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Está caro frequentar um estádio de futebol

A edição 2013 do Campeonato Paraibano de Futebol 2013 é sem dúvidas uma das mais empolgantes dos últimos anos. Clubes reforçados, disputa acirrada pelas vagas nas semifinais e até a redenção dos times da capital são a marca da competição até o presente momento.

Mesmo assim nos deparamos com um cenário de estádios quase sempre vazios. Mas este não é um problema decorrente só na Paraíba.

Um levantamento feito pelo site Sr. Goool, especializado em estatísticas do futebol, mostra que o Paulisão, estadual com melhor média de público parcial da temporada, registra apenas 5.709 pagantes por jogo.

Veja a média de público dos 25 campeonatos estaduais analisados:

1Campeonato Paulista 5.709 pagantes
2. Campeonato Pernambucano 4.903 pagantes
3. Campeonato Mineiro 4.521 pagantes
4. Campeonato Paraense 4.157 pagantes
5. Campeonato Goiano 3.776 pagantes
6. Campeonato Catarinense 2.908 pagantes
7. Campeonato Paranaense 2.670 pagantes
8. Campeonato Carioca 2.490 pagantes
9. Campeonato Baiano 1.997 pagantes
10. Campeonato Gaúcho 1.710 pagantes
11. Campeonato Cearense 1.294 pagantes
12. Campeonato Maranhense 1.118 pagantes
13. Campeonato Alagoano 1.097 pagantes
14. Campeonato Paraibano 1.005 pagantes
15. Campeonato Brasiliense 853 pagantes
16. Campeonato Potiguar 824 pagantes
17. Campeonato Capixaba 738 pagantes
18. Campeonato Sergipano 703 pagantes
19. Campeonato Piauiense 661 pagantes
20. Campeonato Sul-Mato-Grossense 595 pagantes
21. Campeonato Tocantinense 538 pagantes
22. Campeonato Amazonense 532 pagantes
23. Campeonato Mato-Grossense 413 pagantes
24. Campeonato Acreano 329 pagantes
25. Campeonato Rondoniense 183 pagantes.

Então, o que estaria afastando cada vez mais o torcedor dos estádios?

Talvez o torcedor encontre a resposta, ou pelo menos um dos motivos para essa constatação, ao acompanhar o noticiário diário através de jornais, rádio, internet ou televisão.

Está caro frequentar um estádio de futebol.

O brasileiro tem enfrentado neste ano uma série de aumentos de preços em itens importantes com a inflação. Combustível e alimentação são as áreas que mais impactam o orçamento.

Mesmo com preços em torno de 15 e 20 reais na maioria dos jogos do Campeonato Paraibano, o torcedor sabe que no final essa conta acaba se tornando muito salgada, e o que os clubes chamam de preços populares, muitas vezes se tornam inviáveis para o bolso do torcedor.

Quase sempre o chefe da família não vai sozinho para o estádio. Se ele levar alguém como filho, filha ou esposa, quem sabe até todo mundo, a diversão com o futebol vai ficar muito caro. Além do preço do ingresso, ele vai arcar com a gasolina que custa em média na capital, 2,87, ainda vem despesa com estacionamento, lanche ou aquela cervejinha.

A classe que possui renda mais baixa acaba tendo que escolher entre a paixão pelo futebol ou a manutenção da cesta básica.

Talvez não seja esse um problema gerado pelos clubes de futebol, que precisam investir forte e necessitam do retorno imediato. Mas a solução tem que ser encontrada.

Na Paraíba, por exemplo, o presidente do Botafogo, Nelson Lira, tem feito de tudo para atrair o torcedor para o estádio, com o objetivo de abrilhantar o espetáculo e melhorar as receitas do clube.

Seu exemplo deve ser seguido por outros dirigentes. Mas é preciso que se faça mais. Quem sabe flexibilizar melhor o ingresso, dando poder de inclusão do torcedor em campanhas de marketing, ou a participação de mais de uma pessoa com um único ingresso de preço mais acessível.

Enquanto isso, o País gasta bilhões para organizar a próxima Copa do Mundo e não consegue encontrar medidas eficazes de combate á inflação, que aterroriza o bolso do brasileiro, e limita o acesso a sua maior paixão, o futebol.

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