Pan-Americano de Cadetes em Recife marca entrega de tapetes de luta olímpica para sete estados do Nordeste - SóEsporte
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Pan-Americano de Cadetes em Recife marca entrega de tapetes de luta olímpica para sete estados do Nordeste

tapete

 Como parte do legado dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) comprou 50 kits para incrementar o esporte. O material foi adquirido por meio de convênio com o Ministério do Esporte e será distribuído por 20 estados. Os principais Centros de Treinamento do esporte receberam o kit completo, com tapete, boneco e “ossos” (espécie de boneco sem cabeça, apenas com pernas e braços, para treinamento). Nesta sexta-feira (02.05), o Ministério do Esporte fez a entrega simbólica de equipamentos para o Nordeste, na abertura do Campeonato Pan-Americano Cadete de Luta Olímpica 2014, que será disputado até domingo no Círculo Militar do Recife, em Recife.O Pan de Cadetes terá atletas até 17 anos, de nove estados do Brasil e 15 países das Américas, e valerá como seletiva para os Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, de 16 a 28 de agosto.

O evento de entrega de equipamento no Recife é simbólico para sete estados do Nordeste. Todos os núcleos de Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba receberam ao menos o tapete oficial. O total do convênio entre a CBLA e o Ministério do Esporte para essa compra de equipamentos da luta olímpica foi de R$ 2,8 milhões.

Quase um ano depois do início da entrega dos kits por todo o país, o superintendente da CBLA, Roberto Leitão, diz que aumentou, e muito, o número de praticantes da luta olímpica, principalmente entre escolares. “Foi um ano maravilhoso. É mais uma opção de esporte. Quando o tapete chega, já provoca curiosidade – ‘O que é isso? O que se faz aí? Eu também quero!’ É um equipamento bonito, grande, macio. O pessoal nem sabe o que é e diz que já quer fazer”, assinala o dirigente.

Kits completos foram para os principais Centros de Treinamento da luta olímpica, como o Centro Nacional de Alto Rendimento, na Tijuca, no Rio de Janeiro; Centro de Treinamento Internacional no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, da Marinha), na Penha, também no Rio de Janeiro; os CTs da Vila Olímpica de Manaus, no Amazonas, e de Pirituba, em São Paulo; e alguns outros estados, como Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

A decisão quanto aos núcleos onde os tapetes foram instalados levou em conta a quantidade de praticantes e ainda cidades onde atletas da seleção brasileira têm residência. Assim, quando não estão treinando no CT no Rio de Janeiro, eles têm equipamento para treinar perto de casa.

O Pan de Cadetes será disputado em dois tapetes entregues à Federação do Rio Grande do Norte que foram transportados para o Círculo Militar do Recife. O kit de Pernambuco está instalado em Garanhuns. A entrega simbólica no Recife, nesta sexta-feira, é importante para que dirigentes da Federação Internacional de Luta Olímpica (FILA) e presidentes de Federações da América tenham a oportunidade de conferir que o esporte está crescendo no Brasil.

Ampliação e nivelamento de estrutura
De acordo com presidente da CBLA, Pedro Gama Filho, a promoção do esporte vai além de seu desenvolvimento por todo o país. “Com essa distribuição de materiais, estamos conseguindo um crescimento homogêneo. Como os tapetes são oficiais, as competições podem ser niveladas – antes, as disputas eram improvisadas em tatames de judô e de jiu-jítsu. Agora, ganhamos em identidade da luta olímpica. E o atleta também ganha em auto-estima”, disse. Ele acrescenta que “já ganhamos muito para o legado da luta olímpica, com a distribuição dos kits no último ano. Agora, a próxima geração de atletas será ainda mais forte que esta, que já está se apresentando muito bem”.

O secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, diz que o projeto de estruturação da luta olímpica “se destina a formar uma Rede de Treinamento para as modalidades da luta, com objetivo de atender não apenas à seleção principal, mas também às equipes de base”. Ele explica que “os equipamentos renovam e qualificam os principais espaços que desenvolvem as lutas nas cidades brasileiras, elevam o nível técnico das disputas e proporcionam melhores condições de treinamento aos atletas”.

Leyser ressalta que “o legado dos Jogos Olímpicos se materializa nesse tipo de ação que beneficia o esporte brasileiro, propicia ampliação da prática esportiva e desenvolve modalidades ainda pouco conhecidas pela maioria da população. Isso só é possível porque os Jogos de 2016 serão feitos no Brasil. Do contrário, o esporte brasileiro jamais receberia tanta atenção e investimento”.

Outros apoios do Ministério
Os atletas da luta olímpica dos estilos livre e greco-romano também contam com recursos de outros dois convênios do governo federal com a CBLA. O primeiro é de R$ 2,2 milhões, destinado a preparar a seleção brasileira para os Jogos Olímpicos de 2016 (o país terá no mínimo cinco atletas, pré-classificados na luta olímpica como cota de país-sede). Outro, de R$ 386,7 mil, foi para modernizar e reequipar o Centro Nacional de Treinamento da seleção na Tijuca, no Rio de Janeiro. Somando cerca de R$ 5,5 milhões no total, o apoio propicia estrutura para enfrentar os desafios dos próximos anos.

A CBLA teve outro convênio com o Ministério do Esporte aprovado ainda em 2010, de R$ 1 milhão, para preparação aos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Além dos convênios, a luta olímpica tem 152 atletas integrantes do Programa Bolsa Atleta. Recentemente, Laís Nunes foi confirmada para a Bolsa Pódio, que contempla atletas entre os 20 melhores do mundo de seu esporte.

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