel Martinelli, que atua aberto pela esquerda no Arsenal, foi um homem de ligação escalado por dentro, e Raphinha, destaque do Barcelona como meia-atacante, chegou a cumprir função de ala.

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