Tem se falado muito das poucas datas, para comportar todas as competições, especialmente, as milionárias. Com isso, a CBF pressiona os clubes, sobretudo, os de pouco poder financeiro, tirando seus espaços no calendário esportivo.
Na Paraíba, apenas quatro times, dos quatro 30 que disputam o futebol profissional, tem calendário cheio, na próxima temporada. Botafogo (Estadual, Copa do Nordeste e Série C), Campinense (Estadual, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série C), São Paulo-PB (Estadual e Série D) e Sousa (Estadual, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série D).
Enquanto que, os outros clubes terão uma competição (Estadual) com 15 datas e ficarão sem competições o resto do ano. A Federação parece não estar preocupada com esta situação.
A entidade estadual que deveria encontrar uma maneira de ajudar os clubes, prefere acatar a decisão da CBF, que tem como objetivo cobrar taxas e mais taxas, ficando cada dia mais milionária, assistindo a falência dos seus filiados.
Praticamente todas as federações estaduais realizam duas competições anualmente, sendo o Estadual (agora não passa de um torneio), no primeiro semestre. E, na segunda parte do ano organiza uma Copa. São muitos os exemplos, Ceará, Santa Catarina, Rio de Janeiro…
Mas os clubes paraibanos, na sua maioria, estão mesmo condenados a ficarem 70% do calendário do ano sem competições. São times da Primeira, Segunda e Terceira divisões, abandonados sem uma voz que clama junto aos poderosos que acumulam riquezas usando o futebol, como se fossem proprietários da CBF e das Federações.
Por Franco Ferreira