Carro off-road, construído por alunos de engenharia, venceu competição, que reuniu mais de 100 equipes de universitários de todo o mundo, nos Estados Unidos
A equipe FEI Baja conquistou o título de tetracampeã do Baja SAE Kansas 2014, realizado de 22 a 25 de maio, em Pittsburgh/EUA. Mais de 100 equipes de estudantes de engenharia de todo o mundo disputaram o campeonato. Composto por 14 alunos, o time do Centro Universitário da FEI, construiu o protótipo off-road MBF-28, chamado de Armadillo, que obteve excelentes resultados: 1º lugar em Projeto, 3º lugar nas categorias Apresentação de Vendas e Custos, Design, além do 4º lugar no enduro de quatro horas de duração.
Conheça os cinco primeiros colocados na classificação geral: 1º, Centro Universitário da FEI; 2º, University of Michigan – Ann Arbor; 3º, Iowa State University; 4º, Cornell University; e 5º, Rochester Institute of Technology. O resultado consagra a FEI como a Instituição de ensino brasileira com mais títulos internacionais e nacionais na categoria Baja SAE: heptacampeã brasileira (2001, 2002, 2005, 2007, 2009, 2010 e 2011) e tetracampeã mundial (2004, 2007, 2008 e 2014).
Segundo o prof. Roberto Bortolussi, coordenador do curso de Engenharia Mecânica da FEI, e que acompanhou os alunos durante a competição, “o trabalho em equipe, a dedicação dos alunos e o conhecimento no desenvolvimento de projetos que eles têm foram fundamentais para esta importante conquista”. O prof. destacou também a força de vontade e a perseverança dos estudantes quando ocorreram alguns desafios no penúltimo dia “principalmente com a mudança do tempo, de chuvoso – pela manhã, quando iniciaram as provas dinâmicas e a equipe da FEI realizou essas provas – para seco, à tarde quando outras equipes fizeram as mesmas provas” e o apoio da FEI ao desenvolvimento de projetos como esse.
O Armadillo foi projetado e desenvolvido pelos alunos da FEI, sob supervisão dos professores. Um dos principais destaques é o sistema eletrônico, que permite comunicação em tempo real entre o piloto e a equipe. Por meio do recurso de telemetria, o boxe recebe, em tempo real, informações de velocidade, rotação do motor, níveis de bateria e do tanque de combustível. Em uma tela acoplada ao volante, o piloto obtém outros dados, como tempo do motor ligado, velocidade e bateria. O carro da FEI também tem GPS, faróis de lâmpadas LED alimentados por energia solar, suspensão traseira do tipo duplo braço triangular, transmissão automática com componentes de fibra de carbono, e laminação do banco feita à base de fibra de Curará – material sustentável originado de uma planta da família do abacaxi.
Os critérios de avaliação da competição incluíram: segurança, projeto, custos de fabricação, aceleração e velocidade, subida de rampa, suspensão e tração, e o enduro. A equipe também foi avaliada pelo relatório e apresentação do projeto, custos e, excepcionalmente este ano, por uma apresentação de vendas. A experiência em anos anteriores também ajudou os alunos em relação às regras da competição internacional, que diferem das etapas brasileiras.
A FEI foi uma das primeiras faculdades do Brasil a ter uma equipe de mini-baja para as competições da Society of Automotive Engineers – SAE. Criadas em 1976, as disputas chegaram ao País em 1995, pela SAE Brasil, filiada à SAE International.