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Jorginho se destaca no futebol italiano

Com 35 anos de idade, o meia Jorginho se firmou definitivamente no futebol italiano e tem planos para continuar morando lá depois que encerrar a carreira como atleta. O paraibano, que atuou nos clubes de João Pessoa, inicia o curso de treinador para comandar equipes categorias de base na Itália.

Em junho de 2006, o meia Jorginho foi levado para o Cassaco, time da Primeira Divisão Italiana (uma espécie quarta divisão no Brasil) pelo empresário Paolo Morandine.  Depois de um ano, Jorginho se transferiu para o Reanese, onde jogou durante uma temporada.

Atualmente, ele joga no Arteniese, há três temporadas, e tem contrato até o final do próximo ano. Jorginho garante que já foi procurado para renovar permanência no clube, mas reconhece que a idade pode atrapalhar. “Estarei com 37 anos. Mas espero continuar ajudando a Arteniese a chegar às séries principais do futebol italiano”, disse Jorginho.

O Arteniese ocupa a quarta colocação na classificação geral e tem chance de entrar na fase decisiva e buscar o acesso para a Série C do Campeonato Italiano. Segundo Jorginho, na Itália existem seis divisões (Primeira Divisão, Segunda Divisão, Terceira Divisão, Série C, Série B e Série A).

Mesmo jogando na quarta divisão, Jorginho revela a principal diferença dos clubes italianos para os paraibanos: organização administrativa. Ele disse não ter comparação. Segundo Jorginho, todos os clubes, mesmo das menores divisões, têm suas categorias de base e levam a sério a administração no futebol.

As piores dificuldades encontradas por Jorginho, no primeiro ano na Itália, estiveram relacionadas com a alimentação e o idioma. “Os treinadores tiveram muita paciência comigo e consegui superar. A linguagem do futebol é universal e, com minha habilidade, ganhei espaço nas equipes”, disse o atleta, alegando ter comido muita massa, a base da alimentação de lá.

“Agora já encontramos feijão, mas antes sofri muito para me alimentar”, afirmou Jorginho, que mora na Itália com a esposa e um sobrinho, o garoto Davi Reynier, 13 anos, que já treina nas categorias de base como atacante e tem chance de se firmar como jogador profissional.

Morando na Itália há cinco anos, o garoto Davi Reynier fala melhor o italiano que o português e se diz animado para seguir a carreira do tio. “Procuro seguir os conselhos dele e quero ser um bom jogador” afirmou.

Jorginho, a esposa Veranilce Alves, o sobrinho Davi Reynier e o empresário Paolo Morandini passaram três semanas de férias em João Pessoa e viajaram ontem para Itália. Na terça-feira, Jorginho se integra ao elenco do Arteniese, iniciando os treinos para o turno de volta da competição que conta com 58 equipes.

O apoio da família e a força de vontade evitaram que Jorginho desistisse da carreira de atleta profissional em 2006, quando enfrentou uma série de dificuldades depois de uma questão com o Botafogo. Foi nessa época que surgiu a oportunidade de deixar o futebol brasileiro e ele não pensou duas vezes.

“Realmente eu estava praticamente certo de abandonar o futebol, mas minha família me ajudou a superar as dificuldades e  também tive apoio de pessoas amigas”, disse Jorginho, afirmando que está muito tranquilo jogando na Primeira Divisão do futebol italiano.

Depois de se aposentar como jogador profissional, a meta de Jorginho e se firmar como treinador nas categorias de base. Ele já pensa em fazer parceria entre clubes da Itália com agremiações paraibanas.

George Celso Rodrigues Filho, Jorginho, começou a jogar futsal ainda garoto em colégios. No futebol de campo, defendeu Botafogo, Auto Esporte, em João Pessoa, Nacional de Cabedelo, Santa Cruz de Santa Rita e teve uma passagem pelo Itabaiana de Sergipe.

O garoto, dono de uma grande habilidade, era considerado uma das revelações do Botafogo na década de 90 e chegou a atuar como titular no time principal, em competições locais, regionais e até nacionais.

Porém, um problema contratual, que terminou na Justiça Trabalhista, quase o fez abandonar a carreira de jogador de futebol. Com dificuldades, ainda jogou em alguns clubes, mas sua sorte foi ter sido visto pelo empresário Paolo Moranmdini, sendo levado para jogar no futebol europeu.

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