FUTEBOL: ARTE E CIÊNCIA - FUTEBOL JOGO CIENTÍFICO - SóEsporte
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FUTEBOL: ARTE E CIÊNCIA – FUTEBOL JOGO CIENTÍFICO

Costumo dizer que quando medimos, contamos estamos fazendo ciência ou uma coisa é científica.

Os homens que amam o futebol cada vez mais se apoiam nas ciências e assim contam com a Medicina, Fisiologia, Ortopedia, Nutricionismo, Psicologia e outros. Na Estatística A. Beltrão, 1974, no livro Visão técnica do futebol moderno, usou do início ao fim estatística aplicada ao futebol. Ubiratam F. Andrade aplicou profundamente no III curso de atualização de futebol, Sindicato dos Treinadores de Futebol do Rio de Janeiro, o que há de maior avanço técnico na preparação de jogadores de futebol. Controle de gestão de qualidade no futebol. Sem medo de errar informo que estes dois grandes técnicos serão responsáveis pela melhoria de hoje e de amanhã no Futebol Científico Brasileiro.

Tive a honra de ser amigo dos dois cientistas do futebol. Com Beltrão pude estagiar e com Ubiratan conversamos muito e recebi de presente farto material de controle de qualidade no futebol, o que considero o que existe de maior e mais moderno no treinamento de jogadores de futebol.

Futebol e os Números

Não podemos esquecer que o futebol do advento até os dias de hoje sempre esteve anexado aos números, o que confirma o futebol é científico.

Vejamos os números:

A bola (menina/maricota) circunferência, 70cm, no máximo e 68cm no mínimo.

Seu peso é no máximo 450g e no mínimo 410g.

O campo de jogo:

120m por 90 de comprimento.

90m por 45m largura – CBF 1996-1997.

E outras medidas, cada medida tem uma razão de ser.

Certa vez perguntei a um profissional de futebol:

Para que serve esta meia lua na frente da área?

O profissional respondeu, para embelezar o campo.

Depois de ter estudado o controle de qualidade japonês, o interesse era saber se o controle de qualidade teria condições de ser aplicado no futebol. Segundo Itoh (1987), o controle de qualidade é válido e poderá ser aplicado no futebol. E foi assim que a Europa e em particular a Alemanha, começou a estudar cientificamente o futebol, através do próprio conhecimento empírico do futebol brasileiro.

Hoje existem clubes no Brasil fazendo controle de qualidade.

No Nacional de Cabedelo e no Confiança de Sapé, sem maiores condições, tivemos início deste trabalho observando os jogadores nas condições técnicas e psicológicas usando fichas de anotações e baralho de futebol, inventários psicológicos etc.

No início do trabalho devemos fazer um diagnóstico. Partindo dos dados registrados, extraídos da massa de repetições.

Quantos jogadores galgaram a consagração mundial sem se valerem de suas potencialidades totais. O maior e mais gritante é o nosso Gerson Canhota de Ouro e mais recentemente o fenômeno Ronaldinho, o centro avante que só no final da carreira fez uns poucos gols de cabeça. Outros jogadores de nível de Seleção Brasileira não sabem usar as duas pernas para chutar, batem escanteio por trás do gol, os lançamentos são a moda Dunga. O que se viu na Copa América foi uma vergonha, no momento de baterem pênaltis.

No Brasil o treinamento técnico é geralmente colocado em segundo plano.

Eduardo Pimentel

Técnico de Futebol

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