Ednaldo da CBF, mais um documento da mesma época: uma procuração assinada pelo Coronel dando poderes a outra pessoa para gerir sua conta bancária.
A escrevente do cartório até foi ao encontro do Coronel porque ele estava “impossibilitado de comparecer” ao órgão. A procuração tem tanto a assinatura por extenso quanto a rubrica do Coronel.
Depois disso, veio um elemento controverso. Um parecer técnico de uma perita contratada pelo vereador carioca Marcos Dias (Podemos).
A empresa é de Jacqueline Tirotti. A conclusão dela é “impossibilidade de vinculação do punho” ao Coronel Nunes.
A perita citou “divergências em relação aos padrões apresentados, conforme demonstrado no exame, bem como, ressaltando a fragilidade do documento questionado, em razão da ausência de grampeamento/fixação de folhas e ausência de rubricas”.
A empresa que fez o laudo já teve trabalhos contestados, como no uso de um vídeo para acusar o padre Julio Lancelotti de pedofilia e na discussão se a apresentadora Ana Hickmann assinou documentos que geraram uma dívida na casa de R$ 1 milhão.
A CBF disse que o laudo “está sendo utilizado de forma midiática e precipitada, em verdadeira espetacularização que atende a interesses nada republicanos e aparentemente questionado por terceiros absolutamente estranhos ao processo”.
Só que quando o assunto chegou, por ordem do Supremo Tribunal Federal, de volta à Justiça do Rio, o Coronel Nunes não compareceu à audiência na qual poderia esclarecer a história toda. Diante disso, o desembargador decidiu afastar toda a diretoria da CBF
O primeiro afastamento de Ednaldo aconteceu em dezembro de 2023, quando a Justiça do Rio entendeu que o Ministério Público do Rio não tinha poder de propor o termo de ajustamento de conduta (TAC) que serviu como alicerce para a eleição de Ednaldo Rodrigues, em 2022.
Na ocasião, o TJ definiu o então presidente do STJD, José Perdiz, como interventor para realizar a eleição. Mas isso nem chegou a se concretizar, porque uma liminar no STF dada pelo ministro Gilmar Mendes reconduziu Ednaldo ao poder no mês seguinte.


















