Mas nem sempre foi assim.
Mesmo com o bi-campeonato conquistado pelo Santos de Pelé nos anos de 62-63, o Cruzeiro de Palinha em 76, Flamengo de Zico em 81 e o Grêmio de Renato Gaucho em 83, esta competição não despertava muito o interesse dos clubes do Brasil, que priorizavam os campeonatos nacionais e até mesmo os estaduais.
Talvez por isso os clubes do Uruguai e Argentina dominaram tanto nas primeiras décadas de disputa do torneio. Pra se ter uma ideia, os clubes brasileiros com maior número de conquista são São Paulo e Santos, com três títulos cada.
Grande feito?
Feito modesto comparado aos dos papões dessa competição, como Independente e Boca da Argentina – além do Penãrol do Uruguai. Os três conquistaram 7, 6 e 5 títulos respectivamente.
De fato, a redenção para os times do Brasil veio a partir dos anos 90. Neste período, em dez edições, os brasileiros venceram 6 vezes – superando assim, em uma só década, todo histórico de vitorias desta competição ao longo de sua história.
Tal interesse coincide com o fato da Libertadores se tornar uma competição mais rentável – a televisão passa a pagar muito dinheiro para transmissão dos jogos – e até mesmo o nome do torneio é modificado para atender a acordo com patrocínios, passando para Copa Toyota Libertadores, Copa Santander Libertadorese recentemente Copa Bridgestone Libertadores.
Então, qual seria o verdadeiro sentido da Taça Libertadores – jogar por dinheiro ou pelo mérito de conquistar a América?