O CAMPEONATO PARAIBANO DE FUTEBOL – EDIÇÃO 2012, PROMETE GRANDES EMOÇÕES! - SóEsporte
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O CAMPEONATO PARAIBANO DE FUTEBOL – EDIÇÃO 2012, PROMETE GRANDES EMOÇÕES!

Por Eugenio Pacelli, professor da UFPB

Posso afirmar com convicção que o Campeonato Paraibano de Futebol Profissional, edição 2012, vai ser marcado por grandes emoções dentro das quatro linhas, ou seja, no tapete verde, que é o campo de jogo! Digo isso, porque estive acompanhando pela imprensa paraibana os preparativos das dez equipes que estão nas disputas pelo cetro maior, que é o título de campeão desta temporada, que teve início com os jogos: Paraíba 1 x 1 Botafogo, em Cajazeiras, Nacional 0 x 4 Sousa, na morada do sol, em Patos; CSP 0 X 1 Treze, em João Pessoa e Campinense 2 x 0 Flamengo Paraibano, em Campina Grande.

O torcedor está motivado haja vista que as equipes buscaram formar grandes elencos e como exemplo temos as três maiores agremiações do futebol paraibano que fizeram grandes investimentos, principalmente o Botafogo de João Pessoa e o Campinense da Serra da Borborema; já o Treze que teve que se desfazer de parte de seu elenco de 2011, inflacionado pelas campanhas vitoriosas, inclusive perdeu o seu grande artilheiro Warley para o rival Campinense, está buscando recompor seu elenco e dá um novo entrosamento à equipe!

Dentre os gigantes do futebol paraibano o Botafogo Futebol Clube tem 25 títulos conquistados na Paraíba, enquanto que o Campinense Clube tem  18 títulos e o Treze 15 títulos, sendo que esta última agremiação é bi-campeã na atualidade lutando pelo tri em 2012.

Os clubes do Sertão Paraibano costumam formar bons elencos e brigar pelo título da competição Estadual. Se observarmos os campeonatos disputados nos anos de 2000 a 2011, foram três conquistas: Atlético de Cajazeiras (2002), Nacional de Patos (2007) e Sousa (2009). As equipes do Sertão também conseguiram três vice-campeonatos nessas temporadas, sendo duas vezes com o Atlético de Cajazeiras (2003/2007) e uma vez com o Nacional de Patos (2005).

Acompanhei dois jogos preparativos nos estádios, um no Mangabeirão: Auto Esporte 3 x 2 Campinense, onde pude presenciar um bom jogo, com um bom público, com as dependências do colosso alvirubro tomadas pelos torcedores raposeiros e do macaco altino, estes em maior número.

Na maravilha do contorno, acompanhei Botafogo 4 x 0 Currais Novos/RN, com amplo domínio do tricolor paraibano que não teve dificuldades para golear seu adversário, jogo esse acompanhado por um grande número de torcedores que lotaram as arquibancadas do estádio Joaquim de Almeida, no bairro do Cristo!

Caros torcedores! Esse prenúncio de um campeonato repleto de emoções, retratado nos jogos preparatórios, teve uma prévia nas partidas oficias iniciais, com o Sousa surpreendendo o Nacional de Patos, em pleno estádio José Cavalcanti e o Paraíba empatando com o Botafogo, no Perpetão, em Cajazeiras, isso no domingo.

Na segunda-feira, 06 de fevereiro, tivemos em João Pessoa , no estádio da Graça, o atual campeão Treze enfrentando e vencendo o vice-campeão da temporada de 2011, o surpreendente Centro Sportivo Paraibano (CSP), que hoje é uma realidade sendo comandando pelo competente técnico Ramiro Sousa, tendo na preparação física o professor João Batista (um ex-velocista, campeão de atletismo no Norte-Nordeste em corridas de velocidade). No outro jogo da segunda-feira, fechando quatro dos cinco jogos da primeira rodada o Campinense venceu o debutante Flamengo Paraibano, no estádio Amigão.

É bom frisar que todos os jogos foram presenciados por um bom público como pode se observar em imagens mostradas pela Rede Globo de Televisão, no programa Globo Esporte Local.

CAMPINENSE VENCE DEBUTANTE FLAMENGO EM RITMO DE TREINO

O Campinense fez sua estréia no Campeonato Paraibano de Futebol, categoria profissional, temporada de 2012, nessa segunda-feira, 06/02/2012, às 20:15 horas, no estádio Amigão, em Campina Grande, vencendo sem dificuldades o debutante Flamengo Paraibano, na elite do futebol Tabajarino, por 2 x 0, placar esse que poderia ser mais dilatado se os atletas raposeiros não tivessem perdido várias oportunidades para marcar mais gols. A única chance real de gol do Flamengo aconteceu no final da primeira etapa, aos 44 minutos, quando o Campinense vencia por 1 x 0, numa jogada individual do ala esquerda Marcos Vinícius que se livrou de dois marcadores invadiu a área chutando cruzado no travessão do goleiro Pantera.

