Depois de um 2020 sem competições de paradesporto escolar, as Paralimpíadas Escolares estão confirmadas para ocorrer em São Paulo, entre os dias 22 e 27 de novembro, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. A estrutura que receberá as disputas, é do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que também é o responsável pela realização da competição. A Paraíba, um dos estados referência no paradesporto escolar do Brasil, estará presente, mais uma vez no evento, agora, com uma delegação de 51 paratletas entre 11 e 18 anos.
Na última edição do evento, a delegação paraibana conquistou 64 medalhas e contou com a presença de 65 paratletas. Esse ano, ainda por conta da pandemia da Covid-19, houve uma redução na delegação paraibana. O período pandêmico foi responsável por inviabilizar a realização das Paralimpíadas Escolares, em 2020, e segue gerando dificuldades para treinamentos e seletivas.
Segundo Gilmar Araújo, Coordenador Técnico do Paradesporto da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba (Sejel), esse ainda é um ano de retomada. No entanto, apesar das dificuldades, a Paraíba promete vir forte, pois mesmo sem a realização de suas etapas regionais e estaduais,por conta da pandemia, conseguiu viabilizar a montagem de uma delegação forte e com representação de todas as regiões do estado.
“Foi um grande desafio montar a delegação paraibana para as Paralimpíadas Escolares. Isso ocorreu por não termos tido a competição seletiva nem nos níveis regionais e estadual, por conta da pandemia. Para selecionar os atletas, tivemos então que realizar um processo de avaliação funcional. Para ele, circulamos mais de 1,5 mil quilômetro pelo estado, realizando esse processo nas localidades onde tínhamos mapeados paratletas com idade escolar. Então fizemos esse processo de forma individual com cada um dos participantes que se inscreveram”, explicou Gilmar Araújo.
Mesmo diante dessas dificuldades encontradas para a seleção e montagem da delegação paraibana, foi possível reunir um grupo forte de novos talentos do paradesporto paraibano. Hoje, o estado que conta com nomes como Petrúcio Ferreira, Cícero Valdiran e Silvana Fernandes, além de ser base para a Seleção Brasileira de Futebol de 5 e do Goalball, é referência para o Brasil.
Para Gilmar, essa condição seguirá sendo mantida, pois mesmo com as dificuldades geradas pela pandemia, o time paraibano chegará forte. Segundo o coordenador técnico do paradesporto da Sejel, a delegação paraibana vai brigar para conquistar até 50 medalhas nesta edição das Paralimpíadas Escolares, dentro das 9 modalidades em que terá representantes: Bocha, Tênis de Mesa, Natação, Judô, Basquete em cadeira de rodas, Futebol de 5, Badminton, Paratletismo e Parataekwondo.
“Nossa expectativa é sempre positiva em relação ao paradesporto. A Paraíba é um estado de referência e que busca sempre as primeiras colocações em todas as modalidades. Esperamos ficar próximo dos 50 medalhistas. Se atingirmos essa meta, será um grande resultado em virtude de todas as dificuldades que enfrentamos nesse período de pandemia. Como todos os estados foram afetados, também não sabemos como estão as demais delegações, mas todos passaram por situações similares. De nossa parte, vamos em busca de grandes resultados para manter o nosso estado entre os melhores do país, sempre com grandes equipes e desempenhos individuais positivos”, comentou Gilmar.
Repórter: Iago Sarinho