Robson de Souza, vulgo Robinho, não terá como dar pedaladas eficientes em juízes, ministros do judiciário e até policiais. Pois foi preso. Ministro do STF, Luiz Fux, negou pedido de habeas corpus para o jogador (não anunciou aposentadoria oficialmente) e o STJ expediu o pedido de prisão do jogador para o Poder Judiciário de Santos cumprir. E os Políciais Federais foram até o apartamento do jogador e efeturaram a prisão.
A defesa de Robinho teve negada, na noite desta quinta-feira, uma liminar em pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), através de decisão do ministro Luiz Fux, para que o atacante não seja preso imediatamente, após julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Justiça Federal de Santos expediu o mandado de prisão para Robinho, no fim da tarde, em documento assinado pelo juiz Mateus Castelo Branco Firmino da Silva. Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), enviou ofício durante a tarde para a Justiça Federal realizar o ato.
Ao ser preso, o jogador de futebol agora vai passar por audiência de custódia, acompanhada pela Ministério Público Federal, onde serão analisadas as condições de sua prisão.
O STJ determinou a homologação da pena no Brasil em Corte Especial, realizada na última quarta-feira, em Brasília, no Distrito Federal, com 9 votos a 2 em favor da decisão.
Robinho foi condenado em três instâncias da Justiça italiana pelo estupro em grupo de uma mulher albanesa, em 2013. A decisão definitiva, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, é de janeiro de 2022, quando o atleta já tinha retornado ao Brasil.
Segundo a investigação, Robinho e mais cinco brasileiros teriam participado do ato. Robinho e outro brasileiro, Ricardo Falco, foram condenados a nove anos de prisão.
No fim do mesmo ano, o Ministério da Justiça da Itália enviou pedido de extradição de Robinho, que foi negado pelo Governo – o país não extradita seus cidadãos naturais. Na sequência, os italianos acionaram o STJ para que a sentença fosse homologada para surtir efeitos no Brasil.
Robinho entregou seu passaporte ao STJ no ano passado e está proibido de deixar o país.
A defesa de Robinho trabalha também com um embargo de declaração no STJ, contestando pontos do acórdão, e depois um recurso extraordinário no STF.