Deixando de lado o único lance de perigo da agremiação pessoense, o Flamengo Paraibano levou um passeio do Campinense e praticamente não viu a cor da bola, durante os 90 minutos, ficando na roda como um peão.

O Campinense foi muito superior no transcorrer da partida, principalmente nos aspectos físicos e táticos. Enquanto o Campinense tocava a bola com segurança e boa mobilidade do seu meio campo, criando constantemente jogadas pelas alas com Rogério Rios e Renatinho, num verdadeiro bombardeio a defensiva flamenguista que se defendia como podia. Inclusive, o seu goleiro Jefferson praticou duas defesas milagrosas no primeiro tempo, sendo uma aos treze minutos e cinqüenta segundos num chute cruzado a meia altura do ala direito Rogério Rios, na grande área e a outra nos pés de Warley (na pequena área) aos dezesseis minutos. Fora essas duas defesas, o Campinense ainda desperdiçou uma chance real de gol quando seu atacante ficou cara a cara com Jefferson e tocou por cima do travessão, aos trinta e nove minutos da etapa final.

Falando acerca do público presente no Amigão, constatou-se que o estádio recebeu um bom público, que prestigiou a estréia da equipe raposeira, num jogo morno em que o torcedor campinense se mostrou tranqüilo nos 90 minutos da contenda, face à fragilidade da equipe de João Pessoa.

A arbitragem foi imparcial procurando cumprir as 17 regras do jogo, tanto por parte do árbitro Eder Caxias, quanto pelos seus assistentes Griselildo Dantas e D’Guerro Xavier. A exclusão do técnico Washington Lobo não deve ser contestada haja vista que sua equipe mostrou muito pouco dentro das quatro linhas, principalmente no plano tático, com seu meio campo apagado no decorrer da partida.

O Flamengo Paraibano só conseguiu dar trabalho a defensiva Campinense em jogadas individuais. Além do mais, a equipe raposeira teve um gol anulado na primeira etapa, aos sete minutos e trinta segundos, numa bola dividida na grande área flamenguista, na qual o atacante Adriano Felício foi penalizado com um tiro livre direto contra sua equipe e ainda recebeu o cartão amarelo por ter colocado a mão na bola, conforme interpretação do árbitro da partida, quando o jogo estava 0 x 0.

Acompanhei o jogo no Amigão, ouvindo uma rádio FM de Campina Grande, cujo narrador e comentarista destacavam a “fragilidade do Flamengo Paraibano” que passou o maior tempo do jogo só se defendendo e com pouca posse de bola em relação ao Campinense!

O atacante Warley do Campinense, em entrevista após o jogo colocava que “o placar poderia ter sido mais elástico, mas que o Campinense conseguiu uma boa vitória em sua estréia”.  O s gols da partida foram anotados por Warley e Breno de bicicleta, sendo um em cada etapa do jogo.

A ASCENSÃO DO FLAMENGO PARAIBANO – ESTRÉIA NA SEGUNDONA

O Esporte Clube Flamengo Paraibano, que tem como presidente Ranieri Fonseca, começava sua jornada rumo à elite do futebol Tabajarino, no dia 05 de junho de 2011, jogando em Santa Rita, no estádio Teixeirão, contra a forte equipe do Santa Cruz. Na ocasião este colunista, fazia parte da comissão técnica do Fla/PB, como preparador Físico, sendo auxiliado pelo professor Arturo Raul, recém formado pela faculdade  de Educação Física da UFPB; o Fla/PB tinha como técnico Zenóbio Damásio (com potencial pra ser um grande treinador do futebol brasileiro), seu assistente o professor Kilder e como preparador de goleiros o experiente professor Ednaldo, era uma comissão técnica competente trabalhando fundamentada em parâmetros científicos.

O trabalho vinha sendo desenvolvido desde o mês de fevereiro de 2011, portanto quatro meses de atividades, preparando uma base que seria o futuro do clube, haja vista que para a Segundona o clube teria que contratar jogadores para decidir a competição se quisesse subir e foi isso o que aconteceu. Em menos de um mês, o presidente Ranieri, conseguiu montar uma equipe em condições de iniciar a competição brigando pelos três pontos já na sua estréia.

