No dia do “Atleta Profissional”, Daniel Dias e Hugo Parisi falam dos desafios no esporte - SóEsporte
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No dia do “Atleta Profissional”, Daniel Dias e Hugo Parisi falam dos desafios no esporte

Praticar esporte profissional no Brasil não é fácil. Além da rotina dos treinos, preparação, viagens e calendários apertados, a falta de investimentos, de incentivos e de políticas públicas dificulta a vida dos atletas que, na maioria das vezes, ainda se desdobram na procura por patrocinadores. Para contemplar e prestigiar esses “heróis”, no dia 10 de fevereiro comemora-se o Dia do Atleta Profissional. No Brasil, a data foi instituída por meio da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.

O Mackenzie, por prezar a qualidade do ensino, o desenvolvimento e a formação do ser humano sempre investiu e acreditou no esporte. Em 1878, o Mackenzie foi pioneiro ao criar o Departamento de Cultura Física. O esporte propriamente dito, começou em 1893, quando o professor Augustus F. Shaw chegou dos Estados Unidos para lecionar no Mackenzie. O professor foi o responsável por trazer o basquete para o Brasil.

No início do século XX, os mackenzistas já se destacavam em atividades esportivas, sendo protagonistas da primeira partida oficial de futebol do Estado de São Paulo e pioneiros na prática do basquete no país.

Hoje, o Mackenzie, além de atuar em várias frentes esportivas, apoia atletas, como o Hugo Parisi e César Castro, atletas olímpicos de saltos ornamentais e Daniel Dias, nadador, recordista mundial e atleta paralímpico.

Ao se referir aos desafios de um profissional, Daniel Dias acredita que um dos principais desafios é a falta de patrocínios. “No inicio, a falta de patrocínios me impedia de participar de algumas competições. Agradeço aos meus patrocinadores, pois graças a eles eu consigo me dedicar integralmente à natação e melhorar a cada dia, conquistando bons resultados”.

Já para o saltador Hugo Parisi, o desafio constitui no campo mental. “Eu gosto demais do que eu faço, e tudo o que faço é com muito prazer. Manter-se bem mentalmente, com a segurança de um patrocinador, é o maior desafio para aguentar a pressão dos treinos e competições”, completa.

Quando questionado, sobre a data comemorativa, o “Dia do Atleta Profissional”, Parisi ressalta sua importância e descontraidamente brinca. “Acho importante termos um dia só nosso e, ao invés de ser feriado, a gente ganha mais treino”.

Já Daniel, acredita que embora a data tenha relevância, o importante é que ela seja lembrada em todas as esferas esportivas, ou seja, que exista uma valorização do esporte em todas as suas áreas de atuação.

Os atletas demonstram, entre os muitos desafios da vida de um profissional, que os investimentos e incentivos são essenciais para a prática do esporte.

 

Sobre os atletas     

Hugo Parisi figura entre os melhores saltadores ornamentais do país na plataforma de 10 metros. Passou a integrar o quadro do Mackenzie em 2008, treinando no Colégio Mackenzie Brasília com o treinador Ricardo Moreira, um dos técnicos da seleção brasileira de saltos ornamentais. Hugo participou dos Jogos Pan Americanos do Rio 2007, Guadalajara 2011 e das Olimpíadas de Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012. Hoje é o brasileiro melhor colocado no ranking mundial da modalidade e se prepara para mais um desafio olímpico, no Rio em 2016, onde almeja estar entre os doze finalistas da competição, fato inédito para o país na prova de plataforma de 10 metros.  Desde 2008, é atleta do Instituto Presbiteriano Mackenzie.

 

Daniel de Faria Dias é atleta paralímpico brasileiro recordista mundial. Nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita, descobrindo o esporte aos somente aos dezesseis anos. Sua carreira foi meteórica: é detentor do recorde mundial nas provas de 100m e 200m livre, 100m costa e 200m medley e o recordista nos Jogos Parapan-americanos com oito medalhas de ouro.  Conquistou nove medalhas nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008, superando o também nadador brasileiro Clodoaldo Silva, que havia conquistado sete medalhas (seis de ouro e uma de prata) nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004.

Em 2009, Daniel Dias recebeu o troféu Laureus, espécie de “Oscar do Esporte”, como melhor atleta paraolímpico de 2008, fato que se repetiu em 2012. Sua indicação teve como motivo as suas nove medalhas conquistadas durante os Jogos Paraolímpicos de Pequim. Em 2008, Daniel Dias já havia sido indicado para o mesmo prêmio. Até então, apenas três outros brasileiros haviam recebido este prêmio: Pelé (Futebol, 2000), Ronaldo Fenômeno (Futebol, 2003) e Bob Burnquist (Skateboarding, 2002).

 

César Castro é patrocinado pelo Mackenzie desde 2003, César é considerado o melhor atleta do Brasil em Saltos Ornamentais e tem quebrado algumas barreiras apesar de o Brasil não ter tradição no esporte. Na Olimpíada de Atenas em 2004, o atleta chegou às finais da competição, quebrando um jejum de 52 anos sem um brasileiro na final dessa modalidade. Em 2007 no Pan-Americano do Rio de Janeiro subiu ao pódio com a medalha de prata e em 2011, ficou com o bronze no Pan de Guadalajara. Em 2013 foi o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha de ouro em um Grand Prix da FINA de Saltos Ornamentais, na etapa de San Juan, em Porto Rico. Atualmente, César treina em Athens, nos Estados Unidos com foco em 2016.

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