José Antônio Ferreira Freire é eleito o novo presidente da CBDV

Um jovem como muito outros que ia para a rua bater uma bola com os amigos. Em Pernambuco, na cidade de Recife, ainda com 16 anos, José Antônio Ferreira Freire brincava do que mais gostava quando em certo momento o adolescente foi de encontro a um muro em cheio com o rosto. O acidente deixou sua retina comprometida. E na tentativa de não perder a visão, passou por algumas cirurgias. No entanto, de nada adiantou. A partir daquele momento, quis o destino que a vida de José Antônio seguisse outro caminho.

José Antônio não sonhava em ser jogador de futebol profissional, mas a sua paixão pelo esporte o fez ingressar no paradesporto, dessa vez na adaptação da modalidade para os deficientes visuais. Como atleta, o pernambucano teve grandes conquistas, como o tricampeonato brasileiro, sendo, inclusive, artilheiro da edição de 1999, em Macaé, no Rio de Janeiro.

Quando decidiu encerrar a carreira, em 2002, o então recente ex-atleta, foi convidado para a trabalhar na ABDC, na unidade Nordeste, onde exercia o cargo de coordenador. Após o inicio de sua caminhada fora das quatro linhas, o pernambucano tem ainda no currículo um cargo de segundo vice-presidente da CBDC e coordenação do futebol de 5 já na era da CBDV, de 2011até janeiro desde ano. Nesse período, inclusive, José Antônio contribui para diversos títulos, como o ouro dos Jogos Paralímpicos, em 2012 e 2016, o Campeonato Mundial, em 2014, mais duas medalhas douradas nos Jogos Parapan-Americanos, em 2011 e 2015, e a Copa América, em 2013.

Com mais de 30 anos no esporte paralímpico, dividida entre atleta e dirigente, José Antônio Ferreira Freire, foi eleito para o cargo de presidente da CBDV pelos próximos quatro anos, aos 53 anos.

Fora do esporte paralímpico, o atual presidente também tem uma vida com muita contribuição para as pessoas com deficiência. José Antônio é funcionário público da FUNAD, na Paraíba, há quase 30 anos, onde atuou em um centro de reabilitação. Trabalhou na coordenadoria de atendimento às pessoas com deficiência visual e há 5 anos esteve à disposição do Instituto de Cegos da Paraíba, onde foi presidente recentemente.

Suas propostas para CBDV nos próximos quatro anos são claras: “fomentar cada vez mais as modalidade que a CBDV administra”. Para o presidente, é necessário que todas as regiões do Brasil tenham acesso às modalidades, principalmente no Norte, onde surgem poucos atletas e não tem muitas associações com a prática esportiva.

– O que penso para o esporte para os próximos quatro anos é fomentar cada vez mais as modalidades que a CBDV administra. As cinco modalidades: futebol de 5, futebol B2/B3, goalball, judô e powerlifting. Precisamos fomentar por todo o Brasil. Ainda tem regiões com poucas atividades, como no Norte. Além disso, precisamos conseguir mais recursos para que a gente faça mais intercâmbios e ajude nossos atletas a conseguirem mais conquistas, almejando as medalhas e os títulos nos campeonatos. Vamos também no caminho para capacitar os dirigentes das nossas filiadas, com projetos e cursos com na questão da gestão para preparar os dirigentes que tem dificuldades neste tipo de liderança. O esporte também precisa de investimento nas pessoas para que a gente tenha no futuro profissionais mais preparados para administrar o paradesporto. Meu compromisso nesses quatro anos é esse, fomentar, fortalecer nossa preparação para as competições e qualificar nossas filiadas. Além de aumentar nosso calendário esportivo com as Copas Brasil de futebol de 5 e goalball, e buscar estreitar o relacionamento com a CBJ em prol do crescimento do judô paralímpico.

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