Dono de 24 títulos mundiais de windsurf e um dos percursores do kitesurf, havaiano faz expedição pelo Rio Mearim com stand up paddle
Robby já escuta falar da lendária onda no coração do maior ecossistema do planeta há algum tempo, mas ainda não tinha tido a possibilidade de conhecê-la e deslizar sobre as águas da Bacia Amazônica. Ele ficou sabendo da pororoca aqui no Brasil, pela primeira vez, há dez anos. Desde então sempre teve vontade de vir para cá surfá-la.
“Ter a chance de vir aqui para fazer stand up paddle nesta onda, conhecer novas pessoas e uma nova cultura é fantástico. Estou muito pilhado de estar aqui”, enfatizou o havaiano”.
Depois de deslizar pela primeira vez ao longo de uma pororoca com sua prancha de 11 pés, a felicidade estava estampada no rosto da lenda havaiana. “Esta foi, sem nenhuma dúvida, a onda mais longa que já surfei na minha vida. Consegui surfar algumas ondas diferentes durante os três dias que passei aqui (no Maranhão), diferentes até do que já havia experimentado em outros lugares. No segundo dia, consegui surfar, no total, por seis quilômetros, sendo que quase três quilômetros foram direto. Foi uma experiência incrível”, resumiu.
Após ser campeão mundial de windsurf 24 vezes, sendo o primeiro aos 13 anos, Naish foi um dos percursores do kitesurf e, inclusive, é criador de uma das marcas mais conhecidas na fabricação de pipas (kites), para a prática do esporte. Longe das competições desde o fim dos anos 90, quando se aposentou do circuito profissional de prancha a vela, o americano não consegue deixar a rotina de viagens de lado, mas com outro propósito: conhecer as ondas mais diferentes do planeta.
“Já viajei o mundo inteiro e tive a chance de surfar ondas parecidas com esta na França e na Indonésia, mas estar aqui, na Amazônia, é incrível. A Amazônia é um lugar icônico, quando se fala da Floresta Amazônica todos sabem do tamanho disso e estar aqui, para surfar a pororoca, é fantástico”, contou.