Vanessa Silva Do NE10/ Paraíba
Prestou depoimento na tarde desta terça-feira (24), na 7ª Delegacia Distrital de Campina Grande, o meia do Sport Clube do Recife, Marcelinho Paraíba. O atleta, que está sendo indiciado por estupro na Paraíba, depôs esta tarde na condição de testemunha do processo que investiga a conduta do delegado Rodrigo Pinheiro, acusado de efetuar disparos de arma de fogo durante uma festa no sítio do jogador, em Campina Grande.
Rodrigo Pinheiro é irmão da mulher que se diz vítima de estupro praticado por Marcelinho. Enquanto a polícia investiga se ele é o autor dos disparos durante a festa, Pinheiro segue afastado de suas atividades na 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande.
O advogado de defesa de Marcelinho, Afonso Vilar, solicitou que o depoimento fosse adiado para esta terça-feira (24) por causa do jogo do Sport contra o Petrolina nessa segunda (23), para o qual o jogador estava escalado. De acordo com o delegado Francisco de Assis de Souza, outras testemunhas também serão intimadas a depor no inquérito que investiga Rodrigo Pinheiro. Na delegacia, outras três testemunhas aguardam para serem ouvidas sobre o caso.
O CASO – Em novembro de 2011, Marcelinho Paraíba foi acusado de estupro pela advogada Rosália Zabatos de Abreu, 31 anos, irmã do delegado Rodrigo Pinheiro. O abuso teria acontecido em uma festa promovida no sítio do jogador, em Campina Grande, para comemorar a ascensão do Sport à Série A do Campeonato Brasileiro.
Segundo Rosália, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) onde foi submetida a um exame de corpo de delito. Na semana passada, a titular da Delegacia da Mulher de Campina Grande, Herta de Freitas, resolveu indiciar o jogador por estupro após receber o resultado dos exames realizados na vítima.
Além de Marcelinho Paraíba, outros três amigos foram detidos durante o tumulto. Eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião, o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e liberado por determinação da Justiça poucas horas depois.
No dia da prisão de Marcelinho, o delegado negou ter atirado e chegou a dizer que, na verdade, os policiais militares efetuaram alguns disparos para cima porque estavam sendo cercados por pessoas armadas que queriam impedir a prisão de Marcelinho.