Faltando quinze dias para o início da competição a equipe foi reforçada com o excelente meia-atacante Lamar (hoje em Caicó/RN), Tarzinho que tecnicamente dispensa comentário e Nino Paraíba (cujo nome verdadeiro é Josevaldo, descoberto por Severino Ferreira ex-presidente do CSP), jogadores esses que não chegaram no melhor de sua forma física, mas que se empenharam como guerreiros pois não fugiam dos treinamentos.

Quanto a partida Santa Cruz x Flamengo Paraibano, que teve como árbitro o senhor Antônio Carlos da Rocha (Mineiro), o jogo era lá e cá, um jogo bonito, bem jogado, com casa cheia, com a torcida do Santa empurrando seu time.

Era um jogo de estréia digno de decisão e o Flamengo Paraibano saiu na frente com um golaço do zagueiro Luiz Paulo, dentro da área adversária, após uma cobrança de escanteio. O Santa Cruz contava com um grande goleiro, Alberto, um zagueiro eficiente e raçudo em sua defesa (Alan Farias); seu lateral direito, Lulu, apoiava bem, com muita técnica, velocidade e resistência, de forma que não entendi sua substituição no intervalo do jogo. O Santa contava ainda com o veterano Betinho, ponta de lança, jogando uma grande partida e correndo como um leão. Além disso, o tricolor de Santa Rita contava com outros jogadores que se destacavam na partida por sua eficiência nos aspectos técnicos, táticos e físicos, que eram os casos do Nino Paraíba e do Teo.

O primeiro tempo foi vencido pelo Flamengo Paraibano, 1 x 0, de forma justa, apesar do equilíbrio da partida e do Santa Cruz ter o apoio de sua torcida inflamada empurrando o time para um resultado positivo. Eis que estranhamente no intervalo, o técnico Zenóbio pede para aquecer o Peu e faz uma substituição estranha tirando o atacante Marcelo Oliveira, deixando o Tarzinho que vinha se recuperando de uma lesão na virilha.

Em menos de quinze minutos do segundo tempo o Fla/PB perde o volante Elton por contusão e para piorar mais as coisas, Zenóbio saca o Lamar do time, que sem entender me confidencia que “foi opção do treinador”. Entram no jogo: Esquerdinha (meia/ala, ex-miramar), que não estava bem fisicamente e o atacante Rodrigo Camutanga. Mesmo assim, apesar das substituições o jogo continuava parelho, só que o Flamengo perdeu no aspecto de entrosamento.

Aos vinte e nove minutos do segundo tempo o Santa Cruz tem um pênalti a seu favor, numa bola dividida entre o atacante e o goleiro Ferreira. Mas, eis que estranhamente o experiente Ferreira destila ofensas ao árbitro da partida e é expulso, deixando o Fla/PB com um jogador a menos e tendo que improvisar um jogador de linha no gol, Rodrigo Camutanga, que deu conta do recado.

Infelizmente a boa atuação de Camutanga, como goleiro, não conseguiu impedir a derrota do Flamengo, que foi castigado aos 44 minutos do segundo tempo, após uma falha de marcação pelo lado direito e uma cobertura do volante em socorro ao ala matando o lance gerando uma falta que culminou no gol da vitória do Santa Cruz, após um rebote da defesa na grande área e um chute despretensioso de fora da área que foi parar nos pés do atacante santacruzense que sozinho na pequena área marcou o gol da vitória.

O curioso é que após essa derrota toda a Comissão Técnica do Flamengo Paraibano caía já na segunda-feira, para dar lugar ao técnico Ramiro de Sousa, que mesmo reforçando a equipe, perde seus dois primeiros jogos na Segundona, porém na última rodada numa combinação de resultados, felizmente, coloca o Flamengo na elite do futebol paraibano, que é uma façanha difícil de ser conseguida.

Eu diria que é mais difícil conseguir o acesso do que se manter na Divisão de Elite, haja vista que são dez equipes brigando pelo título, onde apenas duas são rebaixadas. Enquanto que nas disputas pelo acesso apenas duas equipes são laureadas para disputar a Primeira Divisão. No jogo de estréia na Segundona o Flamengo atuou com: Ferreira, Maneco, Luiz Paulo, Vilmar e Esquerdinha (CSP); Elton (Esquerdinha/Miramar), Clóvis, Lamar (Rodrigo Camutanga) e Tarzinho; Nino Paraíba e Marcelo Oliveira (Peo). O Santa Cruz venceu utilizando os seguintes jogadores: Alberto, Lulu (Enielson), Alan Farias, Cleyton e Jonh; Nino Paraíba, Marcílio (Carlinhos), Enercino e Betinho (Rafael Formiga), Bruno Recife e Teo.

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