Não é sempre que os rumos de uma partida de futebol, ou de uma competição, se decide dentro dos gramados. Os protagonistas que o torcedor está acostumado a ver atuando nas quatro linhas às vezes dão lugar a personagens muitos distintos.
No lugar dos tradicionais uniformes esportivos como chuteira, calções e meões, entram em cena a gravata e o paletó.
O palco também é completamente diferente. Sai o tapete verde, entra o tapetão.
E o show vai começar!
Os times montam suas estratégias baseadas sempre no tradicional esquema ataque contra defesa. A torcida, ou melhor, a platéia, assiste a tudo não com o entusiasmo de costume. É preciso fazer silêncio no tribunal.
O que não muda são os placares. Os resultados finais acabam em 4 a 3, 3 a 2, e até as goleadas costumam acontecer, 7 a 1, 5 a 2 e por ai vai.
O que não é igual é o sabor de uma vitória. Não se costuma comemorar conquistas fora das quatro linhas.
No mais recente episódio de tapetão no futebol paraibano, o CSP venceu a Copa Paraíba no gramado, mas o Sousa foi quem ficou com a vaga na Copa do Brasil.
E antes de eleger o vilão dessa história, que neste caso parece ter sido a Federação Paraibana de Futebol, é preciso que se diga quem é o verdadeiro perdedor.
O torcedor pagou caro com isso tudo. Ele compareceu ao estádio, torceu, vibrou, mas no final viu as emoções do gramado perderem de goleada para a burocracia dos tribunais.
Maxwell Oliveira |
