O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realiza, desde a semana passada, uma série de tomadas de tempo e provas no Centro Paralímpico Brasileiro, na cidade de São Paulo. O evento que reuniu na primeira semana os paratletas das provas de pista e velocidade, tem como principal objetivo, promover uma oportunidade aos competidores que tiveram longos períodos de pausa por conta da pandemia e, em muito casos, não conseguiram disputar provas para a obtenção dos índices para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Representando a Paraíba, três paraibanos, Petrúcio Ferreira e Joeferson Marinho que já retornaram da competição e Cícero Valdiran que, essa semana, realiza suas provas.
Campeões no Mundial de Paratletismo, disputado em Dubai, no ano de 2019, Petrúcio Ferreira – 100m classe T47 – e Cícero Valdiran – arremesso de dardo F57 -, já estão garantidos na disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, confirmados para acontecer entre agosto e setembro, deste ano. Já Joeferson Marinho, que foi medalha de prata no mesmo Mundial, disputando a prova dos 100m, na classe T12, ainda não conseguiu a obtenção do índice para disputar a mesma prova no Japão.
Por conta disso, o objetivo era que o atleta pudesse obter a marca de 10’’60s, índice para os 100m na classe T12, no entanto, o paratleta santa-ritense, acabou não conseguindo bater esse objetivo. Contudo, como está entre os três melhores colocados do ranking mundial nessa prova, Joeferson Marinho ainda possui uma probabilidade grande de conseguir uma vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio e confirmar a presença, portanto, dos três atletas que treinam na pista da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sob a supervisão do técnico, Pedrinho Almeida.
Houveram algumas situações que afetaram a preparação, especificamente do Joeferson, no entanto, pelo trabalho que fez nos últimos anos, ele está muito bem rankeado e tudo indica que deverá participar dos Jogos Paralímpicos e, chegando lá, com certeza, estará muito mais pronto para poder chegar na sua melhor condição para essa disputa.
Eu diria que ele tem 90% de chances de ser convocado.
A participação dos paraibanos no evento, havia começado, novamente, com grande desempenho de Petrúcio Ferreira que, após quase um ano sem competições marcou 10’’45s nos 100 metros, correndo próximo a sua melhor marca que é a de 10’’42, recorde mundial em provas de velocidade entre todas as classes do paratletismo.
Para fechar bem, essa que é a última competição antes da Paralimpíadas, Cícero Valdiran, na última terça, na abertura dos trabalhos da semana, conseguiu retomar a liderança do ranking mundial no arremesso de dardo, ao lançar
para 46,64m – a sua melhor marca pessoal, que é também o recorde mundial da prova, é de 49,26m, obtidos no Mundial de Dubai, em 2019.
Diante dos resultados, mesmo não tendo vindo a vaga de Joeferson Marinho, através do índice, o técnico Pedrinho Almeida se disse feliz pelo desempenho de seus atletas, especialmente após tanto tempo sem competições e muitas dificuldades enfrentadas para a realização dos treinamentos e de uma preparação adequada para o nível de exigência dessas disputas. “Foi um momento muito bom e oportuno para os
atletas.
Afinal, passados, praticamente um ano e meio sem que eles tivessem qualquer tipo de competição, conseguiram chegar, nesse momento, fazendo estas marcas que são importantes e que apontam para resultados melhores nas Paralimpíadas de Tóquio, nosso principal objetivo”, explicou Pedrinho.
Por Iago Sarinho Jornal A União