O técnico Evandro Lázari, do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA e da seleção brasileira, está confiante em um bom resultado da equipe masculina do 4×400 m na primeira edição do Mundial de Revezamentos, em Nassau, nas Bahamas, dias 24 e 25. A paraibana Jailma Sales de Lima está na relação.
“Temos chances de ser finalistas, como fomos no Mundial de Moscou, em 2013”, garante Evandro. Em Moscou, o Brasil foi sétimo colocado, com 3min02s19. “Temos totais condições de correr para 3min1, 3min2 baixo. Chegar à segunda final seguida de uma grande competição internacional seria maravilhoso.”
No Mundial de Revezamentos, o Brasil terá Hugo Balduíno de Sousa, Wagner Cardoso e Jonathan Henrique da Silva, do Clube BM&FBOVESPA, mais Anderson Henrique e Pedro Burmann, na equipe do 4×400 m – no feminino, a seleção do 4×400 m será formada por Jailma Sales de Lima, do Clube BM&FBOVESPA, mais Joelma das Neves Sousa, Geisa Coutinho, Liliane Fernandes e Cristiane dos Santos Silva.
Segundo Evandro, o Brasil conta com cinco atletas de potencial no 4×400 m. “Vai correr quem estiver melhor no dia, na semana, no geral. Os caras vão ter de dar a vida ali. E esse Mundial é fundamental não só para avaliar os atletas. Daqui a dois anos, vamos ter aqui o evento mais importante das nossas vidas, os Jogos do Rio, e eles precisam ganhar mais bagagem internacional.”
Em abril, as equipes de revezamentos do Brasil – 4×400 m e 4×100 m – participaram de competições nos Estados Unidos. “No caso do 4×400 m, esse período lá fora ajudou bastante. O Hugo e o Wagner vêm mantendo uma consistência muito boa em termos de resultados. O Hugo já fez os 400 m em 45s09. O Wagner falta ‘mergulhar’ nos 45 segundos, já correu a distância em 46 baixo umas três vezes. O Jonathan é o quinto do ranking brasileiro, também um resultado importante”, diz Evandro.
O grupo do 4×400 m ainda fará um camping de treinamento antes de seguir para o Mundial. “Vamos treinar em Campinas de sexta a terça-feira (de 16 a 20/5). Na terça à noite viajamos para Nassau”, finaliza Evandro.
O grupo convocado para representar o Brasil em Nassau tem ainda Ricardo D’Angelo como técnico-chefe, posição que também exerce no Clube BM&FBOVESPA. A comissão multidisciplinar tem, entre seus integrantes, o fisioterapeuta Vitor Stefanini, a nutricionista Danielli Botture Lopes e a psicóloga Simone Meyer Sanches, também do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA.
Vanusa, no grupo que faz ‘ajustes finos’ em Miami
O Brasil também terá duas equipes no revezamento 4×100 m, masculino e feminino. O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA tem Vanusa Henrique dos Santos entre as meninas, formando a seleção com Franciela Krasucki, Rosângela Santos, Evelyn dos Santos e Tamiris de Liz. O técnico do Brasil é Katsuhiko Nakaya, também do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA.
Nascida em Carlinda (MT), Vanusa Henrique do Santos treinava futebol em uma escolinha perto de casa – fez um teste, a convite do técnico do tio, que praticava atletismo, e trocou de esporte. Treinava para provas de pista e de rua e competia nas duas. Um ano depois de começar no atletismo foi direcionada para a velocidade. Em 2005, foi treinar em Presidente Prudente, com Aristides Junqueira, o Tide. Por indicação do treinador e pelo desempenho passou a compor o quadro de atletas do Clube BM&FBOVESPA em 2014 – treina no Centro de Treinamento de São Caetano.
“A Vanusa já poderia estar nessa seleção há mais tempo se não tivesse sido atrapalhada por problemas de ovário policístico. Mas acredito na evolução dessa menina e que ainda vai continuar sendo titular da seleção no futuro”, afirma o técnico Tide, que também treina Mauro Vinícius da Silva, o Duda, bicampeão mundial indoor do salto em distância.
“Vou ter de mexer na formação do ano passado e, a priori, as titulares são Vanusa, Franciela, Evelyn e Rosângela”, comenta Nakaya, que viajou com o grupo para treinos na Universidade de Miami, nos Estados Unidos. A preocupação de Nakaya é ‘ajustar’ a passagem do bastão. “Estamos indo antes para fazer ajustes mais finos nessa passagem, que tem de ser executada com perfeição em alta velocidade. No Pen Relay, a passagem não saiu com perfeição e quero que elas tenham confiança.”
Ana Cláudia Lemos Silva, recordista sul-americana dos 100 m e 200 m, uma das velocistas mais importantes do Brasil, também do Clube BM&FBOVESPA, ficou fora do Mundial de Revezamentos por causa de lesão. “Ela faz falta porque corre 11s20 sempre. Mas tem de pensar no ano que vem, com Mundial, e em 2016, com Olimpíada”, avalia Nakaya.

















