As equipes UniBo Motorsport, da Universidade de Bologna, e Unicamp E-Racing, da Universidade Estadual de Campinas, venceram respectivamente nas categorias Combustão e Elétrica a 11ª Competição SAE BRASIL-Petrobras de Fórmula SAE. A competição, que durou três dias, encerrou neste domingo, 19 de outubro, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, em Piracicaba, SP, com a participação de 35 equipes, entre 37 inscritas.
Para a equipe italiana, foi muito bom vencer na primeira participação na competição da SAE BRASIL. “Foi uma excelente experiência disputar aqui no Brasil, estamos muito felizes”, comemorou Francesco Comand, piloto da equipe, com 13 integrantes e que alcançou 831.57 pontos na classificação geral. A segunda colocada na Categoria Combustão foi a equipe FSAE Unicamp, com 758,64 pontos, seguida pela equipe Fórmula UFSM, da gaúcha Universidade Federal de Santa Maria, com 611,42 pontos.
Agora tricampeã na competição nacional, a equipe Unicamp E-Racing também comemorou o resultado (686,73 pontos), que atribuiu à evolução contínua do projeto e dos 15 integrantes. “Avançamos muito na parte elétrica, como a redução do peso e o desenvolvimento de um sistema próprio de controle de bateria. As outras equipes subiram o nível, mas nós conseguimos bem mais”, disse Felipe Fantelli, capitão da equipe bicampeã nos Estados Unidos. A equipe Fórmula FEI Elétrico, da Fundação Educacional Inaciana, foi a segunda colocada, com 343,56 pontos. Em terceiro lugar na categoria ficou a equipe UFSC, da Universidade Federal de Santa Catarina, com 192,04 pontos.
MICHIGAN E LINCOLN – Com o resultado, as equipes brasileiras melhor colocadas ganharam o direito de representar o País em 2015 nas competições da SAE INTERNATIONAL, realizadas em Michigan e Lincoln, nos Estados Unidos.
O Comitê Técnico da competição também homenageou a melhor equipe por prova.
Categoria Combustão:
-Aceleração (o carro fez 75 metros em 3,9 segundos e atingiu 106 km/h)- equipe UniBo Motorsport.
– Apresentação – equipe UniBo Motorsport.
– Autocross – equipe Fórmula FEI (o carro percorreu 1100 m em 1 minuto e 13 segundos).
– Custo e Manufatura – equipe Fórmula SAE Unicamp.
– Design – equipe EESC USP Formula SAE.
– Enduro (o Fórmula realizou 20 voltas em 25 minutos) – equipe UniBo Motorsport.
– Skid-Pad (teste de estabilidade e aceleração lateral do veículo) – equipe EECS USP Fórmula SAE, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP.
Categoria Elétrica:
– Aceleração – equipe Unicamp E-Racing (fez 75 metros em 1’15’’).
– Apresentação – equipe Fórmula FEI Elétrico.
– Custo e Manufatura – equipe Fórmula FEI Elétrico.
– Eficiência energética – equipe Unicamp E-Racing.
– Design – equipe Unicamp E-Racing.
– Enduro (Fórmula frealizou 20 voltas em 27 minutos) – Unicamp E-Racing.
– Autocross – equipe Unicamp E-Racing (carro fez 1.100 m em 1 minuto e 21 segundos).
– Skid-Pad (teste de estabilidade e aceleração lateral do veículo) – equipe Fórmula FEI Elétrico.
Entre as novidades da edição 2014, a Competição SAE BRASIL-Petrobras de Fórmula SAE promoveu todas as provas dinâmicas no autódromo do ECPA, o que permitiu mais segurança para as equipes e melhor visibilidade para as mais de 2 mil pessoas que foram prestigiar o evento.
Tecnologias – Como inovação tecnológica destaque para o avanço da fibra de carbono em partes estruturais dos carros Fórmula SAE, como na admissão inteira e em todos os apêndices aerodinâmicos. O uso de colas adesivas em substituição à solda em componentes metálicos não estruturais foi outra novidade nos carros, uma tendência automotiva mundial. Comum na Fórmula 1, o uso de aerofólios, que abrem na reta e fecham durante a frenagem,também esteve presente em alguns protótipos dos futuros engenheiros.
Na categoria elétrica, destaque para uso de bateria de LiPO4, redutor planetário projetado inteiramente por equipe, disco único traseiro, sistema de freios com posições dos pedais iguais aos carros comerciais, sistema de montagem “tipo lego” com encaixes devidos ao projeto e ao corte a laser, mangas universais, além de muitas peças em alumínio aeronáutico. Softwares desenvolvidos pelas equipes para telemetria em tempo real e para gerenciamento de baterias também chamaram a atenção dos juízes.
“As competições estudantis da SAE BRASIL são provas de engenharia criadas para desafiar os jovens a praticar conhecimento técnico com ousadia e criatividade, além de fazer com que tomem contato com a gestão de projeto em todos os seus aspectos, inclusive o financeiro. É verdadeiramente uma experiência extracurricular que faz diferença na formação do engenheiro”, analisa Ricardo Reimer, presidente da SAE BRASIL.